quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A DIREITA BRASILEIRA É SUBMISSA AO IMPÉRIO

A DIREITA BRASILEIRA É SUBMISSA AO IMPÉRIO

O atual momento político brasileiro indica uma radicalização quase total da DIREITA. O candidato demo-tucano, JOSÉ SERRA, outrora centro-esquerda, radicaliza para a extrema-direita, mostrando a que veio e demonstrando que não sabe perder. Parece que para a DIREITA é uma questão de vida ou de morte vencer estas eleições. Vale tudo : age como se fosse sua última chance de chegar ao poder, não existe limites, não existe escrúpulos, não existe ética, não existe honestidade, não existe regras. VALE TUDO para ganhar as eleições e tudo pode: pode MENTIR, CALUNIAR, INVENTAR FACTÓIDES, FALSIFICAR DOCUMENTOS, ALTERAR FATOS HISTÓRICOS, DAR INTERPRETAÇÕES TENDENCIOSAS DESTAS FATOS, ETC.

Tudo isso para quê ? Para destruir e demolir a reputação do adversário; neste caso a candidata DILMA ROUSSEFF e seu partido, o PT. Nesse esforço hercúleo, o objetivo é imputar na candidata do PT, uma série de valores altamente rejeitados pela população, tais como: a candidata é a favor do aborto, do casamento homossexual, a candidata é a favor da violência pois já foi terrorista e assassinou pessoas, é lésbica, é autoritária, arrogante, nazista, quer aparelhar o Estado a serviço de sua turma e de seus ideais comunistas, etc, etc,etc.

Este tipo de propaganda e de marketing político dá resultados. No passado deu resultados fulminantes, eliminando vários líderes nacionalistas e de esquerda, entre eles: Getúlio Vargas, João Goulart. Hoje, em dia, o estrago é significativo, mas com impacto bem menor do que no passado, porque temos meios alternativos como a internet e os movimentos e organizações sociais populares e independentes; mas também porque a população já não é tão mal informada como no passado. O povo não é imbecil como eles imaginam.

Para controlar a informação e a formação de opiniões, as classes dominantes sempre usaram os meios de comunicação, que sempre estiveram a serviço deles: rádio, TV, jornais, revistas,etc. No passado estes meios tinham uma influência muito grande, fulminante, Carlos Lacerda, usando-os, conseguiu seu intento de derrubar Getúlio Vargas e João Goulart. Entre outras sandices antidemocráticas, disse: “Getúlio não dever ser candidato à presidência, se for, deve ser derrotado; se ganhar, não deve tomar posse, se tomar posse, deve ser derrubado por um golpe”. Chamava JK de “ladrão” e outras coisas mais dessa ordem, típicas de uma revista semanal, herdeira atual do Lacerda. Contra João Goulart conseguiu derrubá-lo, via golpe de Estado, com apoio dos militares e de seus amigos americanos.

Porque tinham tanto ódio destes dois governos ? Respondendo esta pergunta chegaremos à origem da situação atual. Estes dois governos representavam o NACIONALISMO e em decorrência a transformação do país numa potência global e independente dos EUA, deixando de ser seu satélite submisso. Getúlio Vargas criou várias estatais e quando consolidou a PETROBRÁS em 1953 foi morto em 1954. Havia um grande movimento da mídia contra ele, mas por trás desta mídia, havia os interesses do Império – os americanos não esconderam suas intenções – era contra os interesses das grandes petrolíferas americanas a criação da Petrobrás.

Noam Chomsky em seu livro “O que o Tio Sam realmente quer?” (Editora UNB, 1999) deixa muito claro as intenções do Tio Sam, ao analisar documentos estratégicos de alto nível do governo americano, no pós-guerra: “..os estrategistas norte-americanos expunham a visão de que a principal ameaça à nova ordem mundial, liderada pelos EUA, era o nacionalismo do Terceiro Mundo, algumas vezes chamado de ultranacionalismo : os “regimes nacionalistas” que atendem às “exigências populares de elevação imediata dos baixos padrões de vida das massas” e produção de bens que satisfaçam às suas necessidades básicas.” (p.24).
As metas dos estrategistas era evitar que os nacionalistas tomassem o poder, se conseguissem tomar, retirá-los e instalar governos pró-americanos que favorecessem os investimentos privados, a produção para exportação e o direito a remessa de lucros de suas empresas. Contavam com a força e a aliança com os militares “o grupo menos anti-americano na América Latina”. Neste sentido, eles invadiram vários países com os seus “marines”, seu exército, usando a CIA, etc. enfim nunca titubearam de usar a força para implantar ditaduras militares, como a do Chile em 1973, derrubando um governo democrático, eleito pelo povo; desse modo interferiram em quase todos os países latino-americanos. No Brasil, como no Chile, também usaram a fôrça, mas de forma indireta; ou seja cooptando os militares tupiniquins.

Mas, os tempos mudaram, acabou a guerra fria. A fase da intervenção bruta, usando a fôrça mudou, mas de forma mais sofisticada. Agora não se pode mais derrubar governos democráticos, nem proceder a invasões militares brutais (Nicarágua, Guatemala), embora continuem fazendo guerra pelos mesmos motivos (Iraque, petróleo). Com o término da guerra fria, acabou a divisão do mundo em dois pólos (EUA X URSS) mas o poder econômico continua brigando por seus interesses, usando métodos sutis, respeitando as “democracias” do Terceiro Mundo, que para os americanos são imaturas e podem ser influenciáveis.

Dois livros sobre FHC : 1) “Fernando Henrique Cardoso – o Brasil do possível”, da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni, traduzido para o português pela Editora Nova Fronteira, 1997; e 2) “Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura” da jornalista inglesa Frances Stonor Saunders, Editora Record, 2008; retratam bem esta nova fase, como diz claramente o subtítulo do segundo: a CIA agora atua na guerra fria da cultura, mas sem deixar de usar os métodos antigos. Em 1969, FHC recebe um cheque da Fundação Ford (CIA) de US$140 mil dólares para abrir um instituto de pesquisa, o CEBRAP. O governo americano passa a atuar na AL, no terreno da cultura, financiando projetos, bolsas de estudos, convênios com governos, subsidiando cursos, treinando policiais e militares, apoiando o Estado Maior das Fôrças Armadas, disseminando a cultura americana e seus valores e aumentando o peso de Hollywood na mídia local, reforçando certos valores americanos (individualismo, super-heróis, iniciativa privada, liberalismo, etc.). Mas, na verdade, eles vão muito além desta expansão cultural pura e simplesmente. Eles tem poder sobre a mídia local: rádio, TV, jornais e revistas.

