quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Antes e depois das privatizações do setor siderúrgico

Privatizações no setor siderúrgico – antes e depois

Daniel Miranda Soares (*)

Diário do Aço - 
31/10/2012 .  Artigo original publicado no Diário do Aço, mas aqui revisto e ampliado.
 


 
 

No Brasil, a indústria siderúrgica se desenvolve a partir da Revolução de 1930, dentro de um novo marco político mais progressista na história do Brasil, em que se rompe com as oligarquias rurais e se estabelece um novo modelo de desenvolvimento econômico, voltado para industrialização e desenvolvimento do mercado interno; protegendo a indústria brasileira da concorrência internacional (via política cambial e tarifária). Se todos os países fizeram isso, durante o desenvolvimento inicial de suas indústrias porque o Brasil não poderia fazê-lo ? Depois que esses países se industrializaram começaram a pregar o liberalismo (vem a nós tudo, vosso reino nada) porque aí poderiam colocar produtos mais baratos no mercado internacional. Desta forma também destruíram todas as indústrias dos concorrentes. Só muito mais tarde, no século XX, que governos nacionalistas do Terceiro Mundo perceberam que era importante proteger suas indústrias ou nunca conseguiriam se industrializar.

Para estabelecer este marco, Getúlio Vargas reforça o papel do Estado brasileiro, tornando-o indutor do desenvolvimento, que passa a tomar iniciativas próprias, diante de uma burguesia industrial ainda muito fraca. Como a iniciativa privada não possuía as mínimas condições para estabelecer uma nova era industrial, o Estado passa a criar as condições para tanto. Getúlio cria a CLT (preparando a regulação da mão de obra), cursos profissionalizantes, recursos financeiros através do BNDE (hoje BNDES), mineradoras (CVRD), energia (Petrobrás), a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional nos anos 40) e outras infraestruturas.

O governo JK, continuando a obra de Getúlio, cria a Cosipa e a Usiminas. Estas três siderúrgicas respondiam por 80% da produção de aço nacional, produto intermediário necessário para alavancar outras indústrias, tais como: bens duráveis de consumo (automóveis, eletrodomésticos, etc.), bens para indústria da construção civil e a indústria de bens de capital (máquinas e equipamentos).
Portanto, as siderúrgicas tiveram um papel importante enquanto empresas estatais. Muito mais estatais foram criadas pelos militares nos anos 60 e 70. Se Getúlio e JK criaram algumas poucas dezenas, os militares criaram cerca de 300. No final dos anos 70, se completa o ciclo das estatais, havia muito mais que o necessário, embora continuassem com um papel importante e estratégico ao desenvolvimento industrial brasileiro. Não havia dúvida, já nos anos 90, que poderiam ser privatizadas uma boa parte delas, mas desde que ficassem nas mãos de brasileiros e pudessem contribuir para a continuidade do desenvolvimento brasileiro. Algumas delas são estratégicas e necessárias, como as de energia e petróleo e portanto não havia necessidade de privatizá-las.

As siderúrgicas foram privatizadas nos anos 1991-1993, antes do governo FHC, e foram vendidas às empresas brasileiras. Posteriormente FHC libera a venda de estatais para empresas estrangeiras, a preço de banana, com uso de moedas podres e propinas, usando recursos do BNDES para financiar a compra (ou seja usando nosso dinheiro para comprar nosso patrimônio).

O processo de privatização permitiu o fortalecimento da siderurgia nacional com importantes benefícios para as empresas, as quais se libertaram de interferências políticas e restrições comerciais, administrativas e financeiras.
O faturamento do setor siderúrgico nacional aumentou em 114,3% no período 1990-2005. Por outro lado (o lado negativo) o número de trabalhadores efetivos sofreu uma redução substancial de 48% em média, passando de 116.880 para 60.819 trabalhadores efetivos. Em consequência, a folha de salários sofreu uma redução substancial: em 1999, representava 22,2% do faturamento e, em 2005, passa a representar apenas 6.5% deste faturamento. (Fonte: Dieese)

Estes dados mostram que houve um ganho substancial de produtividade relativo aos custos dos salários (ou seja o ganho de produtividade foi realizado quase todo em cima de demissões); em consequência queda nos custos e aumento do faturamento e do lucro. A eliminação de postos de trabalho se deu mais nas funções administrativas (redução de 71,29%), entre 1989 e 1998; do que nas funções operacionais da área de produção (redução de 56,65%). (Fonte: Dieese).

Os trabalhadores do setor siderúrgico brasileiro tiveram uma redução de cerca de 10,4 salários mínimos em 1994 para cerca de 10,0 salários mínimos em 1997, em média, mas com achatamento de salário na base da pirâmide, acarretando queda da qualidade de vida dos funcionários do setor.

Verifica-se que o custo total de mão de obra na siderurgia brasileira é de apenas US$ 10,40 por hora, superior apenas ao México, no ranking dos principais países produtores em todo o mundo, até início do século XXI.  Estima-se que, hoje, no entanto, ninguém ganha da China, tanto em custo unitário quanto preço do aço. Não é à toa que a produção brasileira de aço não evoluiu muito nos últimos 20 anos. Passou de 32 milhões de toneladas de aço, em 1991, para 40 milhões em 2012. A China, no mesmo período, saltou de 21 milhões ton. (1991) para 675 milhões de toneladas em 2012. Privatizamos para exportar minério e importar aço da China, com mercado aberto sem proteção do Estado. Agora estes setores pedem proteção do Estado, porque dizem que a concorrência chinesa é desleal, indo contra os seus próprios princípios neoliberais. Como eu já disse antes, em países do Terceiro Mundo (agora com exceção dos asiáticos) sem proteção do Estado não há industrialização - num mercado totalmente livre seremos praticamente exportadores de commodities e matéria prima e importadores de produtos industrializados (agora da China). 

Parece que no Brasil há duas posições políticas radicais a respeito deste tema: 1) os neoliberais liderados por partidos de direita, como o PSDB, DEM e PPS e um apoio mais forte ainda da mídia monopolista (TV Globo, O Globo, Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, revista Veja, etc.) Esta turma prega total privatização, não só de estatais mas até de empresas brasileiras para o capital estrangeiro. Portanto, em último caso, este grupo é o porta voz dos interesses das empresas multinacionais.
2) os intervencionistas keynesianos capitaneados por partidos de esquerda que não tem apoio da mídia monoṕolista. Embora sejam a favor de maior intervenção do Estado na economia, até como meio de distribuir a renda e caminhar para um quadro social mais justo, em favor dos pobres; eles ainda não assumem uma postura nacionalista, como assumiu Getúlio Vargas e Jango. Não reverteram as privatizações embora tenham paralisado o processo, mas aceitam privatizar algumas áreas via concessões do setor público e trabalham com parcerias público-privadas.


*Daniel Miranda Soares, economista, mestre pela UFV e UFMG, ex-técnico da FJP.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Globo é acusada de crime eleitoral

ONG representará contra Jornal Nacional na PGE e no Minicom

Posted by on 24/10/12




Até a insuspeita Folha de São Paulo notou a cobertura desproporcional, ilegal e até criminosa que o Jornal Nacional fez da sessão de terça-feira (23.10) do julgamento do mensalão. Segundo a matéria em tela, o telejornal gastou 18 dos 32 minutos de sua edição de ontem com esse assunto. Abaixo, o texto da Folha.
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FOLHA DE SÃO PAULO
24 de outubro de 2012
‘JN’ dedica quase 20 minutos a balanço do julgamento
DE SÃO PAULO
O “Jornal Nacional” da TV Globo, programa jornalístico mais assistido da televisão brasileira, dedicou ontem 18 dos 32 minutos de sua edição a um balanço do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
O telejornal exibiu oito reportagens sobre o tema, contemplando desde o que chamou de “frases memoráveis” proferidas no plenário do STF às rusgas entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandovsky, respectivamente relator e revisor do processo na corte.
O segmento mais “quente” do telejornal, dedicado às notícias do dia (debate do tamanho das penas e a decisão de absolver réus de acusações em que houve empate no colegiado) consumiu 3min12s.
O restante foi ocupado pelo resumo das 40 sessões de julgamento.
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Há, ainda, um agravante. O assunto foi ao ar no JN imediatamente após o fim do horário eleitoral, que, em São Paulo, foi encerrado com o programa de Fernando Haddad. E tem sido assim desde que começou o segundo turno – o noticiário do mensalão é apresentado pelo telejornal sempre “colado” ao fim do horário eleitoral.

