quinta-feira, 12 de abril de 2012

O PIG ameaça CPI e ataca governistas

O  PIG   não quer a CPI do Cachoeira. Aí vem a Operação Abafa. TV Globo, O Globo, Estadão, etc. iniciam série de ataques aos governistas para tirar o foco nos tucanos e ameaçar a CPI.

Saiu no Jornal  O Globo :
segundo este jornal os petistas que antes negavam a estratégia de usar a CPI do Cachoeira para neutralizar o julgamento do mensalão no STF foi admitida pelo próprio presidente nacional do PT. Analisando pronunciamento do presidente do PT, Rui Falcão, que diz que a oposição quer abafar as investigações do criminoso Carlinhos Cachoeira com governos tucanos e a imprensa. Segundo a reportagem, o presidente do PT diz que a oposição teme que se investigue a "farsa do mensalão" cujos autores são o PSDB e o DEM.


Qual seria o foco  do  Globo ?
Segundo o Globo, Vídeo do PT não cita petistas envolvidos com o bicheiro, entre eles o deputado Rubens Otoni (PT-GO) e do subchefe de assuntos federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto.

O Jornal Nacional já iniciou sua própria CPI - quer incriminar o PT e aliados em duas frentes: o governo do DF Agnelo Queiroz e o deputado do PCdoB que quer a CPI da Privataria Tucana Protógenes Queiroz, para desviar o foco dos tucanos. 

Como diz o PHA (www.conversaafiada.com.br) http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/04/11/globo-instala-cpi-para-salvar-tucano/

Antes que se instale a CPI em que vai voar pena de tucano para todo lado, o Ali Kamel montou um jornal nacional em que tenta crucificar o inclito delegado Protógenes Queiroz, aquele que ousou reunir as assinaturas necessárias para criar a CPI do Demóstenes e a da Privataria (que vem por aí).     (Protógenes, um delegado de polícia, não tem nenhum diálogo comprometedor com o agente e, se teve, nada melhor que esclarecer isso numa CPI. Aliás, é estranho que seis telefonemas vazios de Protógenes a alguém que, oficialmente, pertencia à um órgâo de investigação sejam notícia e não o sejam os 200 telefonemas entre o próprio Cachoeira e o editor da revista veja, Policarpo Júnior, numa parceria “pelo bem do Brasil” que já durava oito anos.) Em nenhum momento os diálogos mostram qualquer envolvimento com atividades ilegais, e muito menos tem qualquer vinculação com Cachoeira ou seu esquema.   O Estadão me sai com essa manchete:
Ora, parece manchete plantada pelo grupo de Cachoeira. Aliás, essa manchete é o que o deputado Carlos Leréia (PSDB/GO), ligadíssimo a Cachoeira, já vinha falando em tom de ameaça para inibir Protógenes quando recolhia assinaturas para a CPI do Cachoeira.
Assim o Estadão entra no clube da Veja, como aliado de Cachoeira. Noticiar o fato tudo bem, fazer o jogo de Cachoeira é que não dá. Está claro que é grande a pressão da velha imprensa demotucana para conter o ímpeto da CPI, procurando atirar contra governistas.
Porque é disso que se trata: salvar a pele dos Privatas Tucanos, heróis do Amaury.

Até o Merval Pereira já desconfiou e adere à Operação abafa :
em seu artigo  "Apertem os cintos"  ..........

"O piloto sumiu. Pelo menos, ao que tudo indica, não é o piloto oficial (ou será a piloto? Ou pilota?) que está no comando, mas seu tutor político, que acaba de armar uma grande confusão com a intenção explícita de derrotar um adversário, o governador goiano Marconi Perillo do PSDB, e, quem sabe, conseguir embaralhar o julgamento do mensalão."

Obs: O Merval está desconfiado porque agora o PT em peso quer a CPI, e quando há um consenso tão grande.... eles o PIG desconfiam que a coisa pode ficar preta pra eles.