Neste ponto, o artigo de Nikandrov Nil, do STRATEGIC CULTURE FOUNDATION online Journal (http://www.strategic-culture.org/news/2010/10/07/elections-in-brazil-and-the-us-intelligence-community.html), “Eleições no Brasil e a comunidade americana de inteligência” é revelador. Ele diz com todas as letras: “A mídia do Brasil – a rede Globo, a Abril editora, jornais influentes como a Folha de São Paulo e a revista VEJA – estão trabalhando com esforço na lavagem cerebral do eleitorado brasileiro.”
Ele destaca o trabalho que a CIA vem fazendo no Brasil: “ex-policiais brasileiros demitidos de seus cargos por várias razões estão sendo empregados pela CIA para fazerem trabalho de campo como informantes, invasores de domicílios e escritórios, roubo de arquivo de computador e chantagem. “ Na maioria dos casos, esses indivíduos são extremamente tendenciosos à direita e apóiam Serra.
E tem mais : “os ministérios brasileiros, comunidade de inteligência e o complexo industrial das forças armadas, estão densamente infiltrados por agentes norte-americanos. A embaixada dos EUA e funcionários do consulado no Brasil, possuem mais ou menos cerca de 40 agentes da CIA, DEA, FBI e agentes da inteligência das forças armadas norte-americanas; e Washington planeja abrir 10 novos consulados nas maiores cidades do Brasil, como: Manaus na Amazônia.”
O autor dá destaque ao Partido Verde, já que esse partido foi usado pelos tucanos para provocar o segundo turno: “... neste ponto, um ótimo jogador é o partido verde, onde agentes da CIA ocuparam posições de destaque, pois os EUA estão tradicionalmente interessados nos problemas ecológicos da bacia amazônica. No momento a CIA está cortejando os líderes e ativistas do PV” para favorecer Serra nestas eleições. Prossegue, sobre o PV : “Washington deve estar fazendo um trabalho apressado considerando que Marina e adeptos planejam decidir qual lado deverão apoiar no segundo turno.” (no original em negrito). Mas reconhece a força de Dilma : “Rousseff por outro lado, também tem potencial para atrair os que apóiam o PV, considerando que Marina era membro do governo do Presidente Da Silva.”

O autor reconhece que a CIA ajudou a mídia brasileira a sujar o nome de Dilma Rousseff, vasculhando o seu passado “terrorista”.

No final o autor revela outros objetivos de Washington : “O país tem potencial para se estabelecer como uma contra-força geopolítica aos EUA aqui no hemisfério ocidental daqui a 15-20 anos.” (negrito). “E a administração americana – republicanos e democratas – estão preocupados, e trabalham para não permitir que o Brasil consiga ocupar esta posição”.

Na verdade, o artigo de Nikandrov apenas confirmam as a posições do eminente pesquisador brasileiro, que atualmente mora na Alemanha, Moniz Bandeira. Em entrevista à Carta Maior, em 20/10/2010, o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira (autor de vários livros sobre as relações entre Brasil e EUA) responde à pergunta : Como o sr. caracterizaria os dois projetos em disputa(nestas eleições)?:
“O atual processo eleitoral está infectado por uma intensa campanha terrorista, uma guerra psicológica, promovida não apenas direita, mas pela extrema-direita, como a TFP, OPUS DEI e núcleos nazistas do Sul, e sustentada por interesses estrangeiros, que financiam a campanha contra a política exterior do presidente Lula , pois não querem que o Brasil se projete mais e mais como potência política global. Os dois projetos em disputam são definidos: o Brasil como potência econômica e política global, socialmente justo, militarmente forte, defendido pela candidata do PT, Dilma Roussef; o outro, representado por José Serra candidato do PSDB-DEM, é o do Brasil submisso às diretrizes dos Estados Unidos, com sua economia privatizada e alienada aos interesses dos estrangeiros.”
“Evidentemente, os Estados Unidos, quaisquer que seja seu governo, não querem que o Brasil se consolide como potência econômica e política global, integrando toda a América do Sul como um espaço geopolítico com maior autonomia internacional.”

Daniel Miranda Soares é economista, administrador público e mestre pela UFV.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Manifesto “Dilma é do nosso time”

Manifesto “Dilma é do nosso time”
*Novas adesões, envie e-mail para: esportecomdilma@gmail.com.

Entre neste time! Encaminhe o manifesto para sua rede de amigos.Nós, atletas, dirigentes, profissionais de educação física, e amantes do esporte nos unimos para apoiar Dilma Roussef. Este apoio é fruto do reconhecimento que o esporte vive um momento especial.Acordamos todos os dias movidos pela paixão. Ocupamos praças públicas, piscinas, quadras, praias, ginásios, campos de futebol, pistas de corrida e tatames por todo Brasil. Para nós, esporte é transformação social, formação educacional, é a construção da imagem de um país alegre e vitorioso. O esporte é lazer, é prazer, é emoção, é comunhão de credos, raças, idades, é expressão da cultura de um povo.O Brasil realizou o Pan e se emocionou com a conquista das Olimpíadas. O país será sede da Copa do Mundo. O programa Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte foram grandes conquistas. Programas sociais esportivos criam oportunidades para nossas crianças. O esporte paraolímpico nacional passou a ser tratado em condições de igualdade. O futebol brasileiro cresce fora das quatro linhas.O Brasil tem desafios. Precisamos consolidar o esporte nas escolas e nas universidades, ampliar o financiamento, melhorar a gestão, realizar com eficiência e transparência os grandes eventos com legados para o país.Assinamos este manifesto convencidos de que não podemos voltar ao tempo em que o esporte era departamento de outro Ministério, tratado como política pública de segunda categoria.

O nosso apoio a Dilma tem um sentido claro: fortalecer as vitórias conquistadas pelo time chamado Brasil.
- Acelino Popó de Freitas – Campeão Mundial de Boxe
- Adriana Behar – Medalhista Olímpica
- Adriana Samuel – Medalhista Olímpica
- Alan Adler – Campeão Mundial de Vela
- Alaor Azevedo – Presidente da Confederação de Tênis de Mesa
- André Campos – Presidente do Conselho Deliberativo do Náutico
- Andrés Sanchez – Presidente do Corinthians
- Bebeto – Tetra Campeão de Futebol
- Bobô – Campeão Brasileiro pelo Bahia
- Ciro Delgado – Medalhista Olímpico
- Coaracy Nunes – Presidente da Confederação de Desportos Aquáticos
- Djan Madruga – Medalhista Olímpico
- Fernando Bezerra Coelho – Presidente do Santa Cruz
- George Braga – Presidente do Fórum de Secretários Estaduais de Esporte e Lazer
- João Tomasini – Presidente da Confederação de Canoagem
- Jorge Lacerda – Presidente da Confederação de Tênis
- Jorge Steinhilber – Professor de Educação Física
- Kouros Monadjemi – Presidente da Liga Nacional de Basquete
- Manuela D’avila – Presidente da Frente Parlamentar de Esporte
- Márcia Lins – Secretaria de Esporte do Estado do Rio de Janeiro
- Marcio Braga – Ex-Presidente do Flamengo
- Orlando Silva – Ministro do Esporte
- Paulo Wanderley – Presidente da Confederação de Judô
- Rico de Souza – Vice Campeão Mundial de Surf
- Roberto Horcades – Presidente do Fluminense
- Romário – Tetra Campeão de Futebol
- Silvio Guimarães – Presidente do Sport Clube Recife
- Virna – Medalhista Olímpica

Novas adesões, envie e-mail para: esportecomdilma@gmail.com.
Entre neste time! Encaminhe o manifesto para sua rede de amigos.