O objetivo de interferir no pleito do próximo domingo em prejuízo do Partido dos Trabalhadores e dos outros partidos aliados que figuram na Ação Penal 470, vem sendo escancarado. Ontem, porém, essa prática ilegal chegou ao ápice.
A ilegalidade é absolutamente clara. Para comprovar, basta a simples leitura da Lei 9.504/97, a chamada Lei Geral das Eleições, que, em seu artigo 45, caput, reza que:
Caput – A partir de 1o de julho, ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário, conforme incisos:
III – Veicular propaganda política, ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus orgãos ou representantes; 
IV – Dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
V – É vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário, veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente (…)

Apesar de a Globo poder alegar que estava apenas reproduzindo um fato do Poder Judiciário, a intenção de usar as reiteradas menções dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao Partido dos Trabalhadores é escancarada ao ponto de ter virado notícia de um jornal absolutamente insuspeito de ser partidário desse partido.
Conforme reza a lei, é vedada prática da qual o JN abusou, ou seja, fazer “Alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente”. Ora, de dissimulado não houve nada. O PT foi citado reiteradamente pela edição do JN de forma insistente e por espaço de tempo jamais visto em uma só reportagem.
A Lei Eleitoral recebe interpretação pela Justiça Eleitoral, ou seja, ela julga exatamente as nuances das propagandas, dos programas em veículos eletrônicos e até mesmo na imprensa escrita e na internet.
O uso de uma concessão pública de televisão com fins político-eleitorais também viola a Lei das Concessões, cujo guardião é o Ministério das Comunicações.
Diante desses fatos, comunico que a ONG Movimento dos Sem Mídia, da qual este blogueiro é presidente, apresentará, nos próximos dias, representações à Procuradoria Geral Eleitoral e ao Ministério das Comunicações contra a TV Globo por violação da Lei Eleitoral, com tentativa de influir em eleições de todo país.
Detalhe: será pedido ao Minicom a cassação da concessão da Rede Globo por cometer crime eleitoral
Por certo não haverá tempo suficiente de fazer a representação ser apreciada por essas instâncias antes do pleito, mas isso não elidirá a denunciação desse claro abuso de poder econômico com vistas influir no processo eleitoral. Peço, portanto, o apoio de tantos quantos entenderem que tal crime não pode ficar impune.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A QUEM INTERESSA CRIMINALIZAR A POLÍTICA


A QUEM INTERESSA CRIMINALIZAR A pOLÍTICA

A elite vai fazer política na Globo e na Justiça. Até achar outra barriga de aluguel…
O número de votos brancos, nulos e de abstenções foi anormal no primeiro turno.

Em São Paulo, se aproximou de 30%.

A experiência dos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório e a abstenção em eleições presidenciais chega a 50%, mostra que quem menos vota é quem mais precisa da rede de proteção do Estado.

É quem desiste, quem não sabe como usar o Estado para se proteger.

E, a esses, a elite – lá e aqui – oferece o menosprezo e a insensibildade.

Virem-se !

A criminalização da Política, a  desmoralização do jogo político – no Supremo e na Globo – e a satanização dos políticos não beneficiam quem precisa da rede de proteção do Estado.

A criminalização da Política enfraquece o Estado – porque enfraquece o governante.

Desarma o governante.

E quem substitui o governante e ocupa o Estado ?

Os “intelectuais organicos” da classe dominante -  diria um político encarcerado na Italia do século passado.

Quem são eles ?

Os “especialistas” da Globo.

Os economistas dos bancos.

O membros do Judiciário.


Clique aqui para ler “por que os juízes que o Lula e a Dilma nomearam votam contra o Lula e a Dilma e os que o FHC nomeou votam contra a Dilma e o Lula ?”

A criminalização sistemática da Política – antes, durante e depois do julgamento do mensalão (o do PT), no e fora do  Supremo – só interessa à elite.

Quanto menos o poder for exercido por quem tem voto, melhor.

Voto é arma do fraco.

O forte prefere os especialistas da Globo, os economistas dos bancos e o Judiciário: quanto mais ” nas instâncias superiores”, melhor.

Por isso, a defesa do voto facultativo.

Por isso, o combate ao horário eleitoral na TV.

Por isso, a defesa do parlamentarismo, a única convicção que o Cerra jamais abandonou.

Por isso, o Moralismo udenista.

Porque tenta desmoralizar o Governo e a Política – com uma cajadada só.

Embora, como demonstrou o Maurício Dias, seja baixo “o teto da Ética tucana”.

Por isso, última ratio, a defesa do Golpe.

Ou seja, a supressão da vontade popular.


É o “mal necessário” da espantosa declaração do MInistro (Collor de ) Mello.

Como, segundo o PiG(*), só o PT cresce, a elite tentará desmoralizar a política, cada vez mais.

E fazer política na Globo e na Justiça.


Até que alugue uma outra barriga, tal a inutilidade do PSDB.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 13 de outubro de 2012

PT bate recorde de votos válidos em 2012


O balanço do PT no primeiro turno

Por Roberto São Paulo-SP 2012
Eleições 2012: PT divulga balanço atualizado do primeiro turno

Do site Partido dos Trabalhadores

Confira o documento apresentado pela Secretaria Nacional de Organização aos membros do Diretório Nacional nesta quarta-feira (10)
Clique aqui para acessar o documento em pdf
Resumo da Situação do PT dia após o primeiro turno da eleição.

Elegemos 596 vices-prefeitos. Em 105 municípios o PT venceu a eleição com chapa pura e em outros 491 municípios um vice do PT governará junto com um prefeito de outro partido.Os 626 prefeitos e prefeitas do PT possuem 521 vices de outros partidos.


PT recebe 17.198.959 votos para prefeito. A melhor votação de um partido nas eleições de 2012.

Com 626 prefeituras eleitas em 2012, o PT mantém seu crescimento constante. Em relação a 2008, aumentamos em 12% o número de prefeituras. Há ainda, outros 22 candidatos que irão disputar o segundo turno.

Dobramos o número de prefeituras no Ceará.
Minas Gerais continua como o estado com o maior número de prefeituras.

Entre os grandes partidos apenas o PT e o PSB conseguem melhorar o desempenho de 2008. O PSD já aparece como o quarto partido em número de prefeituras.

Em relação a 2008, o DEM perdeu 219 prefeituras e o PMDB 184 prefeituras. O PT e PSB elegeram, respectivamente, 68 e 124 prefeitos a mais que em 2012.
Entre os grandes partidos, PSD, PSB e PT são os partidos com a melhor evolução no número de prefeituras

No universo que compreende as cidades com mais de 150 mil eleitores, vencemos a eleição em 13 cidades e temos outros 22 candidatos disputando o segundo turno.

Entre os 13 prefeitos já eleitos pelo PT, 5 estão em municípios com menos de 200 mil eleitores e outros 8 prefeitos foram eleitos sem a necessidade de realização de um segundo turno da eleição.


Nos 22 municípios onde vamos disputar o segundo turno nosso principal adversário será o PSDB, que enfrentaremos em 6 municípios. Vamos
enfrentar o DEM em Salvador e o PPS em Ponta Grossa.
Considerando os partidos da base de apoio do Governo Federal, vamos enfrentar o PMDB em 6 cidades, o PSB em 3 e o PDT em 2.

PT também mantém o crescimento constante no número de vereadores eleitos. Aumentamos em 24% o número de vereadores e vereadoras petistas.
Número de Vereadores Eleitos pelo PT 1982 - 2012

Como observado na eleição majoritária, os maiores partidos não conseguem manter o desempenho de 2008. PT, PSB e PDT são os únicos, entre os grandes, que aumentam suas bancadas municipais.

Elegemos 596 vices-prefeitos. Em 105 municípios o PT venceu a eleição com chapa pura e em outros 491 municípios um vice do PT governará junto com um prefeito de outro partido.Os 626 prefeitos e prefeitas do PT possuem 521 vices de outros partidos.


Prefeituras eleitas pelo PT no Primeiro Turno....

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Prefeita eleita quer a exoneração de Alexandre Silveira

Prefeita eleita quer a exoneração de Alexandre Silveira




A prefeita eleita de Coronel Fabriciano, Rosângela Mendes, do Partido dos Trabalhadores, concedeu uma entrevista ao PLOX, no fim da manhã desta quinta-feira (11). Ela agradeceu o apoio dos partidos que compõem sua coligação. Agradeceu também ao prefeito da cidade, Chico Simões (PT), que, segundo ela, foi de “suma importância para a vitória”. Chico Simões foi o coordenador político da campanha. “Ele foi o grande responsável por essa vitória, tanto pelo seu excelente governo, como por sua atuação ao nosso lado no período eleitoral”, afirmou.

