quarta-feira, 13 de julho de 2011

Movimento pela demissão de Ricardo Teixeira da CBF


Movimento pela demissão de Ricardo Teixeira da CBF

Ricardo Teixeira constrói vasto patrimônio
após assumir presidência da CBF

Dirigente é acusado de receber propina por meio de empresa em paraíso fiscal
Do Jornal da Record
Ale Vianna / News Free/Gazeta Press

Em mais de 20 anos à frente da CBF, Ricardo Teixeira acumulou um vasto patrimônio particular
Mais de 20 anos no poder. Denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, um repertório variado nos tribunais do Brasil e do exterior. Duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) no currículo. Esse é Ricardo Teixeira, o grande chefe do futebol brasileiro e responsável por organizar a Copa do Mundo de 2014.

Cosme: Por que a Globo não investiga Ricardo Teixeira?
O presidente da CBF revela um gosto refinado. Uma casa na praia do canto, em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro. Uma mansão de 600 m² num condomínio de Delray Beach, na Flórida (EUA). Ou ainda a propriedade no condomínio fechado de Itanhangá, na zona oeste do Rio.
Ricardo Teixeira é acusado de receber propina

Para o jornalista Juca Kfouri, que acompanhou a carreira de Teixeira, e contra quem o presidente da CBF move mais de uma centena de ações na Justiça, há algo de estranho nisso.
- Obviamente, o patrimônio dele não é compatível com o quanto ele ganha.

BBC denuncia Ricardo Teixeira

Uma rara aparição pública de Teixeira aconteceu no Pacaembu, no jogo em que o atacante Ronaldo se despediu da seleção, no último dia 7 de junho.

Mas, até agora, ele não respondeu às acusações, feitas em um programa da rede britânica BBC, de que ele e o sogro, João Havelange, teriam recebido propina de R$ 15,1 milhões (US$ 9,5 milhões).

O dinheiro teria sido pago à Sanud, empresa baseada no principado de Liechtenstein, um paraíso fiscal usado para sonegar impostos ou esconder dinheiro sujo.

Quem pagou a propina foi a ISL, empresa de marketing, em troca de vantagens em contratos com a Fifa.

A Sanud, que recebeu a propina, é sócia de Ricardo Teixeira em uma empresa, de nome RLJ, que tem sede em um edifício na avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, mesmo endereço dos escritórios de João Havelange.

Um dos procuradores da Sanud no Brasil é Guilherme Terra Teixeira, irmão de Ricardo Teixeira. E a lista com as datas dos pagamentos de propina revela outras coincidências:

O primeiro milhão de dólares da propina teria sido pago à Sanud no dia 10 de agosto de 1992. No mês seguinte, em 28 de setembro, a Sanud se tornou sócia de Ricardo Teixeira no Brasil. E a nova sociedade passou a injetar dinheiro nos negócios do dirigente. Um deles, a Fazenda que o presidente da CBF comprou logo depois de assumir o cargo.

Em janeiro de 1993, outro investimento em Piraí (RJ). Os vizinhos se lembram. Era uma transportadora, que pelo menos no papel consumiu R$ 1 milhão.

Em outubro de 1994, ao mesmo tempo em que a Sanud continuava recebendo dinheiro de propina no paraíso fiscal, a empresa de Teixeira, sócia dela no Brasil, continuava investindo. 
Um documento registrado em um cartório no Rio mostra que, entre 94 e 96, a sociedade entre Sanud e Teixeira investiu R$ 1,8 milhão no restaurante El Turf, no Jóquei Clube do Rio de Janeiro, controlado por Teixeira.O dinheiro também engordou o patrimônio do presidente da CBF.
Em 1996, a sociedade Sanud/Teixeira comprou a mansão onde Ricardo Teixeira mora num dos condomínios mais luxuosos do Rio.

Curiosamente, hoje o presidente da CBF aluga a casa da qual é dono. O contrato foi firmado em 2000. Nele, a RLJ participações, que é de Teixeira, aluga a casa ao presidente da CBF por R$ 7 mil.

Quem representa a empresa é o sobrinho de Teixeira, Nilton Teixeira Crosnac. Mas quem assina o contrato por ele é o filho de Teixeira, Ricardo Teixeira Havelange.

Nilton negou ter participado do negócio.

Quando foi investigado pelo congresso, há mais de dez anos, Ricardo Teixeira disse que ganhou dinheiro no mercado financeiro, negou ter empresas no exterior e afirmou nada saber sobre lavagem de dinheiro.

Atualmente deputado federal, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) tem se empenhado em investigar a corrupção no futebol brasileiro.
Fora de campo, existe uma espécie de quadrilha que se aproveita do futebol. E as coisas que acontecem no futebol não são claras.
Agora, como presidente do Comitê Organizador da próxima Copa do Mundo, cabe a Ricardo Teixeira tomar as principais decisões sobre o evento que será realizado no Brasil.

Mas ele vai fazer isso sob suspeita: na Suíça, nos próximos meses, a Justiça vai decidir se divulga ou não os detalhes do acordo pelo qual a Fifa teria devolvido o dinheiro da propina paga a dirigentes da entidade. Uma decisão que pode selar o destino do presidente da CBF.
Juca Kfouri diz que Teixeira não tem condições de ser o manda-chuva da Copa do Mundo de 2014.
- Não se pode ter como presidente do comitê organizador alguém que é réu na Suíça por ter recebido propina.
Procurado, Ricardo Teixeira não quis se defender das denúncias.

Ex-dirigente inglês acusa Ricardo Teixeira de pedir propina por voto

Da BBC
Por Daniel Gallas
O ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol David Triesman acusou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e outros três dirigentes da Fifa de pedirem propina em troca de apoio à candidatura da Inglaterra para sediar a Copa de 2018. A Inglaterra recebeu apenas dois dos 22 votos no processo de seleção, que acabou escolhendo a Rússia para sediar o Mundial.