Não Somos Partidários da Violência

Não Somos Partidários da Violência
Abaixo-assinado

Para: Povo Brasileiro

Lamentamos que nossos pretensos adversários, a título de campanha, tenham rebaixado tudo ao nível das acusações infundadas, fraudes, difamação e calúnias. Trouxeram gratuitamente a pauta da violência entre partidários opostos, como forma de vitimizar quem não tem comando, projeto, programa, liderança ou caráter.Por defenderem posições alheias ao nosso povo, não tiveram escrúpulos ao divulgar difamações e calúnias contra nossa candidata, Dilma Vana Rousseff, nosso Partido dos Trabalhadores, sua base, nosso líder Luiz Inácio Lula da Silva, nossos militantes e dirigentes.Por não terem escrúpulos na direção da destruição do nosso trabalho honesto e incansável na construção de uma nação orgulhosa de suas conquistas sociais, econômicas e políticas, provocam situações falsas de confronto físico para reforçarem suas denúncias criminosas pela falsidade.

Não compartilhamos da baixaria por termos o que mostrar!Temos a nosso favor, o melhor governo da história da república, capaz de superar crises, proporcionando desenvolvimento social e econômico, na contramão das cartilhas liberais ditadas pelos organismos de sustentação do universo capitalista.Temos como trunfos o desenvolvimento industrial, comercial, diplomático e a valorização das nossas posições internacionais, ganhando respeito das nações de todas as cores e tendências por sermos claros e termos lado. O lado da paz, da tolerância, do bem comum, do respeito à autodeterminação de cada nação.Temos no alto das nossas prioridades o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, para tirarmos do atraso a parcela da população que nunca antes tinha recebido nada além de assistencialismo fugaz e humilhante. Temos a melhor política de valorização do Salário Mínimo, a mais responsável e capaz de beneficiar toda a sociedade, que deu ganhos bem acima da inflação à massa de trabalhadores sem quebrar a Previdência ou sacrificar empresas.Temos o Bolsa Família proporcionando o crescimento digno da capacidade de se desenvolver para milhões de pessoas que antes estavam à margem da sociedade, à margem do consumo de elementos básicos para a sobrevivência. Temos no centro das ações em direção do desenvolvimento da nossa juventude os programas como o ProUni, que deu a mais de 700.000 jovens o direito de cursar uma universidade.Temos a criação de 14 novas Universidades Públicas aumentando em proporção exponencial as vagas existentes.

Temos isto e muito mais, como podemos ver nos olhares satisfeitos dos brasileiros em todos os cantos do país.Temos isto e muito mais, como demonstram as mudanças de tratamento dos brasileiros no exterior.Afinal, temos muito a mostrar e ainda temos quem possa dar continuidade. Com competência, firmeza e lealdade.Temos candidato, compromisso, projeto e programa.Temos Lula e sua sucessora, Dilma.

Diante disto eu pergunto:Qual motivo teríamos para instigar a violência?Qual pobreza moral teríamos ao instigar a intolerância religiosa num país marcado pela tolerância e a convivência pacífica de todas as crenças??Este papel sórdido cabe aos derrotados, aos maus caráteres, aos infames despeitados pela perda do poder.Este papel sórdido cabe aos traidores covardes que querem nos manter colonizados e submissos aos desejos dos donos de impérios.Por isso eu conclamo meus amigos, companheiros e companheiras de comunidade a se unirem pela vitória de Dilma no dia 31/10, com todas as nossas energias canalizadas para construir o bem comum.Construir a nossa nação orgulhosa, nossa casa e abrigo sem submissões ou covardias.Vamos fazer campanha com alegria, sem cair nas armadilhas dos criminosos.Vamos fazer campanha sem nenhuma violência física, sem nos acovardarmos no nível que os inimigos nos querem. Até a vitória com Dilma!!

Os signatários http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=APO13

domingo, 24 de outubro de 2010

O PROUNI VEM SENDO COMBATIDO NO STF PELA OPOSIÇÃO

O PROUNI VEM SENDO COMBATIDO NO STF PELA OPOSIÇÃO

FERNANDO HADDAD
“Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, é uma contradição que o candidato tucano à Presidência, José Serra, prometa manter e expandir o ProUni para o ensino técnico, enquanto o DEM de seu vice, Indio da Costa, tenta derrubar o programa na Justiça.
Demétrio Weber – O GLOBO

O GLOBO: O candidato Serra critica o MEC por falhas na organização do Enem, que foi adiado em 2009, após o roubo de provas…
FERNANDO HADDAD: Para mim, parece uma afirmação oportunista se valer de um crime que foi devidamente apurado, cujos responsáveis estão sendo processados e podem pegar até 14 anos de prisão
O GLOBO: Serra fala em reformular o Enem.
HADDAD: Eu não consigo entender o que significaria acabar com o novo Enem, reformulá-lo, uma vez que ele foi pactuado com 59 universidades federais e 38 institutos federais.
O GLOBO: Serra falou em reformular e não acabar com o exame.
HADDAD: O Enem só ganhou a importância que ganhou a partir do ProUni. As inscrições quadruplicaram a partir do momento em que o Enem foi entendido como porta de entrada nas instituições que participam do ProUni.
O GLOBO: A partir de 2004?
HADDAD: Sim. Desde então, o ProUni vem sendo combatido no STF pela oposição.Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade foi proposta pelo DEM para que o Supremo declare a inconstitucionalidade da lei que criou o programa.
O GLOBO: A ação no Supremo é contra todo o programa ou só contra a reserva de vagas por critério racial?
HADDAD: Ela mira todo o programa. Se for aceita, o ProUni ficará reduzido a 15%, porque as entidades sem fins lucrativos ou filantrópicas, que representam 85% das matrículas, ficariam desoneradas de oferecer a contrapartida pelas isenções constitucionais de que gozam.
O GLOBO: Serra fala em manter o ProUni.
HADDAD: Ele fala (em manter o ProUni), mas o partido do vice dele não retirou a ação até hoje. A esta altura, seis anos depois, há uma contradição entre o que é feito no Judiciário e o que é proposto no Executivo (campanha de Serra). Uma contradição que poderia ser resolvida se o DEM fizesse um gesto, encaminhando ao Supremo uma ponderação de que não considera o ProUni inconstitucional.
O GLOBO: Isso é possível?
HADDAD: A qualquer momento. Essa contradição poderia ser resolvida com uma petição, reconhecendo o erro que quase pôs abaixo o programa. Porque bastava uma liminar, e eles pediram uma liminar. Se essa liminar fosse concedida, teríamos 700 mil universitários a menos no país hoje.”
FONTE: Postado por Luis Favre em seu blog (http://blogdofavre.ig.com.br/2010/10/o-prouni-vem-sendo-combatido-no-stf-pela-oposicao/).

Paulo Preto, ex-assessor de Serra, preso com dinheiro na meia

PAULO PRETO TINHA DINHEIRO NA MEIA QUANDO FOI PRESO
ABCD MAIOR tem acesso a BO Júlio Gardesani, no "ABCD Maior"

"Quase quatro meses após a prisão em flagrante do ex-assessor do candidato José Serra (PSDB), Paulo Viera de Souza, conhecido como Paulo Preto, o BO (Boletim de Ocorrência) da ação da Polícia Militar na prisão do ex-diretor do Dersa com uma jóia roubada foi obtido pelo ABCD MAIOR. Com Paulo Preto, além da jóia, a revista policial encontrou mais de R$ 11 mil. O ex-assessor de Serra foi preso no dia 12 de junho deste ano, na joalheria Gucci, dentro do shopping Iguatemi.Preso, Paulo Preto foi encaminhado ao 15° DP, no Itaim Bibi. Testemunha ocasional da prisão, Celso Russomano (PP), então pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, garante que Paulo Preto “portava dinheiro nas meias”.“Eu vi a prisão. Vi que a delegada estava sofrendo pressão para não mantê-lo preso. Parte do dinheiro apreendido com Paulo Preto estava em suas meias e no casaco, me apontaram os policiais”. O progressista afirma que encontrou Paulo Preto no DP por acaso.“Pelo destino, acabei conduzindo um segurança particular de um condomínio que estava determinando quem podia e não podia estacionar em um espaço público. Quando cheguei ao 15° DP acompanhei a prisão de Paulo Preto”, relembra.”