Exoneração de Alexandre Silveira
A prefeita eleita destacou a vitória do Partido dos Trabalhadores, que além de vencer em Fabriciano, venceu nas demais cidades que compõem a região Metropolitana do Vale do Aço - Ipatinga, Timóteo e Santana do Paraíso.

Segundo Rosângela, a vitória do PT nas urnas deixa claro que a população da região repudia “qualquer projeto que tenha a interferência do deputado federal licenciando, Alexandre Silveira”, que ocupa o cargo de secretário de Gestão Metropolitana do Estado. “O nosso governador, o professor Antonio Anastasia é um homem bom. Sabemos hoje que algumas atitudes dele foram tomadas por que ele não tinha conhecimento de algumas coisas que aconteciam aqui na nossa região”, disse.

Em seguida, a prefeita eleita disse que defende a saída de Silveira do cargo. Segundo ela, se as quatro cidades serão governadas por prefeitos do PT, então não será possível qualquer tipo de interlocução com o Estado por meio do atual secretário, o que, segundo ela, inviabilizará a implantação da Região Metropolitana do Vale do Aço. “Todos nós do PT repudiamos a forma como esse senhor destruiu o Vale do Aço, principalmente durante os últimos quatro anos. A saída dele é agora inevitável”, enunciou.

Fonte: plox.com.br/caderno/política-e-economia/prefeita-eleita-quer-a-exoneracao-alexandre-silveira

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A reação da direita ao crescimento da esquerda

PT e PSB sobem. PSDB desaba

O PT cresceu 14% em número de prefeituras; o PSDB, futuro DEMO, elegeu 13% menos prefeitos que em 2008.
Os partidos da base da Dilma e do Lula ganharam a eleição.
A oposição perdeu.
O PSDB ruma ao buraco do DEMO.
Senão, vejamos.

O PMDB ainda é o partido com o maior número de prefeitos, mas caiu 15% em relação a 2008.
O PT cresceu 14% em número de prefeituras.
E é o partido que recebeu mais votos em todo o país – um aumento de 4% em relação a 2008.
O PSB foi ainda melhor.
Cresceu 51% no total de votos e 41% no total de prefeituras.

O PSDB, futuro DEMO, elegeu 13% menos prefeitos que em 2008.
Em todo o país, o número de eleitores do PSDB caiu 4%.
A soma de PMDB com PT e PSB demonstra que a Presidenta Dilma ganhou a eleição.
O Eduardo Campos, também.

O objetivo do PiG (**), agora, será fabricar a oposição entre Dilma e Campos, como tentou separar Lula de Dilma.
O Fernando Henrique foi quem tentou de forma mais ousada, e recebeu como prêmio uma nota devastadora da Dilma, de que não se recuperou até hoje.
Neste domingo, o Farol de Alexandria, que só aparece no PiG (**), mas o PSDB o esconde do palanque, diz que o PSDB deve tentar se aproximar do PSB:

Paulo Henrique Amorim

Primeiros números (quem ganhou a eleição?)

MARCOS COIMBRA 10 de Outubro de 2012
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Considerando os cinco partidos que mais venceram em 2008, o PT foi o único que aumentou o número de prefeituras ganhas. PMDB, PSDB, PP e DEM encolheram - os tucanos em seus principais redutos, São Paulo, Minas Gerais e Ceará.
Em queda semelhante à que aconteceu em 2010 nas eleições para o Legislativo, as três principais legendas oposicionistas - PSDB, DEM e PPS - diminuíram em 25% o total de prefeituras conquistadas, indo de 1418 para 1077 (sem considerar as cidades onde haverá segundo turno).
............
Por estranho que pareça a algumas pessoas, o partido que mais cresceu em número de prefeitos e vereadores, que melhor performance teve nas cidades médias, que está mais bem posicionado nas capitais, é o PT.
Pode-se gostar ou não disso. Mas é um fato.


O STF escreve página de vergonha e arbítrio

BRENO ALTMAN 10 de Outubro de 2012

 .........A maioria dos ministros da corte suprema, ao contrário do que se passou em outros momentos de nossa história, dessa vez embarcou na violação constitucional sem estar sob a mira das armas. Simplesmente dobrou-se à ditadura da mídia.Assistimos a um julgamento político e de exceção. Um aleijão que fere os princípios constitucionais e contamina as instituições democráticas.
................Essa coleção de barbaridades e ofensas à Constituição ontem levou à condenação, por corrupção ativa, de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Dos três, apenas o ex-tesoureiro petista esteva vinculado a situações materiais, mas sem que houvesse qualquer elemento comprobatório de ação corruptora..............Há sete anos as forças conservadoras e seu partido midiático fizeram do chamado “mensalão” o centro da estratégia para enfrentar a liderança crescente do PT e do presidente Lula, de vitalidade reconfirmada em seguidas eleições, incluindo a do último domingo. Condenar os dois dirigentes era marco imprescindível dessa escalada.
O STF, acossado pela midia corporativa, além de aviltado pelo reacionarismo e a covardia, prestou-se a um triste papel, escrevendo página de vergonha e arbítrio em sua história. De instituição responsável pela salvaguarda constitucional, abriu-se para ser o teatro onde se encena a reinvenção da direita. Quem viver, verá.
Breno Altman é diretor editorial do sítio Opera Mundi e da revista Samuel.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A condenação de José Dirceu

A condenação de José Dirceu

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

As eleições deste ano foram marcadas por um crescimento espetacular dos partidos de esquerda, em especial PT, PSB e PCdoB. Até o PSOL fez boa figura, elegendo um prefeito numa cidade pequena do Rio e perigando ganhar, no segundo turno, uma capital brasileira.

Declínio dos partidos da direita:




Ascensão dos partidos de esquerda




É nesse contexto que devemos entender a condenação, sem provas, de José Dirceu. O conservadorismo brasileiro o responsabiliza pela crise que vive. O partido da mídia se vê cada vez mais encurralado por um novo país, mais esperançoso, mais democrático, mais socialista. Não lhe resta outra coisa senão ranger os dentes, rancorosamente, e apelar para o judiciário. É bem mais fácil influenciar 11 juízes, a maioria formada na ideologia dominante – mesmo que tenham vindo de estratos humildes, como é o caso de Joaquim Barbosa -, e sem conhecimento suficiente de política, do que manipular a opinião de 140 milhões de eleitores.

Já aconteceu antes no Brasil e tem acontecido, com frequência alarmante, na América Latina. Em Honduras, a corte suprema derrubou o presidente; no Paraguai, chancelou um golpe parlamentar. A condenação sem provas de Dirceu é o que conseguiram fazer por aqui.

Existe toda uma literatura sobre a publicidade opressiva dos meios de comunicação, mas, no caso do mensalão, testemunhamos uma das mais sofisticadas, construída com afinco, dedicação e profissionalismo, por longos sete anos. O poderio da mídia tem declinado junto ao eleitorado, de forma geral, mas cresceu junto às elites. O seu poder de vida ou morte sobre a reputação de empresários, juízes ou políticos continua intacto. Raríssimos conseguem fugir a seus tentáculos. Lula é um caso à parte, e não é a tôa que a mídia tenta destruí-lo diuturnamente, desde 2005.

O espírito machartista, que vigorou de maneira terrível em 2005 e 2006, gerando demissão de centenas de jornalistas, e provocando um endurecimento estarrecedor na mídia, voltou a mostrar as garras no julgamento do mensalão. Juízes que não comungam das opiniões impostas pelos jornalões são espezinhados, humilhados, em notinhas, charges, editoriais. O nível de baixaria não tem limites.

