segunda-feira, 6 de novembro de 2023

MÍDIA NÃO DIVULGA O BOLSA ATLETA

 

JOGOS PANAMERICANOS E O “DESCONHECIMENTO” DO BOLSA ATLETA PELA  MÍDIA  

Interessante notar que a mídia brasileira não divulga nada sobre o programa Bolsa Atleta, que é considerado o maior programa de patrocínio individual de esportistas do planeta. Parece que os atletas estão ganhando suas medalhas graças exclusivamente ao seu esforço individual e ninguém de fora da família ajuda. Mas o impacto do programa é evidente nos resultados dos jogos internacionais. Se não fosse esse programa, o Brasil provavelmente não ganharia mais da metade das medalhas que já ganhou. Nos jogos do PAN 2023 em Santiago do Chile, segundo o próprio presidente Lula cerca de 91% do pódio foram conquistados por atletas que receberam recursos do programa. Vejam mais detalhes.

SOBRE O BOLSA ATLETA....Um dos maiores programas de incentivo direto ao atleta no mundo. O Governo Federal mantém, desde 2005, um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo. Criado pela Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, e regulamentado pelo Decreto nº 5.342, de 14 de janeiro de 2005, o Bolsa-Atleta é o maior programa de patrocínio individual de esportistas do planeta.

 

O PROGRAMA AMERICANO.....SÓ O PROGRAMA AMERICANO É MAIOR, MAS É DIFERENTE DO BRASILEIRO – ELE TEM VÍNCULOS ESTREITOS COM AS UNIVERSIDADES  : todos os anos, mais de 600 mil estudantes-atletas recebem mais de 4 bilhões de dólares em bolsas esportivas - NCAA, NAIA e NJCAA – e as bolsas variam de US$1000,00 a US$70.000 ao ano..... 9 entre os 10 maiores estádios estão localizados dentro de uma universidade americana.  Estudantes-Atletas tem acesso contínuo a infraestruturas que superam organizações de clubes e equipes profissionais do mundo todo.

 

GOVERNOS TEMER E BOLSONARO.....DURANTE FINAL DO GOVERNO TEMER E TODO O GOVERNO BOLSONARO HOUVE UMA QUEDA DE 47% NO Nº DE BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA E DE 32% NO VALOR DOS BENEFÍCIOS... Em comparação ao ano anterior, a queda será de 47,55% no número de atletas beneficiados. Neste ano, 5.830 receberam o Bolsa Atleta. O programa Bolsa Atleta prevê para 2019, pelo edital publicado nesta manhã (penúltimo dia útil da gestão Temer) beneficiar 3.058 esportistas,  com investimento de R$ 53,6 milhões.No orçamento, o valor anterior era de R$ 79,3 milhões, uma redução de 32,41% numa comparação com as cifras anunciadas nesta sexta. Para efeito de comparação, o programa já alcançou 6.667 esportistas na temporada 2014... Em 2022 o orçamento previsto para 2023, o governo Bolsonaro previu um corte de 36% nos gastos com os programas de Bolsas Atletas.

 

MAS O GOVERNO LULA ATUAL RECUPEROU O PROGRAMA.... O edital 1/2023 prevê orçamento de R$82 milhões, mas a soma dos editais para o programa Bolsa Atleta, somando o orçamento específico para o programa Bolsa Pódio supera R$120 milhões. O edital de 2023 é o maior da história do Bolsa Atleta. Um total de 8.057 esportistas recebem o benefício atualmente no país, entre praticantes de modalidades presentes nos programas olímpico e paralímpico. São 7.652 divididos entre as categorias de base, estudantil, nacional, internacional e olímpica / paralímpica e outros 405 na categoria de elite: a Bolsa Pódio é voltada para os que se destacam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. O público beneficiário são atletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade.

O programa garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e a competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.

Desde 2012, com a Lei 12.395/11, é permitido que o candidato tenha outros patrocínios, o que propicia que atletas consagrados possam ter a bolsa e, assim, contar com mais uma fonte de recurso para suas atividades.

São seis categorias de bolsa oferecidas pelo Ministério do Esporte: Atleta de Base; Estudantil; Nacional; Internacional; Olímpico/Paralímpico e; Pódio. A partir da assinatura do termo de adesão, os contemplados recebem o equivalente a 12 parcelas do valor definido em cada categoria:

- Atleta de Base (R$ 370);

- Estudantil (R$ 370);

- Nacional (R$ 925);

- Internacional (R$ 1.850);

- Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100) e;

- Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

 

A categoria Pódio é a mais alta do Bolsa Atleta. Foi criada pela Lei 12.395/2011, contemplando atletas desde 2013, com o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais em Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Desde o início foram beneficiados 578 atletas, com 1.781 bolsas, num investimento de aproximadamente R$ 240 milhões. Podem ser os atletas que estão entre os 20 primeiros do ranking mundial de sua modalidade ou prova específica