Mídia já cita relação Veja/Cachoeira

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Está caindo a ficha da grande mídia demo-tucana quanto ao potencial explosivo da vindoura Comissão Parlamentar de Inquérito que investigará as relações entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e empresas privadas, sem prejuízo de suas relações com o governo de Goiás e, sobretudo, com órgãos de imprensa ligados ao PSDB e ao DEM, como a revista Veja. Essa tomada de consciência transparece em denúncias fracas que essa mídia está fazendo ao PT.
A tentativa da grande mídia de envolver também o PT em um escândalo que atinge em cheio dois expoentes da oposição – o senador Demóstenes Torres, do DEM (agora desfiliado), e o governador tucano de Goiás, Marconi Perillo – é absolutamente frágil e busca, apenas, tentar induzir a sociedade à crença de que o partido do governo estaria envolvido com um criminoso que, agora se sabe, é responsável pelas maiores denúncias contra petistas durante a década passada.

As denúncias da mídia contra o PT em nada se comparam ao envolvimento de Perillo com Cachoeira, que transparece em dezenas de nomeações e contratos com o governo de Goiás.

Está sendo usada gravação da Polícia Federal, feita no ano passado, na qual Claudio Abreu, à época diretor da empreiteira Delta, aparece conversando com o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos braços-direitos do bicheiro, sobre tentativa de suborno de Claudio Monteiro, chefe de gabinete do governador de Brasília, Agnelo Queiróz (PT), para que facilite manutenção de contrato de limpeza urbana firmado pelo governo anterior, do demo José Roberto Arruda.

Além disso, também está sendo difundida, com grande destaque, menção da quadrilha de Cachoeira ao subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais do governo Dilma, Olavo Noleto.

Contudo, as acusações são tão frágeis que a Polícia Federal não indiciou nenhuma dessas pessoas. A exposição desproporcional dessas escutas que a mídia pretende que atinjam ao PT visa apenas ludibriar a sociedade, fazendo-a pensar que o escândalo em questão seria “suprapartidário”, o que é um absurdo porque escutas da PF mostram que o bicheiro Carlinhos Cachoeira esteve por trás de grande parte das acusações da Veja ao PT.

O ataque da mídia tucana ao PT se torna ainda mais absurdo quando se nota que uma das informações mais estarrecedoras oriunda das escutas da PF, a que versa sobre o envolvimento da Veja com Cachoeira, até agora não havia sido divulgada por nenhum desses grandes meios de comunicação.

Todavia, isso mudou nesta quarta-feira (11/04). A Folha publicou “análise” de seu colunista Fernando Rodrigues em que, ao acusar o PT de “ira mal-resolvida” contra PSDB e DEM por suas condutas durante o escândalo do mensalão, acaba citando um caso que a mídia terá que divulgar, pois o deputado federal do PT de Pernambuco Fernando Ferro já avisou que fará requerimento à CPI pedindo convocação – não será convite, mas convocação – de Roberto Civita, dono da editora Abril, que edita a Veja.

Fernando Rodrigues distorce os fatos na página A7 da Folha de São Paulo de quarta-feira 11 de abril ao dizer que “(…) Os governistas vislumbram a possibilidade de usar a CPI do Cachoeira para constranger jornalistas que usaram as informações do empresário na apuração de reportagens (…)”.

Na verdade, as gravações mostram o bicheiro confraternizando com o editor da Veja Policarpo Jr. por ataques que a revista fizera ao governador petista de Brasília, Agnelo Queiróz. Em outro ponto, as escutas mostram membros da quadrilha afirmando que praticamente todas as matérias da Veja contra o PT partiram de seu chefe, Cachoeira. Há centenas de telefonemas trocados entre Policarpo e Cachoeira que mostram relação íntima entre o bicheiro e a revista.

Até aqui, não há nada minimamente comparável entre petistas e Cachoeira ao que há envolvendo a oposição. Podem até surgir relações do bicheiro com alguém da base aliada, mas o forte empenho do PT, de Lula e do governo Dilma para que a CPI seja instalada mostram que o governismo está disposto a finalmente escancarar a espantosa promiscuidade da mídia demo-tucana e da oposição com o crime organizado.

Será a CPI do Cachoeira a PROCONSULT II da Globo?