FONTE: Do "Viomundo", do jornalista Azenha, publicado no portal “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim (www.conversaafiada.com.br/politica/2010/10/19/paulo-preto-tinha-dinheiro-na-meia-quando-foi-preso/).



Engenheiro e ex-diretor do Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, personagem revelado em agosto por ISTOÉ que tem trazido constrangimento para a campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra. Até agora, era sabido que Paulo Preto, além de ex-diretor da estatal responsável pelas principais obras viárias de São Paulo, virou alvo de acusações de líderes do PSDB porque teria dado sumiço em R$ 4 milhões arrecadados de forma desconhecida para a campanha tucana.

“Ele tinha dinheiro na meia”
Policiais encontram mais de R$ 11 mil nas roupas do engenheiro
“Ela (a delegada) recebeu ligação do Aloysio, do delegado-geral e do delegado do Decap”
ISTOÉ – O sr. testemunhou a prisão do Paulo Preto?
Celso Russomano – Foi uma coincidência. Eu tinha ido ao 15° Distrito para resolver um outro problema envolvendo um segurança particular de um condomínio, que estava determinando quem podia e não podia estacionar em um espaço público. Quando eu cheguei à delegacia, a delegada titular do distrito me contou o que estava acontecendo. Ela me disse que o Paulo Preto estava lá e vi que ela estava sofrendo uma pressão grande.
ISTOÉ – Pressão de quem?
Celso Russomano – Ela recebeu ligação do Aloysio (Nunes Ferreira), recebeu ligação do delegado-geral, do delegado do Decap, isso tudo na minha frente, para aliviar o Paulo Preto. A pressão era para não prendê-lo em flagrante delito. E aí eu até a aconselhei, dizendo para ela agir da forma correta. Disse até que ela não poderia prevaricar, senão seria crime. Ainda perguntei para ela: “Como a senhora vai explicar para o segurança e o gerente da loja que estão aqui?”
ISTOÉ – E o que ela disse?
Russomano – Ela disse, na frente do batalhão de advogados que estava lá, que realmente não poderia fazer nada errado e que se o Paulo Preto tinha sido encontrado com joia roubada ele era mesmo receptador. Ela então me relatou que quando o Paulo Preto foi preso e conduzido para o distrito havia sido encontrado dinheiro nas meias, na calça e na jaqueta. Ou seja, em todo lugar da roupa dele tinha dinheiro.
ISTOÉ – O que aconteceu depois?
Russomano – Depois dessa história várias pessoas me procuraram dizendo “É, você estava na delegacia, tal, esse cara é um cara que você precisava conhecer…” Respondi que não precisava conhecer, não. Conhecer por quê? Aí me disseram que hoje ele tem muita força.

sábado, 23 de outubro de 2010

Serra e as bolinhas de Ali Kamel no “JN”

Serra e as bolinhas de Ali Kamel no “JN”
publicada sexta-feira, 22/10/2010,por Mauro Carrara
no blog do Rodrigo Vianna.

Nas ruas, nas praças, nas construções: a Rede Globo de Televisão causa estarrecimento, repulsa e vergonha alheia.
Nesta eleição presidencial, seguindo o exemplo dos jornais Folha de S. Paulo e Estadão, bem como dos veículos midiáticos da editora Abril, a empresa da família Marinho transformou sua programação em complemento desesperado e mal disfarçado da propaganda de José Chirico Serra e do PSDB.
Ao perceber o crescimento de Dilma Rousseff na preferência do eleitorado, o comando tucano resolveu tentar soluções “heterodoxas”, isto é, gerar fato novo que desviasse a atenção das vulnerabilidades da campanha serrista, como o caso Paulo Preto e a entrega anunciada de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobrás a piratas de agência de pilhagem como a Warburg Pincus.


1) Obviamente, a encenação foi realizada no Rio de Janeiro, com o apoio tático e logístico de Cesar Maia, especialista na criação de factoides dessa natureza. Em 2007, apresentei na rede inúmeros testemunhos de que o ex-prefeito do Rio havia tramado o episódio das vaias a Lula na abertura do Pan.

2) Qualquer analista político sabe que Serra nada tinha que fazer no calçadão de Campo Grande, exceto atrair a ira de setores da população abandonados e humilhados durante o governo de FHC.

3) O caso dos “mosquiteiros” é motivo de revolta até hoje no Rio de Janeiro, onde Mr. Burns é também conhecido como Mr. Dengue.

4) Todos os jornalistas presentes ao local perceberam uma quantidade excessiva de seguranças contratados pela máquina tucana. Agiram, desde o início de forma ostensiva, violenta e provocativa.

5) O ridículo episódio da bolinha de papel, cristalinamente gravado pelas câmeras do SBT, atesta que o suposto agressor não tinha interesse em ferir o candidato. Interessante que nenhum dos dezenas de seguranças do PSDB o tenha capturado.

6) Boa parte dos jornalistas presentes, inclusive aqueles do próprio SBT, sustentam que Serra não foi alvejado uma segunda vez.

7) Tanto a bolinha de papel quanto o objeto transparente (e invisível) criado pelo consórcio Folha-Globo para enganar o eleitor teriam colidido com uma região da cabeça diferente daquela que Serra aponta em seu teatro de coitadismo bufo.

8) Ainda que tivesse existido um segundo objeto, não é possível acreditar que tivesse dois quilos ou mesmo meio quilo, conforme divulgou o comando da campanha tucana da Globo e da Folha de S. Paulo.

9) Ainda que um suposto rolinho de fita adesiva tenha resvalado em Serra, o brasileiro mais inteligente pergunta: onde está o hematoma na cabeça do candidato? Sumiu de um dia para o outro? Justificaria uma tomografia?

O suposto atentado a Serra-Rojas constituiu-se na peça mais patética da campanha midiática. E expôs também todo o desespero e a desonestidade que marcam a participação de Folha de S. Paulo e Globo na eleição presidencial.
Tentam, tentam e tentam fazer o cidadão de otário. Procuram zombar de sua inteligência e bom senso.
Mais estarrecedora, no entanto, é a passividade TSE, completamente cego aos atentados eleitorais cometidos pelo grupo Globo-Abril-Folha-Estado.
Ali Kamel, o cérebro destrutivo que coordena William Bonner e Fátima Bernardes, tenta suas últimas cartadas.


Ele tem outras bolinhas nas mãos, estas ocas e vermelhas. Tenta colá-las no seu nariz.

TIRIRICA, A VINGANÇA DO POVO!

TIRIRICA, A VINGANÇA DO POVO!