 

O PRESIDENTE LULA FALA SOBRE O BOLSA ATLETA EM SEU PROGRAMA SEMANAL “CONVERSA COM O PRESIDENTE”  . O desempenho Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, foi um dos temas do Conversa com o Presidente desta terça, 31 de outubro.  “Fico muito feliz de saber que grande parte dos atletas que estão participando são pessoas que estão recebendo o Bolsa Atleta”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no bate-papo com o jornalista Marcos Uchôa. Ele lembrou da essência que conduziu à criação do programa em seu primeiro mandato, em 2005.  “O Bolsa Atleta criamos para garantir que as pessoas pobres, que não tinham dinheiro para comprar um tênis, pudessem praticar esporte, porque a iniciativa privada faz publicidade com o cara que dá retorno financeiro, mas ninguém que está começando dá retorno. Tínhamos exemplo de pessoas que corriam na rua sem tênis. Queriam fazer ciclismo e não tinham bicicleta. As pessoas precisam de um incentivo. De quem? Do Estado”, resumiu o presidente.    Em Santiago, dos 635 atletas (352 homens e 283 mulheres), incluindo os reservas inscritos em 60, um total de 469 são contemplados pelo Bolsa Atleta, 73,8% da delegação. O investimento direto nesse grupo só no edital de 2023 é de R$ 20,69 milhões. Levando em conta os atletas que já receberam o benefício ao menos uma vez na carreira, o número sobe para 579 (91%).  “Precisamos aproveitar o jeito esportivo do povo brasileiro. A vontade que eles têm e dar condições para essa gente treinar. Eu quando vejo a Rebeca com a medalha de ouro fico feliz. Sei como ela começou, sei que para ela ser uma medalhista de ouro não teve moleza, balada, tempo para descansar. É treino, treino, treino e treino. Somente assim a pessoa vai conseguir a medalha de ouro”, comentou o presidente Lula.

 

IMPACTOS DO PROGRAMA EM EVENTOS INTERNACIONAIS.

 

JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO 2021...O impacto da Bolsa Atleta foi comprovado mais uma vez nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, disputados em 2021. Na edição olímpica, 19 dos 21 pódios do país (90,45%) tiveram a presença do Bolsa Atleta.  Já nos Jogos Paralímpicos, na campanha mais vitoriosa do Brasil na história, a digital do Bolsa Atleta esteve em 68 das 72 medalhas obtidas pelos atletas nacionais, ou 94,4% do total.  Vinte dos 22 ouros foram conquistados por bolsistas, assim como 18 das 20 pratas e os 100% dos 30 bronzes. Entre as 20 medalhas de ouro obtidas por bolsistas, 18 vieram de integrantes da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta.

 

 

NOS JOGOS PANAMERICANOS DE SANTIAGO EM 2023

Até o fim desta segunda-feira, 30/10, o país somava 123 pódios, com 37 ouros, 47 pratas e 39 ouros, atrás apenas dos Estados Unidos no quadro de medalhas da competição. Dessas 123 medalhas, 112 (91,05%) têm a digital, a presença de integrantes do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio direto a esportistas de alto desempenho do Governo Federal. Levando em conta as modalidades individuais e coletivas, 193 brasileiros já subiram ao pódio, 147 deles integrantes do programa do Governo Federal: 76,16%. Um exemplo impactante é o Judô Brasileiro  o país acumula 15 medalhas nos tatames, com sete ouros, duas pratas e seis bronzes. Até então, a melhor campanha da história do país tinha sido no Pan de 2011, em Guadalajara, no México. Na ocasião, foram seis ouros, três pratas e quatro bronzes. Nesta terça, o país ainda disputa a competição por equipes mistas. Ao todo, o Brasil tem 19 convocados no judô, 18 deles integrantes do Bolsa Atleta. O investimento direto anual no grupo dos 18 atletas soma R$ 1,43 milhão via Ministério do Esporte.

 

 

REFERÊNCIAS: 

SOBRE O PROGRAMA AMERICANO DE BOLSAS ATLETAS.... https://www.2svsports.com/bolsas-esportivas

 

O BOLSA ATLETA NOS GOVERNOS DA DIREITA (TEMER E BOLSONARO).  Bolsa Atleta tem queda de 47%, governo define contemplados... https://exame.com/economia/com-queda-de-47-governo-define-contemplados-pelo-bolsa-atleta/

 

SOBRE O BOLSA ATLETA

https://www.gov.br/esporte/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-atleta/sobre-o-bolsa-atleta

 

 LULA FALA SOBRE O BOLSA ATLETA

Lula exalta Brasil no Pan: vice-liderança e digital do Bolsa Atleta em 91% dos pódios até agora.  https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/10/lula-exalta-brasil-no-pan-vice-lideranca-e-digital-do-bolsa-atleta-em-91-dos-podios-ate-agora.