No sábado, eu quase perdi o apetite ao me deparar, perplexo, com essa charge do Chico Caruso, na primeira página do Globo, mostrando Ricardo Lewandowski lendo seu voto num rolo de papel higiênico:




O propalado discurso sobre “respeito às instituições” vai por água abaixo quando se trata de impor o pensamento único da mídia. Ministros do STF que discordam de nossas teses? Pau neles! Sem tergiversação, sem classe, sem hesitar! A notinha asquerosa de Noblat segue na mesma linha:

Não há limites. Inventa-se. Calunia-se. Eu até catei da estante o livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault, onde a humilhação pública aparece com muita frequência na ideologia punitiva. Procura-se punir não apenas o réu, mas assustar toda a comunidade com a qual ele se identifica. Por isso a mídia armou um circo tão poderoso: condenando Dirceu, ela se vingou do Partido dos Trabalhadores, de Lula, e de todas as derrotas que a esquerda tem lhe inflingindo, e que continua a lhe inflingir. Derrotas essas que assustam a mídia corporativa, porque ela precisa manter sua ascendência política para sobreviver financeiramente. Publicidade institucional, uma legislação favorável, além dos contratos de compra de assinaturas, são elementos vitais para os barões da comunicação de massa no país, a quem não interessa nenhum debate em torno do papel político da mídia em nossa democracia.

Numa América Latina onde senhores feudais da mídia exercem uma influência poderosíssima sobre as cortes supremas, o risco à democracia ressurge na forma de golpes judiciários, os quais podem se dar de várias maneiras: cassando-se candidaturas, derrubando-se presidentes, chancelando golpes parlamentares, sempre com base, não em autos, não em provas, mas em ilações que nascem na mídia e se retroalimentam: há uma ilação de que houve compra de votos, então com base nisso se induz que o governo corrompeu o Congresso. Agora vemos que, não fosse uma forte mobilização social, a direita, de fato, teria derrubado o presidente Lula, e todos os avanços sociais que vimos nos últimos anos, não teriam acontecido.
....
Para finalizar, um pensamento de Nietzsche que talvez nos ajude a entender os preconceitos que afloram nos altos estratos da sociedade brasileira, que ainda não engoliram as mudanças paradigmáticas e simbólicas trazidas pelas ondas progressistas que tem açoitado a nossa costa:

“O orgulhoso sente despeito mesmo contra aqueles que o fazem avançar: olha maldosamente para os cavalos de sua carruagem”.

Carta escrita pela filha de José Genoino.

"A coragem é o que dá sentido à liberdade"

Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação? Se sentiria feliz, praticamente em êxtase, em poder noticiar a tragédia de um político honrado? Acharia uma excelente ideia congregar 200 pessoas na porta de uma casa familiar em nome de causar um pânico na televisão? Teria coragem de mandar um fotógrafo às portas de um hospital no dia de um político realizar um procedimento cardíaco? Pois os meios de comunicação desse nosso país sim tiveram coragem de fazer isso tudo e muito mais. O texto é de Miruna Genoino.

(*) Carta escrita pela filha de José Genoino.

Com essa frase, meu pai, José Genoino Neto, cearense, brasileiro, casado,
pai de três filhos, avô de dois netos, explicou-me como estava se sentindo em relação à condenação que hoje, dia 9 de outubro, foi confirmada. Uma frase saída do livro que está lendo atualmente e que me levou por um caminho enorme de recordações e de perguntas que realmente não têm resposta.

Lembro-me que quando comecei a ser consciente daquilo que meus pais tinham feito e especialmente sofrido, ao enfrentar a ditadura militar, vinha-me uma pergunta à minha mente: será que se eu vivesse algo assim teria essa mesma coragem de colocar a luta política acima do conforto e do bem estar individual? Teria coragem de enfrentar dor e injustiça em nome da democracia?

Eu não tenho essa resposta, mas relembrar essas perguntas me fez pensar em muitas outras que talvez, em meio a toda essa balbúrdia, merecem ser consideradas...

Você seria perseverante o suficiente para andar todos os dias 14 km pelo sertão do Ceará para poder frequentar uma escola? Teria a coragem suficiente de escrever aos seus pais uma carta de despedida e partir para a selva amazônica buscando construir uma forma de resistência a um regime militar? Conseguiria aguentar torturas frequentes e constantes, como pau de arara, queimaduras, choques e afogamentos sem perder a cabeça e partir para a delação? Encontraria forças para presenciar sua futura companheira de vida e de amor ser torturada na sua frente? E seria perseverante o suficiente ao esperar 5 anos dentro de uma prisão até que o regime político de seu país lhe desse a liberdade?

E sigo...

Você seria corajoso o suficiente para enfrentar eleições nacionais sem nenhuma condição financeira? E não se envergonharia de sacrificar as escassas economias familiares para poder adquirir um terno e assim ser possível exercer seu mandato de deputado federal? E teria coragem de ao longo de 20 anos na câmara dos deputados defender os homossexuais, o aborto e os menos favorecidos? E quando todos estivessem desejando estar ao seu lado, e sua posição fosse de destaque, teria a decência e a honra de nunca aceitar nada que não fosse o respeito e o diálogo aberto?

Meu pai teve coragem de fazer tudo isso e muito mais. São mais de 40 anos dedicados à luta política. Nunca, jamais para benefício pessoal. Hoje e sempre, empenhado em defender aquilo que acredita e que eu ouvi de sua boca pela primeira vez aos 8 anos de idade quando reclamava de sua ausência: a única coisa que quero, Mimi, é melhorar a vida das pessoas...

Este seu desejo, que tanto me fez e me faz sentir um enorme orgulho de ser filha de quem sou, não foi o suficiente para que meu pai pudesse ter sua trajetória defendida. Não foi o suficiente para que ganhasse o respeito dos meios de comunicação de nosso Brasil, meios esses que deveriam ser olhados através de outras tantas perguntas...

Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação? Se sentiria feliz, praticamente em êxtase, em poder noticiar a tragédia de um político honrado? Acharia uma excelente
ideia congregar 200 pessoas na porta de uma casa familiar em nome de causar um pânico na televisão? Teria coragem de mandar um fotógrafo às portas de um hospital no dia de um político realizar um procedimento
cardíaco? Dedicaria suas energias a colocar-se em dia de eleição a falar, com a boca colada na orelha de uma pessoa, sobre o medo a uma prisão que essa mesma pessoa já vivenciou nos piores anos do Brasil?

Pois os meios de comunicação desse nosso país sim tiveram coragem de fazer isso tudo e muito mais.

Hoje, nesse dia tão triste, pode parecer que ganharam, que seus objetivos foram alcançados. Mas ao encontrar-me com meu pai e sua disposição para lutar e se defender, vejo que apenas deram forças para que esse genuíno homem possa continuar sua história de garra, HONESTIDADE e defesa daquilo que sempre acreditou.

Nossa família entra agora em um período de incertezas. Não sabemos o que virá e para que seja possível aguentar o que vem pela frente pedimos encarecidamente o seu apoio. Seja divulgando esse e/ou outros textos que existem em apoio ao meu pai, seja ajudando no cuidado a duas crianças de 4 e 5 anos que idolatram o avô e que talvez tenham que ficar sem sua presença, seja simplesmente mandando uma palavra de carinho. Nesse momento qualquer atitude, qualquer pequeno gesto nos ajuda, nos fortalece e nos alimenta para ajudar meu pai.

Ele lutará até o fim pela defesa de sua inocência. Não ficará de braços cruzados aceitando aquilo que a mídia e alguns setores da política brasileira querem que todos acreditem e, marca de sua trajetória, está muito bem e muito firme neste propósito, o de defesa de sua INOCÊNCIA e de sua HONESTIDADE. Vocês que aqui nos leem sabem de nossa vida, de nossos princípios e de nossos valores. E sabem que, agora, em um dos momentosmais difíceis de nossa vida, reconhecemos aqui humildemente a ajuda que precisamos de todos, para que possamos seguir em frente.

Com toda minha gratidão, amor e carinho,
Miruna Genoino
09.10.2012

Carta de José Dirceu ao povo brasileiro

José Dirceu: ao povo brasileiro

Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver.

(*) Publicado no blog de Zé Dirceu.

No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir.

Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.

Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.

Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.

Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.

Na madrugada de dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.

A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.

Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.

Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.

Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.

Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver.

Vinhedo, 09 de outubro de 2012
José Dirceu

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PT vence no Vale do Aço. Alexandre Silveira perde.

PT vence em todas as cidades do Vale do Aço em Minas Gerais


Aguarde atualização desta reportagem
Os candidatos a prefeito do Partido dos Trabalhadores (PT) venceram pela primeira vez, ao mesmo tempo, as eleições em todas cidades que compõem o Vale do Aço: Ipatinga, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Timóteo, que compõem a RMVA (Região Metropolitana do Vale do Aço). A RMVA é coordenada pelo Secretário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, do governo tucano de Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais.

IPATINGA
A vitória de Cecília Ferramenta (PT) em Ipatinga já era esperada em função da grande vantagem dela sobre a segunda colocada, Rosângela Reis (PV). cuja coligação teve apoio do governo estadual, principalmente Alexandre Silveira.  Rosângela, em uma entrevista coletiva na semana passada, chegou a admitir que havia desarticulado parte da estrutura de campanha.  Cecília obteve 61,54 % dos votos válidos, Rosângela Reis obteve 22,22 %, Daniel Cristiano (PCB) obteve 12,16% e Dr Jesus ficou com 4,8 %. Em 2008, a população de Ipatinga deu vitória a Chico Ferramenta (PT) - marido de Cecília - que não tomou posse graças à um golpe jurídico promovido pela direita local, com apoio do governo tucano estadual e decisão do TJ (Tribunal de Justiça tucano de Minas). Pois este ano, a população deu o troco, elegendo Cecília Ferramenta, com mais entusiasmo e empenho.

SANTANA DO PARAISO
Em  Santana do Paraíso, o prefeito da Cidade, Kim, que é do PT, anunciou que  apoiaria a candidata Neli do PR e não abraçaria a candidatura de seu partido, encabeçada pelo vereador Zizinho.  O próprio Zizinho (PT) , por diversas vezes conclamou ao prefeito que reavaliasse sua decisão pois a sua “saída” do PT poderia colocar em risco a vitoria do partido naquela cidade. Kim manteve seu apoio à candidata do PRB que ficou em terceiro lugar na disputa.  Zizinho foi eleito  com  37,54%, Fernando Lima (PSDB, apoiado por Alexandre Silveira) obteve 35,39%, Neli (PRB ficou com 24,73 %  Edmar (PHS) ficou com 2,34%.

FABRICIANO
"Nós viramos o jogo", afirma prefeito de Fabrciano

Em Coronel Fabriciano, as pesquisas apontavam uma ampla vantagem de Celinho do Sinttrocel (PCdoB), (que também teve apoio de Alexandre Silveira) sobre a petista Rosângela Mendes, porém na reta final houve uma virada e Rosângela Mendes, que é a candidata do prefeito da cidade, Chico Simões, foi eleita. Em conversa com a reportagem do Plox agora a pouco disse: “Para mim não tem bola perdida. Nós viramos o jogo e ganhamos”, disse.
Rosângela Mendes (PT) ficou com 52,05%, Celinho (PCdoB) ficou com 47,95%.

TIMÓTEO

Em Timóteo o candidato petista também começou a campanha bem atrás do atual prefeito, Sérgio Mendes (PSB), que concorria à reeleição e foi apoiado por Alexandre Silveira. As pesquisas e sondagens apontavam um crescimento suave, porém constante do petista Keisson, que recebeu na reta final o apoio do ex-prefeito Geraldo Nascimento que era candidato pelo PSOL, mas já foi do PT.  Geraldo desistiu e passou a apoiar Keisson, que foi eleito neste domingo com 52,37%, Sérgio Mendes (PSB) ficou com 47,63.
Em entrevista concedida ao PLOX, logo após a confirmação da vitória do Keisson, o presidente do PT de Timóteo, Gege, disse: "Esta eleição pra nós é um marco na historia do PT no Vale do Aço, pela primeira vez nós conseguimos fazer a linha vermelha, elegendo candidatos petistas em Timóteo, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Ipatinga. A vitória do Keisson e Dr. Renato reflete o desejo da mudança de toda a população de Timóteo. È uma vitória da humildade contra o abuso do poder econômico do nosso adversário”
Em todo o Vale do Aço, eleitos, apoiadores e eleitores estão comemorando neste momento.

“Campo político” de  Alexandre Silveira sai enfraquecido

O deputado federal licenciado, Alexandre Silveira (PSD), que ocupa o cargo de secretário de Gestão Metropolitana, afirmou durante o período de campanha que era responsável por coordenar os candidatos que faziam parte de seu “campo político”. Os candidatos petistas vitoriosos na eleição deste domingo tinham como adversários diretos pessoas que , segundo as declarações de Silveira, seriam seus aliados.

Silveira afirmou em várias oportunidades que foi delegada a ele pelo próprio governador Antonio Anastasia a incumbência de fortalecer e colocar o controle das prefeituras sob o comando dos integrantes deste grupo anti-petistas.

Em Timóteo, o candidato derrotado Sergio Mendes teve como vice,  Marcelo Afonso do PSD, partido de Alexandre Silveira, em Ipatinga, Rosângela Reis, segunda colocada, teve como vice, o vereador e presidente da Câmara, Nardyello Rocha, também do partido de Silveira.
Em Santana do Paraiso, Fernando Lima, também segundo colocado, era apoiado por Silveira.

Em Coronel Fabriciano, o próprio Alexandre Silveira convocou a imprensa  para anunciar que havia intervido e conseguido convencer o  presidente da Camara Francisco Lemos, que também é de seu partido, a desistir da candidatura própria e ser o vice na chapa encabeçada pelo sindicalista e deputado Celinho do Sinttrocel.

Como ficará a Região Metropolitana do Vale do Aço?

A recém criada Região Metropolitana do Vale do Aço, que é gerida por Alexandre Silveira, tem por finalidade promover ações conjuntas e sinergéticas visando a solução de problemas e o progresso da região.
As ações devem atender ao consenso dos quatro municípios, que  foram parar nas mãos dos petistas, declaradamente opostos de Alexandre Silveira. A pergunta agora é: Poderá haver afinação e bom andamento dos naipes desta orquestra que desaprova e se insurge contra o maestro?


Informações baseadas em boa parte no http://plox.com.br/caderno/pol%C3%ADtica-e-economia/pt-vence-todas-as-cidades-vale-aco


AGORA VEJA ABAIXO QUEM É  ALEXANDRE SILVEIRA, envolvido no escândalo da Delta na CPI do Cachoeira:
Alexandria: Golpe contra soberania e autonomia do Vale do Aço
Governo de Minas cria e entrega a Alexandre Silveira lei retirando autonomia e soberania municipal para viabilizar empreendimento bilionário.
Alexandre da Silveira, através da Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana (SEGEM), vem afrontando abertamente a autonomia e soberania municipal assegurada pela Constituição Federal para viabilizar projeto privado bilionário. Segundo pessoas que acompanham o dia a dia na secretaria afirmam que Silveira não estaria defendendo a aliança com o PSB por questões ideológicas e partidárias e sim o seu cargo diante da ameaça de sua exoneração.
 
Estaria principalmente a serviço de Danilo de Castro, assim como, Clesio Andrade e Newton Cardoso ao impedir que o deputado Sávio Souza Cruz fosse o candidato do PMDB a vice na chapa de Patrus Ananias concorrendo à prefeitura de Belo Horizonte. Alexandre, segundo informa fontes das empresas participantes do empreendimento, teria uma cláusula de sucesso de 10% sobre o empreendimento, “Alexandria”, que lhe rendera no mínimo R$ 2 bilhões.
 
Numa Assembleia Legislativa, onde quase a totalidade de seus membros encontra-se submissa ou participa da “Gangue dos Castros”, vigora a defesa de interesses poucos “Republicanos”. Lavam as mãos como Pilatos, aprovando Leis que delegam as funções legislativas ao executivo, o que em outras épocas ocorria apenas em regimes totalitários. Diante deste quadro, o governo vem aprovando Leis que são verdadeira afronta a princípios constitucionais. Leis que retiram direitos e prerrogativas dos municípios, que, refém da situação, não tem a quem recorrer, pois seus representantes no legislativo abandonaram sua defesa em troca de cargos e outros benefícios para seu grupo.
Desde 2008, Alexandre Silveira vem dedicando-se ao projeto privado de construção de uma nova cidade no Vale do Aço. Silveira, um ex-delegado de Polícia, que se apresentou chorando, após derrota em sua primeira eleição, perante o ex vice presidente José Alencar no Hotel Financial, em Belo Horizonte, dizendo-se endividado em busca de um emprego, fato presenciado e confirmado pelo prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões. Em poucos anos tornou-se um dos mais ricos políticos mineiro.
 