No último dia 3 de outubro, o Brasil conheceu alguns dos seus novos mandatários. Governadores, senadores, deputados federais e estaduais, restando para ser decidida em segundo turno a eleição presidencial e de outros tantos governadores. Muitos foram os assuntos que fomentaram a campanha eleitoral, debates, corrupção, aborto, religião, “ficha limpa”... Entretanto, um assunto em especial roubou a cena nos noticiários, a eleição de Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como Tiririca, apelido recebido da mãe, por achá-lo muito sisudo. Tiririca nasceu em Itapipoca, cidade de 114 mil habitantes no sertão cearense. Tem sete irmãos. Começou a trabalhar aos oito anos. Foi vendedor de algodão-doce e picolé. A carreira como palhaço iniciou no circo. Também foi equilibrista, malabarista e mágico. Nos anos 1990, ganhou projeção com o sucesso da música Florentina.

O famoso humorista, palhaço, agora deputado federal, foi eleito pelo PR paulista com expressivos 1.353.820 votos. Para se ter uma idéia, o segundo colocado, Gabriel Chalita do PSB, obteve 559.118 votos, Luiza Erundina, do mesmo partido, ex-prefeita da capital, recebeu 213.900 votos, sendo 178.003 votos dos paulistanos. Acontece que Tiririca, só na cidade de São Paulo, teve mais do dobro dos votos de Erundina, exatos 436.014 eleitores escolheram o palhaço como seu representante. Tiririca recebeu a segunda maior votação da história para o cargo de deputado federal no Brasil, título ostentado até então pelo falecido Dr. Enéas, que obteve mais de 1,5 milhões de votos em 2002, também no estado de São Paulo. A votação é tão absurda que, em quinze estados da federação, seria suficiente para Tiririca ser eleito governador.

A eleição do comediante não foi notícia apenas no Brasil, alguns jornais e revistas internacionais deram destaque ao fato. O blog "Americas", da revista britânica "The Economist", afirmou ser "deprimente e estranho", um país que tem a "tecnologia maravilhosa" das urnas eletrônicas, eleger Tiririca com mais de um milhão e meio de votos. Afirma ainda que a lei eleitoral brasileira induz à corrupção, já que os candidatos com grande votação ajudam a eleger outros do mesmo partido ou coligação. Esse sistema, diz o blog, cria "olheiros" em busca de candidatos "puxadores" de votos. A rede televisiva americana "CBS", afirmou em seu site que, "os americanos podem achar que a nação é conduzida por um grupo de palhaços em Washington (EUA), porém milhares de cidadãos brasileiros foram às urnas no domingo para eleger um verdadeiro palhaço para o Congresso”. O site do jornal britânico, "Financial Times", diz que Tiririca é um "sarcástico protesto do sistema político atual". O texto lembrou que atores e comediantes frequentemente se tornam políticos, como Arnold Schwarzenegger, que foi eleito governador da Califórnia em 2003. A BBC diz que analistas explicam a popularidade de Tiririca como reflexo da desilusão com escândalos políticos. O texto do site da rede britânica diz que, além de Tiririca, outras celebridades foram eleitas, como os ex-jogadores de futebol Romário e Bebeto. O argentino Clarín, chamou a candidatura de Tiririca de "manobra marqueteira". "Sua campanha se baseia na ignorância, no desconhecimento do que fazem os deputados, na honestidade brutal, ("Quero ser deputado para ajudar minha família!"), e em slogans que vão ficar na história". “Tiririca, pior que ta, não fica” e "Você sabe o que um deputado federal faz? Também não sei, mas vote em mim que eu te conto depois".

Penso que outro aspecto mereça ainda uma reflexão. Analistas políticos, jornalistas e políticos de outros estados, inclusive de Minas Gerais, vangloriavam-se por Tiririca ter sido eleito em um estado que não o seu. Não sei o que se passa na mente destes cidadãos, todavia tal afirmação me causa verdadeiro torpor, afinal, Tiririca, se empossado, (o TSE intimou Tiririca a provar não ser analfabeto), não assumirá seu cargo na Assembléia Legislativa Paulista, e sim no Congresso Nacional, ou seja, será mais um dos 513 deputados federais do Brasil, representante de todos os brasileiros. Alguns creditam a eleição de Tiririca ao descontentamento da população com os atuais políticos, outros dizem ser um voto de protesto, alguns afirmam ter ele recebido o voto dos mais humildes ou dos ignorantes. São muitas as teses, talvez todos estejam certos. Ou errados? Haverá semelhança no voto dado ao palhaço, aos votos do Dr. Enéas, Clodovil, Frank Aguiar, ou Maluf? Trazendo esta reflexão para Minas Gerais. Elegemos no último pleito personagens como Newton Cardoso, Marques e Gustavo Perrella. Os dois primeiros são conhecidos do grande público, Newton já foi até governador do estado, Marques, o último grande ídolo da torcida atleticana, porém, Gustavo Perrella, tem apenas o sobrenome do pai, o presidente do Cruzeiro. O que estes três mineiros teriam em comum com Tiririca, penso que nada, entretanto, a eleição deles pode ter muita semelhança. Não posso dizer que Marques e Gustavo Perrella serão maus políticos, mas quais são os motivos que os fizeram eleitos? O primeiro deve ter obtido a maioria dos votos de torcedores apaixonados, o segundo votos conquistados pelo sobrenome e dinheiro do pai. Haverá alguma consciência política nestes eleitores? Será que vislumbraram nestes cidadãos propostas para o estado e o país? E quanto a Newton Cardoso? Um dos políticos mais controversos do estado, acusado frequentemente de corrupção e tantos outros atos nada nobres. De onde viriam seus votos? Dos cidadãos de Contagem ou do interior do Estado? Não sei, entretanto também desconfio que seja um voto consciente.

Mais uma pergunta: Quem fará maior mal ao país? Um cidadão ignorante, analfabeto, se é que Tiririca o é, ou os doutores? Não apenas por terem formação superior, mas por serem doutores em “maracutaias” e corrupção, como Newton Cardoso, Paulo Maluf, Jader Barbalho, José Sarney, e tantos outros que infestam a câmara dos deputados e o senado federal. Quanto aos estadunidenses que zombam de nós por ter no congresso nacional um palhaço, me envergonharia mais se, depois de uma confusa eleição, descobrisse que o eleito fosse o Bush, um dos maiores facínoras da história.

Enfim, lembram-se do começo? Tiririca, a vingança do povo! Continuo acreditando que a maior vítima será esse mesmo povo brasileiro, pois votos de protesto foram aqueles endereçados ao Macaco Tião no Rio de Janeiro, ao Mosquito da Dengue no Espírito Santo e ao Idi Amin aqui em Minas Gerais, quando as cédulas ainda eram de papel. Eleger Tiririca e ainda levar alguns colegas de partido, não é protesto. Todavia, durante muitos anos os maus políticos nos fazem de palhaços, agora 1.353.820 BRASILEIROS resolveram eleger um palhaço para fazer companhia aos políticos no congresso. Só espero que Tiririca, ao final do mandato, possa voltar para os programas de TV e nos fazer rir, mostrar os mesmo dentes que a ele faltam, pois o palhaço corre o risco de aprender algumas lições com seus novos pares e sair de Brasília de camburão, direto para a PRISÃO.