Causou estranheza o Jornal Nacional da TV Globo, abrir fogo contra o PT bem acima do tom, quando o partido decidiu abrir a CPI do Cachoeira. Soou como uma ameaça de quem não quer a CPI. A revista Veja a gente já sabe o que teme na CPI. Mas o que teme a Globo, para perder o equilíbrio emocional e racional? Será que há relações da emissora com a arapongagem de Cachoeira, da mesma forma que houve com ex-agentes do SNI no episódio da Proconsult, quando tentaram roubar a eleição de Leonel Brizola no Rio, em 1982?  Que venha a CPI ampla, geral e irrestrita, doa a quem doer. E pelo comportamento da Globo, já está doendo na emissora.

“Eu existo, Merval”

Quem diz é o ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula, que testemunhou a montagem da denúncia que deu origem ao mensalão por Carlos Cachoeira e Demóstenes Torres

12 de Abril de 2012 às 00:09
247 – Ontem à noite, quando assistia à Globonews, o empresário Ernani de Paula, ex-prefeito de Anápolis, quase caiu da cadeira quando ouviu o comentário do jornalista Merval Pereira, que denunciava à editora de política Renata Lo Prete uma possível ficção criada pelo PT para melar o processo do mensalão. Segundo Merval, “inventaram” um certo Ernani de Paula para tumultuar o caso. Através do 247, Ernani mandou um recado ao comentarista da Globo. “Merval, eu existo”, disse ele. “Fui testemunha ocular da história e conheci de perto todos os personagens”.
Ernani, de fato, conhece de perto a realidade de goiana. Foi prefeito de Anápolis, cidade natal de Carlos Cachoeira, e conviveu com o contraventor. Mais: sua ex-mulher, Sandra Melon, foi suplente de Demóstenes Torres na sua primeira eleição para o Senado, em 2002. “Eu o ajudei muito e os votos de Anápolis foram cruciais para ele”, diz Ernani. Em 2004, um ano após a posse de Lula, havia um projeto de poder, que envolvia Demóstenes, o governador Marconi Perillo e o bicheiro Carlos Cachoeira. Demóstenes migraria do DEM para o PMDB e seria Secretário Nacional de Justiça. Assim, Sandra Melon, ex-mulher de Ernani se tornaria senadora. “É por isso que eu sabia de tudo que se passava na política goiana”.
Ernani era uma testemunha tão próxima do que ocorria naquelas bandas que chegou até a figurar na famosa fita em que Waldomiro Diniz, ex-secretário da Casa Civil, é filmado pedindo propina a Carlos Cachoeira. “Antes da conversa filmada com o Waldomiro, o Cachoeira atende um telefonema, meu, e tenta me convencer a trabalhar para o PT. Em seguida, ele desliga, me xinga e diz que eu era pior do que o Waldomiro. Ou seja: ali fica claro que ele tinha a intenção de filmá-lo para comprometê-lo. Isso está na fita, que inclusive a Globo tem. O Cachoeira tinha uma estratégia padrão. Ele atraía as pessoas para o seu big brother, prometia dinheiro e acabava comprometendo um monte de gente.”
A denúncia do mensalão
Com a fita de Waldomiro Diniz, Cachoeira pretendia constranger o governo a fazer do senador Demóstenes secretário Nacional de Justiça. “E a pressão quase surtiu efeito. No início do governo Lula, foi feita sim uma comissão de estudos para legalizar o jogo no Brasil e federalizar o que já era permitido em Goiás”, diz Ernani de Paula. Só que, como o plano não surtiu efeito, Cachoeira partiu para uma segunda denúncia. E foi assim, segundo Ernani de Paula, que nasceu a fita de Maurício Marinho, apadrinhado de Roberto Jefferson, recebendo uma propina de R$ 3 mil nos Correios. Ela foi filmada pelo araponga Jairo Martins, que a repassou à revista Veja. E foi assim que se desencadeou o maior escândalo político da história recente no Brasil. “Isso não quer dizer que o esquema do Marcos Valério não existiu”, diz ele. “O Marcos Valério existe, a Fernanda Karina existe, o Merval existe e eu também existo”, diz Ernani de Paula, que oferece ao articulista da Globonews seu email (ernanidepaula@uol.com.br) e seu telefone (011-89555671).

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