Toda riqueza conseguida após ocupar a direção geral do Dnit em Brasília, sua gestão e as seguintes encontram-se investigadas após o episódio que transformou-se na CPI do Cachoeira. Suas ligações e envolvimento com a Construtora Delta já foi motivo de matéria do Novojornal;Danilo de Castro operava "Conexão Mineira de Cachoeira", porém, agora, através de investigações da Polícia Federal, sabe-se que seu patrimônio é muito maior. Suas práticas foram denunciadas e estão sendo investigadas pela Polícia Federal a pedido Procuradoria da República, perante o Supremo Tribunal Federal STF no processo nº Pet/4805 de 26/07/2010
 
A certeza da impunidade é tamanha que, processado e investigado por ter privilegiado a Construtora Egesa exercendo cargo público, o atual Secretário Estadual de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD), encabeçou o projeto milionário, envolvendo construtoras e prefeituras, visando à construção da nova ‘cidade’, no município de Caratinga, vizinho à Ipatinga, no Vale do Aço. O condomínio, com 5 milhões de metros quadrados, que vai abrigar 46 mil moradores e cerca de 900 empresas, ao custo de R$ 630 milhões, foi batizado pelos empresários da região como “Alexandria”, talvez em referência à cidade egípcia fundada em 331 a.C. pelo imperador Alexandre, o Grande.
 
O empreendimento pertence a holding Egesur, proprietária da Egesa, por intermédio da empresa Parques do Vale Loteamento e Empreendimentos Imobiliários Ltda, que, consultada pela reportagem do Novojornal, informou que Alexandre da Silveira não é sócio. Segundo previsão, o condomínio será maior que 158 municípios de Minas que possuem até 50 mil habitantes. Somente nessa fase inicial de aquisição do terreno de 500 hectares junto à Cenibra, elaboração de projetos de engenharia, licenciamentos ambientais e começo das obras estruturais de drenagem, terraplenagem, pavimentação e instalação de redes fluviais, foram investidos cerca de R$ 50 milhões.
Os empreendedores e o próprio governo de Minas vêm aos poucos cientizando à população de Caratinga que devido o tamanho do empreendimento, oficialmente chamado de Parques do Vale, será instalada uma subprefeitura. O local pertencente à Caratinga e encontra-se a 75 quilômetros de distância da sede. Porém, a verdade é outra, já existem estudos contemplando duas opções; a primeira após a implantação do empreendimento, emancipar-se de Caratinga transformando em Município independente, a segunda, desafeta a área de Caratinga afetando-a a Ipatinga. 
 
Nada novo, pois, Caratinga, no passado um dos maiores municípios mineiro, perdeu quase a totalidade de sua área através de traição no jogo político. De Caratinga originou-se Inhapim e Tarumirim, ambos em 1938; Bom Jesus do Galho, em 1943; Entre Folhas, Imbé de Minas, Ipaba, Piedade de Caratinga, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, Ubaporanga e Vargem Alegre, em 1992.
 
Indagado, Alexandre Silveira informou à reportagem do Hoje em Dia que foi procurado, em 2008, para intermediar a apresentação da Egesa junto ao grupo de idealizadores do novo residencial. Segundo a mesma reportagem, Silveira também levou o projeto ao então vice-governador, Antonio Anastasia (PSDB), quando foi assinado um protocolo de intenções entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o governo do Estado para investimentos em diversas áreas, incluindo US$ 4,3 bilhões da Usiminas em Ipatinga, no Vale do Aço.

Silveira na época conseguiu com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas (Indi) um protocolo de intenções em favor de um “empreendimento funcionando como um pólo atrativo de empresas e que contemplasse um distrito industrial”. Se Alexandre é ou não sócio a reportagem de Novojornal não conseguiu apurar, porém, a partir do momento que o mesmo declara-se à imprensa como lobista, articulador e defensor do empreendimento, colocá-lo na função de Secretário Estadual de Gestão Metropolitana, onde se delibera questões ligadas diretamente à viabilidade do empreendimento privado de quase R$ 20 bilhões de reais, é no mínimo imoral. 
 
Críticos do comportamento do governo dizem que a Secretaria entregue a Alexandre foi criada em 2011, para viabilizar o projeto da cidade de “Alexandria”, após verificarem que questões que deveriam ser decididas em comum entre os municípios seriam avocadas pela Lei. Fato também não confirmado nas pesquisas de Novojornal, porém, seria no mínimo ingênuo informar que se trata de uma coincidência, que pouco depois que Alexandre Silveira tomar posse como Secretário Estadual de Gestão Metropolitana, Caratinga, a 100 Kilometros de distância, passou a integrar o “colar” da região metropolitana do Vale do Aço.  Se o Governador Anastásia, ao nomear Alexandre, não se lembrou de que tinha sido ele que lhe apresentara e defendia o projeto, o Novojornal não conseguiu também esta resposta.

Lula mostra sua força

Paulo Moreira Leite critica sábios da mídia


Colunista da revista Época pergunta, em artigo, quanto tempo os "analistas de plantão" irão levar para reconhecer que o grande vitorioso das eleições deste domingo foi Lula e que, por isso, "os coveiros de sua força política passaram o dia de ontem trocando sorrisos amarelos" 

247 – Em artigo publicado nesta segunda-feira 8, um dia após as eleições municipais, o colunista da revista Época Paulo Moreira Leite questiona quanto tempo os "analistas de plantão" irão levar para reconhecer quem saiu como grande vitorioso na disputa deste domingo. Segundo ele, foi o ex-presidente Lula, que sairia julgado neste 7 de outubro, de acordo com as previsões. Mas como diz Moreira Leite, "o pleito mostra que o eleitor não mudou de opinião"

 Leia a íntegra: O vencedor foi Lula Eu pergunto quanto tempo nossos analistas de plantão vão levar para reconhecer o grande vitorioso do primeiro turno da eleição municipal. Não, não foi Eduardo Campos, embora o PSB tenha obtido vitorias importantes no Recife e em Belo Horizonte. Também não foi o PDT, ainda que a vitória de José Fortunatti em Porto Alegre tenha sido consagradora. Terá sido o PSOL? Os "novos partidos"? O grande vitorioso de domingo foi Luiz Inácio Lula da Silva e é por isso que os coveiros de sua força política passaram o dia de ontem trocando sorrisos amarelos. Nem sempre é fácil reconhecer o óbvio ululante. É mais fácil lembrar a derrota do PT no Piauí, ou em São Luís. Nosso leitor Roberto Locatelli lembra: o PT passou o PMDB e foi o partido que mais acumulou votos na eleição. Tinha 550 prefeituras. Agora tem mais de 612.
......
O grande derrotado do primeiro turno, que mede a força original de cada partido, não aquilo que se pode conquistar com alianças da segunda fase, foi o PSDB.
O desempenho tucano sequer qualifica o partido como oponente nacional do PT. Perdeu eleição em Curitiba, onde seu concorrente tinha apoio do governador de Estado, desapareceu em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, terra do vice de José Serra em 2010 – que não é tucano, por sinal. Se a principal vitória do PSDB foi com um candidato do PSB é porque alguma coisa está errada, concorda?
Antes que analistas preconceituosos voltem a dizer que a população de renda mais baixa tem uma postura menos apegada a princípios éticos – suposição que jamais foi confirmada por pesquisadores sérios  — talvez seja prudente recordar que o eleitor é muito mais astuto do que muitos gostariam.
Sabe separar as coisas.
Aprendeu a decodificar o discurso moralista,  severo com uns, benigno com outros, como a turma do mensalão do PSDB-MG, os empresários que jamais foram denunciados na hora devida...
Anunciava-se, até agora, que a eleição seria  nacionalizada e levaria a  um julgamento de Lula.
Não foi. O pleito mostra que o eleitor não mudou de opinião.
O eleitor mostrou, mais uma vez, que adora rir por último.

Intervencionista e corajoso, Lula mostra sua força

Em plena temporada do mensalão, ex-presidente botou a cara em julgamento; destituiu candidatos, nomeou quem quis no PT e foi o maquinista do trem eleitoral do partido; ida de Fernando Haddad para o segundo turno em São Paulo, renovação apontada por Marcio Pochmann em Campinas e massacre patrocinado por Luiz Marinho em São Bernardo mostram que ele só cresceu no maior Estado do País; derrotas em Belo Horizonte e Recife têm contrapeso nos bons desempenhos de seus candidatos em Curitiba e Manaus; PT tornou-se campeão nacional de votos, com 17,25 milhões contra 16,65 milhões do PMDB; Lula é ferro!

247 – Os comentaristas conservadores podem torcer o nariz. Mais uma vez. Porém, com seu estilo intervencionista, atropelador e, sobretudo, corajoso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou de novo a força de sua popularidade. Registre-se, de saída, que ele sofreu derrotas pessoais em Recife, onde impôs Humberto Costa no lugar do prefeito que tinha chances de vitória João da Costa, e também em Belo Horizonte, capital mineira em que seu escolhido Patrus Ananias ciscou chegar, mas ficou na poeira da vitória em primeiro turno de Marcio Lacerda. Nos dois casos, Lula bateu de frente com dois dos mais fortes caciques regionais do País, o governador Eduardo Campos, em Pernambuco, e o senador Aécio Neves, em Minas. Deu torcida sobre o primeiro, mas passou longe de ameaçar o segundo. Mas alguém ousaria, ao menos, tentar?

Porém, o que dizer da alavancagem que Lula proporcionou ao ex-ministro Fernando Haddad, em São Paulo, outra de suas criticadas escolhas? Com praticamente zero por cento em dezembro, cravou 29% dos votos no domingo 7, ficando a um ponto do bicho-papão José Serra e olhando pelo retrivisor o azarão Celso Russomano. Carregado pela mão por Lula, Haddad, se caísse, arrastaria Lula para um bueiro de críticas. Ao passar para o segundo turno em condição de favoritismo, com 45% das intenções segundo o Instituto Datafolha, contra 39% de Serra, Haddad só não puxa o prestígio de Lula ainda mais para cima nas páginas da mídia tradicional. Na realidade, o ex-presidente consumou um prodígio de transferência de votos na maior e mais complexa cidade do País. Haddad é sua maior vitória, acima de todas as outras.
Em Campinas, com o ex-presidente do Ipea Márcio Pochmann, que as pesquisas davam por derrotado, Lula prosseguiu positivamente, agora na segundo maior cidade do Estado de São Paulo, em seu movimento de renovação do PT, carregando-o para talvez o mais improvável dos segundos turnos. Seu amigo pessoal Luiz Marinho, por outro lado, ganhou estourando em seu berço político, São Bernardo do Campo. Na vizinha Santo André, por pouco a fatura não foi liquidada logo na primeira volta, com Carlos Grana, do PT lulista, fechando com 42% dos votos.

De volta ao Nordeste, ACM Neto, do DEM, tinha tudo para ganhar em primeiro turno, mas ficou apenas um ponto a frente de Nelson Pelegrino, do PT, outro embarcado no trem eleitoral pilotado pelo maquinista Lula. Isso não conta?

Em Manaus, noutra capital em que jogou seu prestígio, o ex-presidente igualmente provocou o segundo turno contra o arquirrival tucano Arthur Virgílio, guiando a senadora Vanessa Graziotin, do PCdoB, para as águas de um novo escrutínio.

É preciso refrescar a memória com outra informação que aponta para Lula como, inconteste, a maior liderança política do País. Quando ele chegou à Presidência da República, em 2002, seu partido tinha cerca de uma centena de prefeituras. Agora, essa base está multiplicada por seis, chegando a perto de 650 cidades administradas pelo partido. O índice pessoal de popularidade do presidente é maior até mesmo que o da presidente Dilma Roussef, uma recordista de aprovações. Com Lula, agora, o PT tornou-se o campeão nacional de votos, com 17,25 milhões, a frente do PMDB que atingiu 16,65 milhões.

Na véspera das eleições de domingo, Lula foi direto ao ponto teclado com insistência por seus críticos, em cima do palanque de Marinho em São Bernardo. "Tem muita gente que a vida inteira torce para o fim do PT e o que vai acontecer é que o PT vai sair mais forte dessas eleições do que entrou, em todas as regiões", disse. "Mas o PT sairá fortalecido aqui no ABC e no Brasil", acrescentou Lula. "Tenho certeza de que será a legenda mais votada no Brasil inteiro, porque é muito boa". Sempre fiel a seu jeitão, ele previu a superação, por Haddad, de sua primeira prova de fogo. "Se tem um candidato que vai para o segundo turno é o Haddad, agora, quem vai com ele eu não sei", afirmou. Errou? Não. Erraram os que duvidaram, com desdém, do grande vitorioso das eleições municipais de 2012: Lula.



PT e PSB crescem, mídia golpista e STF perdem

Dos grandes partidos, só PT e PSB aumentam número de prefeituras

Socialistas crescem 40% e disputam 2º turno em 6 cidades; petistas sobem 12% e continuam na briga em 22 municípios
Publicado em 08/10/2012.

São Paulo – O resultado final do primeiro turno das eleições mostra que, entre os grandes partidos, apenas PT e PSB conseguiram aumentar o número de prefeituras no Brasil, em relação aos eleitos em 2008.

O PSB foi o que teve maior crescimento: 40%. Saiu de 310 prefeitos em 2008 para 436 agora – e disputa o segundo turno em outras seis cidades: Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), Campinas (SP), Porto Velho (RO) e Uberaba (MG).
o PT cresceu 12%, indo de 558 prefeituras para 624. O partido, porém, é o que disputa o maior número de municípios em segundo turno: 22.
Os petistas continuam na briga em Rio Branco (AC), Vitória da Conquista (BA), Fortaleza (CE), Montes Claros (MG), João Pessoa (PB), Niterói (RJ), Diadema (SP), Guarulhos (SP), Mauá (SP), Santo André (SP), Salvador (BA), Contagem (MG), Juiz de Fora (MG), Cuiabá (MT), Cascavel (PR), Maringá (PR), Ponta Grossa (PR), Petrópolis (RJ), Pelotas (RS), Campinas (SP), São Paulo (SP) e Taubaté (SP).

Todos os demais grandes partidos elegeram menos prefeitos agora do que na última eleição. O que mais perdeu foi o DEM, que caiu de 495 para 271. Em compensação, o PSD, que saiu de um racha do Democratas e disputou agora sua primeira eleição, fez 493 prefeitos e já é a quarta maior legenda em número de prefeituras, atrás apenas do PMDB, do PSDB e do PT.
PMDB e PSDB, embora continuem com o maior número de cidades entre todos, saíram menores das urnas ontem. Os tucanos, seguindo uma tendência que vem desde 2008, recuaram de 791 municípios para 689. Já os peemedebistas caíram de 1.204 para 1.019.
Entre os que permanecem disputando no segundo turno, além de PT (22 candiadatos) e PSB (6), estão PSDB (17), PMDB (16), PDT (8), PSD (5), PCdoB (4), PP (4), PR (3), PPS (3) PTB (2), DEM (2), PV (2), PSOL (2) e PRB, PTC, PSC e PRTB (todos com um cada).

Veja abaixo como ficou o quadro de prefeituras no Brasil em relação aos grandes partidos:
PMDB – 1.019 eleitos, 16 no segundo turno (1.204 em 2008)
PSDB – 689 eleitos, 17 no segundo turno (791 em 2008)
PT – 624 eleitos, 22 no segundo turno (558 em 2008)
PSD – 493 eleitos, 5 no segundo turno
PP – 463 eleitos, 4 no segundo turno (554 em 2008)
PSB – 436 eleitos, 6 no segundo turno (310 em 2008)
PDT – 308 eleitos, 8 no segundo turno (351 em 2008)
PTB – 293 eleitos, 2 no segundo turno (415 em 2008)
DEM – 271 eleitos, 2 no segundo turno (495 em 2008)
PR – 271 eleitos, 3 no segundo turno (384 em 2008)
PPS – 118 eleitos, 3 no segundo turno (130 em 2008)


LULA TINHA  RAZÃO

Exclusivo: Lula diz que PT 'vai surpreender no Brasil inteiro'

Em entrevista à TVT, ex-presidente afirma que seu partido sairá das eleições de amanhã ‘mais forte do que entrou’, contrariando quem ‘torce para o fim do PT’
Publicado em 06/10/2012.

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista exclusiva à TVT, parceira da Rede Brasil Atual, que o resultado das eleições municipais de amanhã (7) trará surpresas para aqueles que não gostam do PT. “Qualquer boa administração reflete na política do PT para São Paulo e para o Brasil. Estou convencido de que mais uma vez o PT vai surpreender no resultado eleitoral no Brasil inteiro”, disse hoje durante caminhada com o candidato de seu partido à prefeitura de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que deve garantir a reeleição. “Muita gente torce para o fim do PT. O que vai acontecer é que o PT vai sair dessas eleições mais forte do que entrou em todas as regiões.”