Inquérito

Triesman disse que o comportamento dos dirigentes foi "abaixo do que seria eticamente aceitável". Ele depôs nesta terça-feira na Casa dos Comuns do Parlamento britânico, em um inquérito do comitê do departamento de Cultura, Mídia e Esporte do governo. O comitê quer entender por que a Inglaterra perdeu a disputa para sediar a Copa de 2018.
O dirigente inglês disse que deveria ter se manifestado sobre os pedidos de propina imediatamente. Mas ele insistiu que suas acusações não seriam ouvidas na época. O cartola disse que temia que as revelações pudessem prejudicar a candidatura inglesa.
A Fifa manifestou-se imediatamente sobre as declarações. O presidente da entidade máxima do futebol, Sepp Blatter, prometeu que agirá imediatamente se houver qualquer indício de má conduta dos integrantes do seu comitê executivo.

Presidente nacional da OAB diz que ameaças de Ricardo Teixeira contra a imprensa são “lamentáveis”

Ophir Cavalcante considera retaliação do presidente da CBF na Copa de 2014 como ditadura
Do Domingo Espetacular, com R7
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Ricardo Teixeira ameaçou jornalistas que o denunciam

Nesta semana, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recheou as páginas da revista Pauí com palavrões e insultos dirigidos à imprensa. Em longa entrevista, disse que não se importa com notícias sobre enriquecimento ilícito e debochou dos meios de comunicação, como a Rede Record, entre outros, que insistem em levar a público as denúncias que são feitas contra o dirigente: “A imprensa brasileira é muito vagabunda”, disse Teixeira.
Em retaliação, o homem que está na presidência da CBF há 23 anos falou que na Copa de 2014, no Brasil, pode fazer a maldade que quiser. Ameaçou. Disse que pode, inclusive, proibir a entrada de jornalistas nos jogos, mudar partidas de horário. Tudo para prejudicar aqueles que “ousam” denunciar os esquemas em que Teixeira está envolvido.
Na opinião do presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, o fato de a CBF ser uma empresa privada não dá o direito a Teixeira de fazer o que quiser. Se fosse assim, estaríamos voltando aos tempos da ditadura, que permitia a censura.
- Eu sou o rei. Eu posso. Eu faço. Eu aconteço. Ora, isso é lamentável. Isso é voltar aos tempos da tirania. É voltar a uma ditadura que não existe. Ninguém numa democracia pode ter esse tipo de postura. A imprensa no nosso país é livre. A Record faz um grande trabalho. Eu acho que ele não pensou no absurdo que ele disse.
Além de ameaçar a imprensa que o denuncia, Teixeira também deixa claro que joga no time da Globo. Como é responsável pela marcação das partidas da seleção brasileira, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, o cartola falou que obedece ao desejos da emissora para não arrumar confusão com sua parceira.
- Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.

Só que em vez de denunciar, a Globo ajuda o presidente da CBF. Só foi atacado pela emissora quando marcou uma partida da seleção brasileira no horário que pegava duas novelas e o Jornal Nacional. A jornalista que o entrevistou para a Piauí disse que apesar das denúncias de corrupção e suborno na Fifa, a Globo não fez nenhuma pergunta sobre o assunto na entrevista com o cartola na época do escândalo.
Quando vê seu nome em matérias na Rede Record, Teixeira disse que fica até satisfeito. Se ele cumprir as ameaças, apenas a parceira Globo vai ter o direito de transmitir informações sobre a seleção brasileira e a Copa do Mundo de 2014. Em retaliação às denúncias da emissora, já adiantou que levará o time sub-17 do Brasil para o Pan de Guadalajara, que é exclusividade da Record. A competição servirá de preparação para a Olimpíada de 2012, único título que a seleção ainda não possui .
- Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na Globo.
Apesar de todas as denúncias, Ricardo Teixeira parece não se importar com nada. Vai contra as previsões e continua no poder mesmo depois de ver seu nome envolvido em notícias de corrupção, suborno e enriquecimento ilícito. Recentemente, foi acusado de ter vendido seu voto para escolher o Qatar como sede da Copa de 2022. Apesar de ostentar um estilo de vida digno de um rei, ganha apenas R$ 70 mil mensais para presidir a CBF.
Segundo o jornalista Juca Kfouri, os vencimentos como presidente da entidade não são os responsáveis pelo império mobiliário que o cartola montou ao longo dos anos.
- Ricardo Teixeira tem um salário de cerca de R$ 70 mil, R$ 80 mil como presidente da CBF. Mas o estilo de vida dele é de muito mais do que isso.
Não é para menos. O cartola é investigado até na Suíça por supostamente receber quase R$ 16 milhões de propina de uma empresa de marketing. Entre outros bens, possui uma casa de 600 metros quadrados em um condomínio fechado em Delray Bach, na Flórida, nos Estados Unidos, uma propriedade no condomínio fechado de Itanhangá, no Rio de Janeiro, uma mansão rural dentro de uma fazenda, onde passa os finais de semana, e seria dono de uma casa na praia do Canto, em Búzios, no litoral carioca.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Enfim a Rede Globo se pronunciou a respeito das denuncias de corrupção contra Ricardo Teixeira. De maneira lamentável, é verdade. Tratou apenas de informar que o Imperador da CBF foi “absolvido” pelo comitê de ética da FIFA, sem ao menos contextualizar a história. Soou como uma notinha de assessoria de imprensa, daquelas contratadas por uma empresa para dizer o que for paga para falar. O telespectador da Globo, que não tem acesso a outras mídias, saiu da frente do televisor acreditando na inocência de  Teixeira.  in - amoscaazul.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário