Prêmio Nobel e o Complexo de Vira-latas
Ronaldo, o fenômeno, ex-craque da seleção, que estava com vergonha do
Brasil na Copa do Mundo, criticou mais o Brasil em sua conta na rede
social postando uma foto em que aparece um placar : “Alemanha 102 x 0
Brasil” em alusão aos prêmios Nobel recebidos pelo país. Na imagem ainda
exibe a pergunta: “E você acha que 7 x 1 foi goleada?”. Muitos
brasileiros, como Ronaldo, exibem seu complexo de vira-latas,
sentindo-se envergonhados por que o Brasil nunca ganhou um Prêmio Nobel.
E a postagem de Ronaldo não foi bem vista por seus seguidores. Diversos
deles criticaram o ex-jogador e também ironizaram suas declarações.
A
questão no entanto é mais profunda - na verdade é uma questão de
desenvolvimento econômico e social. Países mais desenvolvidos, basearam
seu próprio desenvolvimento econômico em pesquisas científicas. Estes
avanços científicos os colocaram na frente da corrida industrial. Os
países subdesenvolvidos sempre estiveram à margem desta corrida devido
ao comércio internacional que os impediam de avançar, colocando-os
sempre como fornecedores de matérias primas. Devido a este processo os
países do Primeiro Mundo receberam quase todos os prêmios Nobel,
restando muito pouco aos países do Terceiro Mundo. Enquanto os EUA
receberam 347 prêmios, o Reino Unido ganhou 120, a Alemanha 104, França
65, Suécia 30, Rússia 27, Suíça 26, Canadá 23, Áustria 22, Itália 20,
Japão 20, Austrália 13, Polônia 15, Dinamarca 14, China 9. A América
Latina recebeu 19 (Argentina 5, México 3, Chile 2, Colômbia/Costa
Rica/Peru/Venezuela 1), a África 16 e a Oceania 16.
Criado pelo milionário sueco Alfred Nobel
(1833-1896) para evitar que seu nome fosse lembrado somente pela
invenção da dinamite, desde 1901, a Academia de Ciências Sueca escolhe
seus preferidos, causando um rebuliço digno de final de Copa do Mundo. A
academia só não divulga como. O processo de escolha é secreto e recebe
indicações. Poucos sabem que o Brasil já esteve muito perto de ganhar o
Prêmio Nobel, por diversas vezes. Vamos enumerar os casos mais famosos:
1) Santos Dumont foi uma possibilidade, mas os irmãos Wright tinham a preferência dos países do Norte;
2) o brasileiro Cândido Rondon foi indicado por Albert Einstein;
3) Carlos Chagas
(1878-1934) chegou pertíssimo, foi indicado 4 vezes. A Real Academia
Sueca de Ciências procurou organismos científicos no Brasil, em busca de
mais dados sobre a personalidade e a obra do cientista. Aparentemente, o
prêmio estava reservado para Chagas, mas o instituto sueco recebeu a
informação que a doença era falsa. Curiosamente, a principal oposição à
indicação de Chagas não vinha da comissão do Nobel, mas de alguns de
seus compatriotas do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos
(hoje, Fundação Oswaldo Cruz) e da Academia Nacional de Medicina, ao
ponto de se negar a existência da doença e de se levantar dúvidas sobre a
seriedade do trabalho de Chagas. Essas desavenças chegaram aos ouvidos
da comissão do Nobel, que, por via das dúvidas, deixou o ano de 1921 sem
a premiação da área para a qual Chagas estava indicado;
4) O alagoano Jorge de Lima
(1893-1953) chegou perto,foi um talento reconhecido em 1947 por um
olheiro do Nobel. Impressionado com a obra do poeta, Artur Lunkvist
convenceu a academia a dar o Nobel de Literatura a ele no ano de 1958,
já que havia uma lista de autores para ganhar antes. Infelizmente, Jorge
morreu em 1953. E o Nobel só premia vivos;
5) O bioquímico carioca Maurício Rocha e Silva
(1910-1983) descobriu a bradicinina, substância importante para a
controle da pressão arterial, em pesquisa com o veneno da cobra
jararaca;
6) O bioquímico paulista Sérgio Henrique Ferreira
(1934-) continuou o trabalho de Rocha e Silva ajudando na criação de
drogas a partir da bradicinina. Fez parceria com o britânico John Vane,
que levou o Nobel de Medicina em 1982, sozinho;
7) Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987) não queria saber do jogo. Quando, em 1967, seu tradutor
para o sueco pediu todas as suas traduções disponíveis, ele não quis
colaborar, disse que o merecedor era Jorge Amado;
8) O baiano Jorge Amado (1912-2001)
ofereceu perigo de gol até os últimos minutos do segundo tempo. Mas
acabou partindo antes que o prêmio chegasse. O momento em que esteve
mais próximo do Nobel de Literatura foi em 1967, logo após o sucesso de
Dona Flor e seus Dois Maridos. Nesse ano, perdeu para o guatemalteco
Miguel Angel Astúrias;
9) Celso Furtado (1920-2004)
paraibense, também chegou a ser cogitado, mas parece que a cartolagem
preferia economistas matemáticos. Grande economista de fama mundial,
representante do “estruturalismo”, o seu estudo mais importante trata-se
do desenvolvimento econômico e seus problemas. Este prêmio foi
atribuído em 1998 ao economista bengali Omortia Sem;
10) O mais espantoso é que um brasileiro nato já ganhou um prêmio Nobel. Peter Brian Medawar,
Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1960, era brasileiro, nascido
no hospital Santa Tereza, em Petrópolis, onde viveu até os 14 anos de
idade antes de mudar para a Inglaterra e se naturalizar. Com justiça, os
britânicos o arrolam como um Nobel inglês. Entusiasta da pesquisa
científica, nos anos trinta queria continuar a investigar sem renunciar à
sua nacionalidade brasileira. Para isto solicitou do governo brasileiro
que o isentasse de fazer o serviço militar obrigatório. O governo
recusou-lhe tal isenção, assinando o escrito de recusa o ministro
Salgado Filho. E este grande investigador, que trabalhara com Fleming,
de pai libanês, brasileiro de nascimento e com estudos primários e
secundários no Brasil, a quem se deve a importantíssima teoria da
“Tolerância Imunológica Adquirida”, vital para que hoje possamos, por
exemplo, fazer transplantes de órgãos, não teve outro remédio, para
poder continuar a pesquisar, senão solicitar a nacionalidade britânica;
11) Cesar Lattes
(1924-2005) foi injustiçado em 1950 por não ter ganho o prêmio de
Física. O brasileiro comprovou experimentalmente a existência da
partícula subatômica méson pi e quem levou o prêmio foi o britânico
Cecil Powell, que ajudou na redação do estudo.César Lattes tinha apenas
22 anos quando publicou, em 1947, na revista Nature, a descoberta do
méson pi. O artigo era assinado por Lattes, Occhialini (Giuseppe
Occhialini, físico italiano) e Powell (Ceci Powell, chefe da equipe de
pesquisadores da Universidade de Bristol, Inglaterra). Powell recebeu o
prêmio e sua equipe nem foi citada. Powell trabalhava para Lattes que
liderava e desenvolvia a pesquisa. Lattes disse: "Eu fiz a
experimentação e as medidas. Ele apenas ajudou a redigir, porque possuía
maior domínio da língua inglesa.”. Contudo, em 1949, o japonês que
propôs a partícula ganhou o Nobel, e em 1950 Cecil Powell que trabalhava
para Lattes ganhou o Nobel pela pesquisa liderada e desenvolvida por
Lattes. Até hoje isso contínua sendo um grande mistério para a
comunidade científica. Um dos prêmios mais injustos até hoje;
12) Dom Hélder Câmara -
foi autor de um dos maiores programas sociais do Nordeste nas décadas
de 1960 e 1970, o Operação Esperança. Em 1970, reuniu mais de 20 mil
pessoas em Paris para denunciar torturas no Brasil. Por suas obras, foi
indicado ao Nobel da Paz de 1970 a 1973. Era favorito absoluto nas
quatro vezes, mas nunca ganhou por causa de pressões do governo
brasileiro na época. Dizem que o próprio Médici instruiu os embaixadores
brasileiros na Suécia e na Noruega que impedissem o prêmio para o
"bispo comunista". O que muitos desconfiavam foi confirmado no livro
Dom Hélder Câmara - Entre o Poder e a Profecia, de Nélson Pilitti e
Wálter Praxedes. Os autores revelam que uma campanha afastou, entre os
anos 70 a 73, o arcebispo do Nobel da Paz. Estão no livro documentos
provando que o Governo Garrastazu Médici (1969-74) moveu, por meio da
embaixada brasileira em Oslo (Noruega), uma campanha secreta contra a
eleição do arcebispo. "Nunca soube do fato", garantiu dom Hélder, quando
o livro foi lançado. Os autores mostram trechos de telegramas enviados
ao Ministério das Relações Exteriores pelo embaixador do Brasil na
Noruega, Jaime de Souza Gomes, em que ele presta contas de sua ação pelo
discreto esvaziamento da candidatura de dom Hélder ao prêmio;
13) O químico Otto Gottlieb
(1920-2011) foi proposto nos anos 1998,1999 e 2000 para receber este
prêmio. Tinha elaborado um interessante índice para medir a
biodiversidade dos ecossistemas da Floresta Amazônica e da Mata
Atlântica. Escreveu mais de 700 artigos científicos e foi um
investigador de verdadeira categoria ;
14) Miguel Nicolelis,
neurocientista brasileiro, o único brasileiro hoje em dia em condições
de ganhar o Nobel, tem 52 anos, é médico com doutorado pela
Universidade de São Paulo, pós-doutorado no Hospital Universitário
Hahnemann (EUA) e há duas décadas é professor na Universidade Duke
(EUA), onde lidera um grupo de pesquisadores da área de
neurociência....primeiro cientista brasileiro a ser capa da Science. Já
realizou duas palestras na Fundação Nobel de Estocolmo, em 2007 e 2011.
Já ganhou 38 prêmios internacionais por suas pesquisas, três deles, em
2010, do NIH - Instituto Nacional de Saúde dos EUA. Seu experimento, o
exoesqueleto foi boicotado pela FIFA, na abertura da Copa do Mundo de
2014 (lhe deram apenas 3 segundos) e pela mídia brasileira (Reinaldo
Azevedo e Diogo Mainardi da revista VEJA). A Rede Globo cortou a
transmissão para mostrar o ônibus da Copa, e acabou não dando destaque
ao exoesqueleto. Diogo Mainardi, ex-colunista da Veja, resolveu se
aventurar no universo da ciência e criticou o Projeto Andar de Novo
liderado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. “Exatamente
como Santos Dumont, Nicolelis inventou o que já havia sido inventado”,
provocou Mainardi no Twitter. Nicolelis respondeu. “Pena que não. Nenhum
paciente havia usado pensamento para controlar um exoesqueleto que
devolve feedback tátil para o usuário. Talvez em Veneza não tenha
chegado a notícia, mas Santos Dumont inventou o voo controlado, sem o
qual o avião não seria possível. Portanto, procure se informar, estudar
um pouco mais, durante seus passeios de gôndola. Ciência não é o seu
forte”, concluiu o cientista.
Enquanto Miguel Nicolelis é
achincalhado por Veja e seus leitores, as principais publicações
científicas do mundo exaltam o seu trabalho. É que nas cabeças
brilhantes dos nossos cientistas de ocasião, o sucesso do exoesqueleto
seria contabilizado como uma vitória de Lula e Dilma, e não do Brasil,
dos brasileiros e da comunidade científica mundial. Assim como o governo
americano, o Brasil fez alto investimento no projeto: R$33 milhões. Não
fez mais do que a obrigação. Mesmo assim, oposicionistas desejam minar
qualquer possível ganho político que o governo venha a ter com o sucesso
do projeto. Mesmo que para isso seja necessário vandalizar essa
importante contribuição do país para a humanidade. É o famoso
viralatismo brasileiro, misturado com campanha política em ano de
eleição.
Mas nada disso mostrou-se suficiente para evitar que
Nicolelis fosse alvo dos ataques dos calunistas de plantão, que o
acusaram de midiático, perdulário com o dinheiro público, farsante e de
criar algo que pode ter futuro uso militar - claro, como a pólvora, o
avião, os alimentos enlatados, o satélite, o computador, o telefone
celular.
Paulo H. Amorim disse que a mídia resolveu desqualificar um
dos "maiores cientistas brasileiros vivos" por ter visto nele um "amigo
de Lula".
Pois é, Nicolelis não é o primeiro a ser ignorado
no Brasil. Ah, mas quando os americanos fizeram um homem voar na
abertura das Olímpiadas aí sim todo mundo achou o máximo.
Parece que o complexo de vira-latas, que atingiu muita gente no Brasil, nos impede de dar valor à ciência nacional.
Outros brasileiros também mereceriam o prêmio.
O mais extraordinário escritor do Brasil em toda a história foi Joaquim
Mª Machado de Assis (1839-1908), poderia ter sido agraciado com o
prêmio já que morreu em 1908 e o prêmio começou a ser distribuído em
1901; Cecília Meireles (1901-1964): esta grande poeta e educadora nunca
foi proposta para o Nobel. Mesmo no Brasil, de forma injusta e
incompreensível, foi só reconhecida postumamente, recebendo os prêmios
mais importantes uma vez falecida; João Guimarães Rosa (1908-1967)
;Graciliano Ramos (1892-1953); Ariano Suassuna ; Érico Veríssimo
(1905-1975), José Lins do Rego (1901-1957), João Cabral de Melo Neto
(1920-1999), etc...
Dom Paulo Evaristo Arns (1921-) foi um dos
defensores da camisa canarinho na disputa pelo Nobel da Paz. Ele
concorreu em1990, mas teve que encarar o megacraque Dalai Lama, que
ficou com o título. Zilda Arns, o sociólogo Betinho e até o presidente
Lula também deram a sua contribuição para emplacar na categoria. Imagina
o Lula candidato ? Choveria dezenas de cartas e protestos da direita
brasileira endereçada ao comitê sueco do Prêmio Nobel.
O prêmio
Nobel é tão excêntrico e político como o próprio Nobel. O prêmio Nobel,
como todos sabem, sempre teve um caráter político e geo-político muito
forte. O filósofo francês Jean Paul Sartre, ganhador do Nobel de
Literatura de 1964, simplesmente recusou o prêmio – não queria que o
reconhecimento institucional influenciasse sua obra. A meritocracia
nunca foi o tema mais importante para o prêmio. Einsten não ganhou pela
teoria da relatividade e sim por uma pesquisa muito menos significativa.
Isso pelo medo da teoria da relatividade ser falha.Por pressão do
regime nazista, Einstein teve o prêmio negado mesmo sendo indicado por
anos seguidos. Apenas em 1921 ele recebeu o Nobel de Física pelos
estudos sobre o efeito fotoelétrico.
Ghandi nunca ganhou o prêmio
Nobel da paz, contudo Kissinger (envolvido na guerra do Vietnã e na
queda do regime democrático do Chile em 1973) já levou o prêmio para os
EUA. Entre 1937 e 1948, Gandhi recebeu 12 indicações à láurea apesar de
ter se formado em Direito em Oxford, na Inglaterra, ele não era europeu,
nem americano, nem um político de carreira, nem pertencia a alguma
organização oficial. O escritor soviético Boris Pasternak (autor de
Doutor Jivago) escolhido para o Nobel de Literatura em 1958 (aquele que
estava prometido para o brasileiro Jorge de Lima), foi um dos que
tiveram que declinar, por pressão do governo de Moscou, que acusava a
fundação Nobel de sempre favorecer os países capitalistas.
Ozires Silva (Reitor da Unimonte, de Santos; foi ministro da
Infraestrutura e presidiu empresas como Embraer, Varig e Petrobras)
responde a pergunta: porque o Brasil nunca ganhou um Prêmio Nobel? Em
1994 quando participava de uma reunião na Real Academia Sueca de
Engenharia fez a pergunta a um colega sueco e ele respondeu: "Vocês,
brasileiros, são destruidores de heróis". E acrescentou que brasileiros
indicados devem ter sido retirados das listas de candidatos, muito
possivelmente, por cartas e manifestações, duras e ácidas, produzidas
por outros brasileiros. Ao contrário dos Estados Unidos, onde, disse
ele, há um aplauso generalizado aos candidatos ao Nobel, no Brasil, as
pessoas usualmente se sentem constrangidas quanto a produzir elogios,
mas são extremamente desenvoltas quanto a fazer críticas. Como vimos
pela lista dos possíveis ganhadores do prêmio vários candidatos
brasileiros foram caluniados e desconstruídos pelos próprios brasileiros
na indicação do Nobel - como é o caso de Carlos Chagas e D. Hélder
Câmara; fora os outros que não sabemos (Miguel Nicolelis e Lula ?). Mas
também houve casos que poderíamos ter ganho o prêmio mas a política de
premiação e/ou preconceito ou discriminação impediram (César Lattes,
Sérgio Henrique). E outros casos que não tivemos sorte (Jorge de Lima,
morreu antes de receber o prêmio) ou descaso do governo (Peter Brian
Medawar).
"Darcy Ribeiro costumava dizer que temos as elites
mais reacionárias do mundo e aquelas que mais internalizaram dentro de
si o processo de colonização que implica submeter-se ao senhor
estrangeiro, considerar-se sempre dependentes dele, e para manter
vantagens como sócios subalternos e agregados, nunca se oporem a ele",
analisa o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff. Ele identifica que
esta estratégia ainda está em vigor na mente das elites políticas
brasileiras, que sempre se alinharam ao poder do momento. Primeiro a
Inglaterra, agora os EUA.
No dia 17 de dezembro de 2010,
durante uma aula de abertura da Universidade Aberta do Brasil em
Moçambique, o Presidente Lula defendeu a necessidade de integração entre
os países do Hemisfério Sul, para que deixem de ser submissos aos do
Norte ou que se sintam inferiorizados: "Como tivemos nossa cabeça
colonizada durante séculos, aprendemos que somos seres inferiores e que
qualquer um que enrola a língua é melhor do que nós. O que queremos
agora é levantar a cabeça juntos e construir juntos um futuro em que o
Sul não seja mais fraco do que o Norte, em que o Sul não seja dependente
do Norte. Se nós acreditarmos em nós mesmos, podemos ser tão
importantes quanto eles, tão sabidos quanto eles", afirmou.... ( in :
http://www.webartigos.com/artigos/porque-o-brasil-nunca-ganhou-um-premio-nobel/55611/).
Daniel Miranda Soares é economista e EPPGG aposentado. Mestre pela UFV e ex-professor.
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