Flávio Borges - estudante de Direito da PUC-MG.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

As 1000 caras de José Serra

As 1000 caras de José Serra

Infelizmente o candidato Serra e a sua equipe criaram nas eleições deste ano uma verdadeira onda de terrorismo eleitoral através da utilização de boatos para desqualificar a adversária. Esta postura é inadmissível para um candidato que pleiteia cargo tão importante em nosso país. Contudo, ao analisar a biografia de José Serra, percebe-se facilmente que a ética e a coerência não são valorizadas por ele.

O programa eleitoral do Serra afirma que ele:

É economista, mas não é possível localizar o registro dele em nenhum conselho regional de economia do Brasil. Ele está sendo, inclusive, processado por falsidade ideológica pelo CORECON

Foi o melhor deputado na constituinte de 1988. Contudo, os registros mostram que ele teve uma péssima atuação, tendo votado contra os trabalhadores em diversas oportunidades
Sua “média” (numa escala de 0 a 10) ficou em 3,75.

Foi o criador do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Entretanto, o verdadeiro criador do FAT foi Jorge Uequed.

Criou os genéricos. Trata-se de outra apropriação indevida por parte do candidato. O autor do projeto foi o ex-ministro Jamil Haddad.

Criou o programa de combate à AIDS. Esta é mais uma afirmação falsa, pois o criador do programa foi Adib Jatene.

Criou o seguro-desemprego. Na ocasião da criação deste benefício Serra fazia parte do governo de São Paulo. O seguro foi criado pelo então presidente José Sarney.

Ajudou a criar o plano real. Segundo o ex-presidente Itamar Franco, Serra criticou o plano real desde o início. Além disso, FHC ganhou o mérito de forma indevida, pois o grande responsável pelo sucesso foi o ex-ministro Rubens Ricúpero.

É ficha limpa. A questão é: até quando? Serra possui nada menos do que 17 processos na justiça. Um deles é por improbidade administrativa devido ao desperdício de bilhões de reais para tentar salvar bancos falidos com o PROER no governo FHC.

É a favor da liberdade de imprensa. Todavia, algumas ações do candidato colocam em dúvida esta questão, pois Serra desrespeitou jornalistas em diversas ocasiões.

Vai investir em educação. No entanto, a educação em SP é péssima e, para tentar justificar, o candidato culpou, inclusive, os migrantes nordestinos. Além disso, Serra tem o hábito de “negociar” com os professores grevistas de forma truculenta.

Colocou dois professores em sala de aula nas escolas de São Paulo. Esta é mais uma propaganda enganosa do candidato.

Vai criar o Ministério da Segurança. Contudo, os delegados de São Paulo recebem a menor remuneração do país.

Recentemente José Serra negou conhecer um antigo aliado (Paulo Souza – conhecido também como Paulo “Preto”) que teria desviado R$ 4 milhões de sua campanha. No dia seguinte Paulo deu uma entrevista à Folha em tom ameaçador. Rapidamente Serra recobrou a memória e partiu em defesa do antigo aliado.

Serra cobra constantemente explicações sobre o caso Erenice. Para manter a coerência ele deveria exigir rigor nas investigações das denúncias sobre o grande escândalo protagonizado pela filha Verônica Serra. A filha de Serra fundou uma empresa (Decidir.com) em sociedade com a irmã do banqueiro Daniel Dantas (Verônica Dantas). Devido a uma falha no sistema, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros ficaram expostos à visitação pública na internet.

José Serra não tem o hábito de honrar as promessas feitas durante a campanha. Nas eleições de 2004 para a prefeitura de São Paulo o candidato se comprometeu, (e registrou em cartório) caso fosse eleito, a cumprir o mandato até o fim. No entanto, algum tempo depois, ele deixou a prefeitura para se candidatar ao governo do estado.

Os eleitores precisam avaliar uma questão importantíssima: qual é a verdadeira cara de José Serra? Em qual Serra as pessoas irão votar: o da grande mídia (televisão e jornais) ou o do mundo real? Esta resposta irá determinar o rumo do nosso país nos próximos quatro anos.

Por Vinicius Falseth (Analista de sistemas) e Ricardo Rangel (Engenheiro de produção)

Fonte: http://mariafro.com.br/wordpress/

Dados Comparativos dos Governos LULA x FHC

Dados Comparativos dos Governos LULA x FHC

Números das gestões LULA e FHC.
GOVERNO LULA - PT (7,8 ANOS)
GOVERNO PSDB - PSDB/PFL (8 ANOS)

1) Número de policiais federais:
Governo Lula: 13 mil
Governo PSDB/PFL: 5 mil

2) Operações da PF contra a corrupção, sonegação de impostos, crime organizado e lavagem de dinheiro:
Governo Lula: 358
Governo PSDB/PFL: 20

3) Prisões efetuadas pelos motivos acima:
Governo Lula: 3.971
Governo PSDB/PFL: 54

4) Criação de empregos:
Governo Lula: 36 milhões (14,6 milhões com carteira assinada)
Governo PSDB/PFL: 700 mil

5) Média anual de empregos gerados:
Governo Lula: 2,14 milhão
Governo PSDB/PFL: 87,5 mil

6) Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas:
Governo Lula: 6,3%
Governo PSDB/PFL: 11,7%

7) Desemprego em SP, maior cidade do país:
Governo Lula: 12,9%
Governo PSDB/PFL: 19,0%

8) Exportações (em dólares):
Governo Lula: 258,3 bilhões
Governo PSDB/PFL: 60,4 bilhões

9) Balança comercial (em dólares):
Governo Lula: 265,3 bilhões (positivos)
Governo PSDB/PFL: - 8,4 bilhões (negativos)

10) Transações correntes (em dólares):
Governo Lula: 110,1 bilhões (positivos)
Governo PSDB/PFL: - 186,2 bilhões (negativos)

11) Risco-país:
Governo Lula: 204
Governo PSDB/PFL: 2.400* No governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história.

12) Inflação:
Governo Lula: 3,8% (média)
Governo PSDB/PFL: 12,53%

13) Dívida com o FMI (em dólares):
Governo Lula: dívida paga – Hoje o FMI nos deve 18 bilhões
Governo PSDB/PFL: 14,7 bilhões (todo ano emprestávamos uma média de 10 bilhões que desapareciam inexplicavelmente)

14) Dívida com o Clube de Paris (em dólares):
Governo Lula: dívida paga
Governo PSDB/PFL: 5 bilhões

15) Dívida externa:
Governo Lula: 2,41%
Governo PSDB/PFL:12,45%

16) Empréstimo para habitação (em reais):
Governo Lula: 9,5 bilhões
Governo PSDB/PFL: 1,7 bilhões

17) Crescimento industrial:
Governo Lula: 8,77%
Governo PSDB/PFL: 1,94%

18) Produção de bens duráveis:
Governo Lula: 14,8%
Governo PSDB/PFL: 2,4%

19) Aumento na produção de veículos:
Governo Lula: 5,4%
Governo PSDB/PFL: 1,8%

20) Crédito para a agricultura familiar:
Governo Lula: 11,3%
Governo PSDB/PFL: 2,4%

21) Valor do salário mínimo em dólares:
Governo Lula: Quase 300
Governo PSDB/PFL: 55

22) Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica:
Governo Lula: 3,7 cestas básicas
Governo PSDB/PFL: 1,3 cesta básica

23) Aumento do custo da cesta básica:
Governo Lula: 15,6%
Governo PSDB/PFL: 81,6%

24) Transferência de renda (em reais):
Governo Lula: 12,1 bilhões
Governo PSDB/PFL: 2,3 bilhões

25) Média por família:
Governo Lula: 87 reais
Governo PSDB/PFL: 25 reais

26) Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico): Governo Lula: 35,7%*
Governo PSDB/PFL: 17,5% (*15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista.)

27) Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes):
Governo Lula: 18,6
Governo PSDB/PFL: 55,7

28) Pró-jovem - estudo subsidiado:
Governo Lula: 183 mil (18 a 24 anos)
Governo PSDB/PFL: não havia programa, nem registro.

29) Bolsa Família:
Governo Lula: 24,1 milhões de famílias
Governo PSDB/PFL: o programa era o Bolsa Escola com atendimento restrito a um pequeno número de pessoas.

30) Incremento no acesso a água no semi-árido nordestino:
Governo Lula: 1.762 mil pessoas e 152 mil cisternas
Governo PSDB/PFL: zero, não havia programa.

31) Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor):
Governo Lula: 8,3 milhões de brasileiros
Governo PSDB/PFL: zero, não havia programa.

32) Áreas ambientais preservadas:
Governo Lula: incremento de 25,6 milhões de hectares Do ano do Descobrimento do Brasil até 2002: 40 milhões de hectares

33) Apoio à agricultura familiar:
Governo Lula: mais de 40 bilhões
Governo PSDB/PFL: Maior repasse 2,5 bilhões

34) Compra de terras para Reforma Agrária:
Governo Lula: 3,7 bilhões (2003 a 2005)
Governo PSDB/PFL: 1,1 bilhão (1999 a 2002)

35) Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas:
Governo Lula: 35,99 bilhões
Governo PSDB/PFL: 8,3 bilhões

36) Investimento anual em saúde básica:
Governo Lula: 2,5 bilhões
Governo PSDB/PFL: 155 milhões

37) Equipes do Programa Saúde da Família:
Governo Lula: 27.401
Governo PSDB/PFL: 16.698

38) Índice BOVESPA:
Governo Lula: 35,2 mil pontos
Governo PSDB/PFL: 11,2 mil pontos

39) Dívida externa:
Governo Lula: (260 BILHÕES EM RESERVAS)
Governo PSDB/PFL: 210 bilhões NEGATIVOS

40) Desemprego no país:
Governo Lula: 8,3%
Governo PSDB/PFL: 12,2%

41) Eletrificação Rural:
Governo Lula: 8 milhões de pessoas
Governo PSDB/PFL: 2,7 mil pessoas

42) Livros gratuitos para o Ensino Médio:
Governo Lula: 17 milhões
Governo PSDB/PFL: zero

43) Geração de Energia Elétrica:
Governo Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de potência. Está previsto para os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na capacidade de geração do País, proveniente os 65 empreendimentos atualmente em construção e mais 516 outorgadas.

44) Construção de Universidades Federais:
Governo Lula: 27 universidades + 58 novos campi
Governo PSDB/PFL: 6 universidades federais em 8 anos

45) Criação de novas universidades federais

Governo Lula: 14 novas Universidades Federais
Governo PSDB/PFL: 1.


Alessandro Octaviani. Professor de Direito Econômico e Economia Política da Faculdade de Direito da USP

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Coligação lança manifesto para combater guerra suja contra Dilma

Coligação lança manifesto para combater guerra suja contra Dilma

COM DILMA NO SEGUNDO TURNO
PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO

Os Partidos que integram a coligação vitoriosa elegeram 11 governadores e disputam o segundo turno em 10 outros estados.Com mais de 350 deputados, sobre 513, entre aliados e coligados, o próximo Governo terá a maioria da Câmara Federal. Será também majoritário no Senado, com mais de 50 senadores. Terá, pelo menos, 734 deputados estaduais. Estão reunidas, assim, todas as condições para a vitória definitiva em 31 de outubro.

Para tanto, é necessário clareza política e capacidade de mobilização.A candidatura da oposição encontra-se mergulhada em contradições. Tentam atrair os verdes, mas não podem tirar o velho e conservador DEM de seu palanque. Denuncia “aparelhismos”, mas já está barganhando cargos em um possível ministério (já ofereceram 4 ministérios pra Marina). Proclama-se democrata, mas persegue jornalistas e censura pesquisas. Espalham mentiras e acusações infundadas.Mas o que está em jogo hoje no país é o confronto entre dois projetos.

De um lado, o Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98.O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil dos apagões e do sucateamento da infra-estrutura. O Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas privatizações, dentre elas a do Pré-Sal. O Brasil do passado, do Governo FHC, que nosso adversário integrou, é o país que não soube enfrentar efetivamente a desigualdade social e não tinha vergonha de afirmar que uma parte da população brasileira era “inempregável”. Era o Brasil do desmonte do Estado e da perseguição aos funcionários.Era o Brasil das universidades à beira do colapso e da proibição do Governo Federal de custear escolas técnicas. Mas, sobretudo, era o país da desesperança, de governantes de costas para seus vizinhos da América Latina, cabisbaixos diante das potências estrangeiras em cujos aeroportos se humilhavam tirando os sapatos.

Em oito anos, o Brasil começou a mudar. Uma grande transformação se iniciou e deverá continuar e aprofundar-se no Governo Dilma.O Brasil de Lula, hoje, e o de Dilma, amanhã, é e será o país do crescimento acelerado. Mas um país que cresce porque distribui renda. Que retirou 28 milhões de homens e mulheres da pobreza. Que possibilitou a ascensão social de 36 milhões de brasileiros. Que criou mais de 14 milhões de empregos formais. Que expandiu o crédito, sobretudo para os de baixo. Que fez crescer sete vezes os recursos para a agricultura familiar. E que fez tudo isso sem inflação ou ameaça dela. O Brasil de Lula e de Dilma é o país que possui uma das mais baixas dívidas internas do mundo. Que deixou de ser devedor internacional, passando à condição de credor. Que não é mais servo do FMI. É o país que enfrentou com tranqüilidade a mais grave crise econômica mundial. Foi o último a sofrer seus efeitos e o primeiro a sair dela.Dilma continuará a reconstruir e fortalecer o Estado e a valorizar o funcionalismo. O Brasil de Lula e de Dilma está reconstruindo aceleradamente sua infra-estrutura energética, seus portos e ferrovias. É o Brasil do PAC. O Brasil do Pré Sal. É o Brasil do Minha Casa, Minha Vida, que vai continuar enfrentando o problema da moradia, sobretudo para as famílias de baixa renda. Nosso desenvolvimento continuará sendo ambientalmente equilibrado, como demonstram os êxitos que tivemos no combate ao desmatamento e na construção de alternativas energéticas limpas. Manteremos essa posição nos debates internacionais sobre a mudança do clima.No Brasil de Lula e de Dilma foi aprovado o FUNDEB que propiciou melhoria salarial aos professores da educação básica. É o país onde os salários dos professores universitários tiveram considerável elevação. Onde se criaram 14 novas universidades e 124 extensões universitárias. Onde mais de 700 mil estudantes carentes foram beneficiados com as bolsas de estudo do Prouni e 214 Escolas Técnicas Federais foram criadas. Onde 40 bilhões de reais foram investidos em ciência e tecnologia. Esse Brasil continuará a desenvolver-se porque o Governo Dilma cuidará da pré-escola à pós-graduação e fará da educação de qualidade o centro de suas preocupações. O Brasil de Dilma continuará dando proteção à maternidade e protegendo, com políticas públicas, as mulheres da violência doméstica. Será o Brasil que dará prosseguimento às políticas de promoção da igualdade racial.