O GOLPE DO MENSALÃO DA MÍDIA GOLPISTA FOI UM FIASCO.
O PT CRESCEU. O PSDB ENCOLHEU E O DEM ESTÁ QUASE ACABANDO.
NÃO ADIANTOU A GLOBO/PIGs TRAMAR PARA COLOCAR O JULGAMENTO DO MENSALÃO EM PLENA ELEIÇÃO. 
(post do Facebook : A verdade nua e crua). 


domingo, 07/10/2012

PT vence em todas as cidades do Vale do Aço em Minas Gerais


Aguarde atualização desta reportagem
Os candidatos a prefeito do Partido dos Trabalhadores (PT) venceram pela primeira vez, ao mesmo tempo, as eleições em todas cidades que compõem o Vale do Aço: Ipatinga, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Timóteo, que compõem a RMVA (Região Metropolitana do Vale do Aço). A RMVA é coordenada pelo Secretário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, do governo tucano de Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais.

IPATINGA
A vitória de Cecília Ferramenta (PT) em Ipatinga já era esperada em função da grande vantagem dela sobre a segunda colocada, Rosângela Reis (PV). cuja coligação teve apoio do governo estadual, principalmente Alexandre Silveira.  Rosângela, em uma entrevista coletiva na semana passada, chegou a admitir que havia desarticulado parte da estrutura de campanha.  Cecília obteve 61,54 % dos votos válidos, Rosângela Reis obteve 22,22 %, Daniel Cristiano (PCB) obteve 12,16% e Dr Jesus ficou com 4,8 %. Em 2008, a população de Ipatinga deu vitória a Chico Ferramenta (PT) - marido de Cecília - que não tomou posse graças à um golpe jurídico promovido pela direita local, com apoio do governo tucano estadual e decisão do TJ (Tribunal de Justiça tucano de Minas). Pois este ano, a população deu o troco, elegendo Cecília Ferramenta, com mais entusiasmo e empenho.

SANTANA DO PARAISO
Em  Santana do Paraíso, o prefeito da Cidade, Kim, que é do PT, anunciou que  apoiaria a candidata Neli do PR e não abraçaria a candidatura de seu partido, encabeçada pelo vereador Zizinho.  O próprio Zizinho (PT) , por diversas vezes conclamou ao prefeito que reavaliasse sua decisão pois a sua “saída” do PT poderia colocar em risco a vitoria do partido naquela cidade. Kim manteve seu apoio à candidata do PRB que ficou em terceiro lugar na disputa.  Zizinho foi eleito  com  37,54%, Fernando Lima (PSDB, apoiado por Alexandre Silveira) obteve 35,39%, Neli (PRB ficou com 24,73 %  Edmar (PHS) ficou com 2,34%.

FABRICIANO
"Nós viramos o jogo", afirma prefeito de Fabrciano

Em Coronel Fabriciano, as pesquisas apontavam uma ampla vantagem de Celinho do Sinttrocel (PCdoB), (que também teve apoio de Alexandre Silveira) sobre a petista Rosângela Mendes, porém na reta final houve uma virada e Rosângela Mendes, que é a candidata do prefeito da cidade, Chico Simões, foi eleita. Em conversa com a reportagem do Plox agora a pouco disse: “Para mim não tem bola perdida. Nós viramos o jogo e ganhamos”, disse.
Rosângela Mendes (PT) ficou com 52,05%, Celinho (PCdoB) ficou com 47,95%.

TIMÓTEO

Em Timóteo o candidato petista também começou a campanha bem atrás do atual prefeito, Sérgio Mendes (PSB), que concorria à reeleição e foi apoiado por Alexandre Silveira. As pesquisas e sondagens apontavam um crescimento suave, porém constante do petista Keisson, que recebeu na reta final o apoio do ex-prefeito Geraldo Nascimento que era candidato pelo PSOL, mas já foi do PT.  Geraldo desistiu e passou a apoiar Keisson, que foi eleito neste domingo com 52,37%, Sérgio Mendes (PSB) ficou com 47,63.
Em entrevista concedida ao PLOX, logo após a confirmação da vitória do Keisson, o presidente do PT de Timóteo, Gege, disse: "Esta eleição pra nós é um marco na historia do PT no Vale do Aço, pela primeira vez nós conseguimos fazer a linha vermelha, elegendo candidatos petistas em Timóteo, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Ipatinga. A vitória do Keisson e Dr. Renato reflete o desejo da mudança de toda a população de Timóteo. È uma vitória da humildade contra o abuso do poder econômico do nosso adversário”
Em todo o Vale do Aço, eleitos, apoiadores e eleitores estão comemorando neste momento.

“Campo político” de  Alexandre Silveira sai enfraquecido

O deputado federal licenciado, Alexandre Silveira (PSD), que ocupa o cargo de secretário de Gestão Metropolitana, afirmou durante o período de campanha que era responsável por coordenar os candidatos que faziam parte de seu “campo político”. Os candidatos petistas vitoriosos na eleição deste domingo tinham como adversários diretos pessoas que , segundo as declarações de Silveira, seriam seus aliados.

Silveira afirmou em várias oportunidades que foi delegada a ele pelo próprio governador Antonio Anastasia a incumbência de fortalecer e colocar o controle das prefeituras sob o comando dos integrantes deste grupo.

Em Timóteo, o candidato derrotado Sergio Mendes teve como vice,  Marcelo Afonso do PSD, partido de Alexandre Silveira, em Ipatinga, Rosângela Reis, segunda colocada, teve como vice, o vereador e presidente da Câmara, Nardyello Rocha, também do partido de Silveira.
Em Santana do Paraiso, Fernando Lima, também segundo colocado, era apoiado por Silveira.

Em Coronel Fabriciano, o próprio Alexandre Silveira convocou a imprensa  para anunciar que havia intervido e conseguido convencer o  presidente da Camara Francisco Lemos, que também é de seu partido, a desistir da candidatura própria e ser o vice na chapa encabeçada pelo sindicalista e deputado Celinho do Sinttrocel.

Como ficará a Região Metropolitana do Vale do Aço?

A recém criada Região Metropolitana do Vale do Aço, que é gerida por Alexandre Silveira, tem por finalidade promover ações conjuntas e sinergéticas visando a solução de problemas e o progresso da região.
As ações devem atender ao consenso dos quatro municípios, que  foram parar nas mãos dos petistas, declaradamente opostos de Alexandre Silveira. A pergunta agora é: Poderá haver afinação e bom andamento dos naipes desta orquestra que desaprova e se insurge contra o maestro?


Informações baseadas em boa parte no http://plox.com.br/caderno/pol%C3%ADtica-e-economia/pt-vence-todas-as-cidades-vale-aco

domingo, 7 de outubro de 2012

Petistas tem certificado de garantia contra corrupção

Saiu no blog "Os Amigos do Presidente Lula"

Petistas de todo o Brasil são os únicos políticos que tem certificado de garantia contra corrupção. Pois se derem defeito a imprensa e judiciário trocam.


Haddad é o único com certificado de garantia de honestidade, porque é o único vigiado e punível

Haddad é o único candidato a prefeito de São Paulo, com chances, que tem certificado de garantia contra corrupção.

Além dele ter uma biografia limpa, petistas são os únicos políticos que são vigiados implacavelmente pela imprensa e julgados pelo que fazem e pelo que não fazem.
Haddad é o único que não há a menor chance de haver impunidade, se errar.

José Serra tem costa quente na imprensa que blinda e faz vista grossa a todos os escândalos tucanos. Não investiga nada contra ele, só publicam alguma coisa quando não tem mais jeito, e mesmo assim poupando o nome dele de envolvimento, sem cobranças. Mesmo Serra tendo uma Privataria Tucana inteira de malfeitos.

E Serra tem costa quente também no judiciário, pois se ele já tivesse sido julgado pelo rombo no Banco Econômico, desde o tempo do governo FHC, talvez já estivesse com a ficha suja. Mas os anos passam, e nada de julgamento.

O tucano já completou 70 anos, quando os prazos para prescrição caem pela metade, e pelo jeito vai acabar em pizza com esse judiciário que só julga casos petistas e deixam os casos tucanos parados, sem andar, nas pilhas de processos. É revoltante.

Russomanno também nunca despertou interesse da velha imprensa "investigativa". Só despertou quando ele subiu nas pesquisas e a turma serrista do Estadão e da Folha passaram a publicar dossiês sobre ele. Se ele ganhasse, bastaria comprar milhares de assinaturas para a prefeitura destes jornalões, que o deixariam em paz. Ele não é obstáculo a um demotucano voltar ao poder federal. Por isso também não seria vigiado, como Haddad.

Aliás, candidatos petistas de todo o Brasil são os que tem certificado de garantia contra corrupção. Pois se derem defeito a imprensa e judiciário trocam.