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

HEGEMONIA DO DÓLAR TERMINARÁ EM UMA DÉCADA

 

HEGEMONIA DO DÓLAR TERMINARÁ EM UMA DÉCADA, 

DIZ JEFFREY SACHS

 

A participação do dólar americano nas reservas cambiais globais diminuiu lentamente durante décadas. No entanto, no contexto da sua utilização como "arma de coerção", a tendência de desdolarização ganha impulso, com as restrições dos EUA servindo para desencadear mais comércio em moedas locais entre Moscou e os principais países não ocidentais.

O dólar americano vai deixar de ser a moeda dominante no sistema financeiro global nos próximos dez anos, acredita Jeffrey Sachs, economista da Universidade de Columbia.

"A época do sistema financeiro internacional dominado pelo dólar está chegando ao fim e isso acontecerá na próxima década", enfatizou o economista durante reunião do Clube de Discussão Valdai.

Segundo o economista norte-americano, o domínio dos EUA na economia global está em uma trajetória de declínio gradual. No final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos eram responsáveis por 30% da produção mundial, enquanto este valor é agora de "apenas 15%", lembrou o economista.

"Esta percentagem diminuirá continuamente à medida que os países em desenvolvimento crescem mais rapidamente do que a economia dos EUA", observou.

Segundo o economista, "as moedas digitais do banco central se tornarão a base dos pagamentos". O especialista em finanças atribuiu a culpa pela tendência imparável às portas de Washington, acusando o governo dos EUA de ter abusado dos privilégios que a utilização do dólar como moeda preferida para o comércio global e para as reservas do banco central proporcionava.

"Um dos privilégios foi a possibilidade de contrair empréstimos a taxas de juros reduzidas. Isto também manteve um sistema bastante eficiente de pagamentos internacionais, mas os Estados Unidos abusaram deste sistema, especialmente nos últimos 15 anos", explicou Jeffrey Sachs.

Na verdade, os Estados Unidos "se tornaram dependentes da utilização do sistema financeiro para alcançar objetivos geopolíticos".

A 20ª reunião anual do Valdai International Discussion Club acontece de 2 a 5 de outubro em Sochi. O seu tema é "Multipolaridade justa: como garantir segurança e desenvolvimento para todos". A reunião atraiu mais de 140 especialistas, políticos e diplomatas de 42 países da Eurásia, África, bem como da América do Norte e do Sul.

Na verdade, a desdolarização parece ser uma tendência persistente que os Estados Unidos vão ter de enfrentar, gostem ou não. E é bastante óbvio que o próprio armamento intencional da sua moeda por parte de Washington, através do uso de sanções, é um dos principais impulsionadores desta tendência económica.

O lento declínio do dólar americano acelerou em 2022, quando Washington e os seus aliados procuraram "paralisar" a Rússia com sanções no meio da crise na Ucrânia. As restrições, juntamente com a decisão de congelar uma parte das reservas cambiais da Rússia, levaram os principais países não ocidentais, incluindo mesmo os aliados e parceiros tradicionais de longa data dos EUA, a avaliar os perigos potenciais de apostar tudo no dólar. Embora as sanções punitivas tenham "saído pela culatra" contra os mesmos países que recorreram a elas, Moscou e os seus parceiros reagiram aumentando o comércio em moedas locais. A participação do rublo nos pagamentos das exportações russas ultrapassou os 50% e representa mais de um terço do comércio externo total da Rússia, revelou o chefe interino do Serviço Federal de Alfândega, Ruslan Davydov, no início deste mês.

Recentemente, uma nova investigação europeia confirmou que, por exemplo, o aumento da utilização do yuan no comércio entre a Rússia e a China está minando o domínio do dólar americano.

"Ao longo de 2022, a parcela das importações da Rússia faturadas em yuan (CNY) aumentou 17 pontos percentuais", afirmou um documento do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD). No final do ano passado, 20% das importações da Rússia foram faturadas em yuan. Além disso, o uso do yuan para liquidar importações de terceiros países também aumentou, atingindo 5%, acrescentou o artigo.

Além disso, no meio do crescente uso do dólar pelos EUA "como arma", na recente cúpula dos BRICS em Joanesburgo, os membros manifestaram a sua determinação em aumentar a utilização de moedas locais nas transacções comerciais e financeiras, tanto entre os membros dos BRICS como com os seus parceiros.

Com a adição de seis novas economias regionais poderosas da América Latina, África e Oriente Médio ao bloco original de cinco nações, o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que agrupa as principais economias do mundo não-ocidental agora contabiliza cerca de 37% do produto interno bruto (PIB) global, em comparação com cerca de 30% do G7.

 

FONTE: 

https://sputniknewsbr.com.br/20231004/analista-hegemonia-do-dolar-terminara-em-uma-decada-apos-ser-usado-com-objetivos-geopoliticos-30656448.html