Os alicerces de um grande Brasil foram criados. Mais que isso, muitas das paredes desta nova casa já estão erguidas. A obra não vai parar.Vamos prosseguir no esforço de dar saúde de qualidade com mais UPAS, Samu, Brasil Sorridente, Médicos de Família.Vamos continuar o grande trabalho de garantir a segurança de todos os brasileiros, com repressão ao crime organizado e controle da fronteiras, mas, sobretudo, com respeito aos direitos humanos, ações sociais e a participação da sociedade, como vem acontecendo com as UPP. Vamos continuar a ser um país soberano, solidário com seus vizinhos. Um país que luta pela paz no mundo, pela democracia, pelo respeito aos direitos humanos. Um país que luta por uma nova ordem econômica e política mundial mais justa e equilibrada.

Os brasileiros continuarão a ter orgulho de seu país.Mas, sobretudo queremos aprofundar nossa democracia. A grande vitória que a coligação PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO obteve nas eleições para o Congresso Nacional permitirá que Dilma Rousseff tenha uma sólida base de sustentação parlamentar.Diferentemente do que ocorreu entre 1995 e 2002, a nova maioria no Congresso não é resultado de acordos pós-eleitorais. Ela é o resultado da vontade popular expressa nas urnas. Essa maioria não será instrumento para esmagar as oposições, como no passado. Queremos um Brasil unido em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa. Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo brasileiro, que são admiradas em todo o mundo. O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir. O Brasil de Dilma, assim como o de Lula, é e será uma terra de liberdade, onde todos poderão, sem qualquer tipo de censura, expressar suas idéias e convicções. Será o Brasil que se ocupará de forma prioritária das crianças e dos jovens, abrindo-lhes as portas do futuro. Por essa razão dará ênfase à educação e à cultura.Mas será também um país que cuidará de seus idosos, de suas condições de vida, de sua saúde e de sua dignidade.Sabemos que os milhões que estiveram conosco até agora serão muitos mais amanhã.

Para dar continuidade a essa construção iniciada em 2003 convocamos todos os homens e mulheres deste país. A hora é de mobilização. É importante que nas ruas, nas escolas, nas fábricas e nos campos a voz da mudança se faça ouvir mais fortemente do que a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios.

À luta, até a vitória

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Imprensa, a verdadeira oposição no Brasil

Imprensa, a verdadeira oposição no Brasil
Blog do Miro (Reproduzo artigo do jornalista Eric Nepomuceno, publicado no jornal argentino Pagina/12 e traduzido pelo sítio Carta Maior)

Considerado o fundador do Estado moderno no Brasil, Getúlio Vargas foi alvo de uma contundente campanha encabeçada pelo jornal Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro. Terminou se suicidando com um tiro no coração em agosto de 1954. Criador de Brasília e um dos presidentes mais populares do Brasil, Juscelino Kubitschek enfrentou a resistência feroz do conservador O Estado de São Paulo. Acusado de corrupção irremediável, jamais se comprovou nada contra ele. Histórico dirigente da esquerda, o trabalhista Leonel Brizola foi governador do Rio de Janeiro em 1982, no início do processo da democratização, e passou seus dois governos sob uma campanha implacável (e freqüentemente mentirosa) do mais poderoso grupo de comunicações da América Latina, que controla a TV Globo e o jornal O Globo.

Nunca antes, porém, um presidente foi tão perseguido pelos meios de comunicação como ocorre com Luiz Inácio Lula da Silva. Com freqüência assombrosa foram abandonadas as regras básicas do mínimo respeito cidadão. Um bom exemplo disso é a revista Veja, semanário de maior circulação no país, que sem resquícios de pudor público denuncia escândalos em seqüência que acabam não sendo comprovados. Em sua página na internet abriga comentaristas que tratam o presidente da Nação de “essa pessoa”. O mesmo grupo que controla a TV Globo, cujo noticiário tem a maioria da audiência, o matutino O Globo, principal jornal do Rio e segundo em circulação no Brasil, e a principal cadeia de rádio, CBN, não perde a oportunidade de destroçar Lula e seu governo, sem preocupar-se nem um pouco com a veracidade de seus ataques. O jornal Folha de São Paulo, de maior circulação no país, divulga qualquer denúncia como se fosse verdadeira e não se priva de aceitar que um ex-condenado por receptação de mercadorias roubadas e circulação de dinheiro falso se transforme em “consultor de negócios” e lance acusações sem apresentar nenhuma prova. Até o conservador O Estado de São Paulo, que até agora era o mais equilibrado na oposição ao governo, optou por ingressar neste jogo sem regras nem norte.

Frente á inércia dos principais partidos de oposição, o PSDB e o DEM, os meios de comunicação ocupam organicamente esse espaço. Isso foi admitido, há alguns meses, pela própria presidente da Associação nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito, da Folha de São Paulo. Mais grave, porém, é o que nenhum destes grupos admite: mesmo antes de iniciar a campanha sucessória de Lula, esse enorme partido informal (mas muito eficaz) de oposição optou por um candidato, José Serra, que não respondeu às suas expectativas. E frente à incapacidade de sua campanha eleitoral, os meios de comunicação brasileiros decidiram atacar a candidatura de Dilma Rousseff, ignorando os limites éticos. Essa politização absoluta e essa tomada de posição pela imprensa terminaram por provocar a reação de Lula. Suas críticas, por sua vez, provocaram uma irada onda de novas denúncias, indicando que o presidente pretendia impedir a liberdade de expressão e de opinião.

No entanto, em seus quase oito anos como presidente, Lula em nenhum momento representou uma ameaça à grande imprensa, por mais remota que fosse. Alguns movimentos para impor algumas regras e impedir a permanência de um esquema de quase monopólio foram neutralizados pelo próprio Lula que optou pelo não enfrentamento com as oito famílias que concentram o controle dos meios de comunicação no maior país latinoamericano.A liberdade de imprensa é absoluta no Brasil, ao ponto de ter se transformado em liberdade de caluniar. Os grosseiros ataques, freqüentemente baseados em nada, contra Lula e seus governo aparecem todos os dias, sem que ninguém trate de impedi-los. E, ainda assim, os grandes meios não deixam de denunciar ameaças à liberdade de expressão. Talvez a razão de tudo isso repouse no que ocorreu quando o Brasil voltou á democracia, há 25 anos. Ao contrário do que ocorreu em outros países que reencontraram a democracia – penso especificamente nos casos da Espanha e da Argentina -, no Brasil a imprensa não se democratizou.
Não surgiram alternativas que respondessem aos diferentes segmentos políticos e ideológicos. Prevaleceu o cenário em que cada meio apresenta o eco de uma mesma voz, a do sistema dominante.Para esse sistema, Lula era um risco suportável. Já a sua sucessão é outra coisa.
E se o candidato da oposição se mostra um incapaz, o verdadeiro partido oposicionista revela sua cara mais feroz. Ao exercer a liberdade do denuncismo barato, mostra seu inconformismo com a manifestação do desejo dessa massa de ignaros que é chamada de povo. Essa gente que não era nada e passou a se considerar cidadã. Isso sim é inadmissível.