sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PETROBRÁS: notícias que você não vê por aí.

A descarada sabotagem midiática à Petrobrás

(Notícias que o PIG não faz questão de divulgar)
A segunda parte do texto que aponta a descarada sabotagem midiática contra o Brasil,  contra os brasileiros, feita por brasileiros dos mais altos estratos sociais, não tem como objetivo pintar um país de maravilhas, livre de mazelas sociais históricas.
Ainda muito precisa ser feito em questões importantes como a reforma agrária e a democratização dos meios de comunicação, por exemplo.  Os lucros dos grandes empresários continuam aviltantes frente a um resquício de miséria que persiste.  A desigualdade na cobrança de impostos e sua má aplicação são questões que não podem continuar à espera de mobilizações ou soluções que não se concluem.  Não é possível que ricos continuem pagando menos taxas, proporcionalmente, que os mais pobres.
Equacionar estas disparidades é essencial para o país firmar-se, com mais vigor e capital político incontestável, como exemplo de justiça social e cidadania para o planeta.
O Brasil tem conseguido ótimos resultados nas áreas sociais, mas também na sua capacidade de empreender e gerir negócios de grande complexidade.  O Estado brasileiro está a frente de empreitadas desafiadoras e que requerem grande esforço de seus gestores e executores.
Apesar de toda oposição midiática feita à Petrobrás, a estatal completou 60 anos com motivos de sobra para orgulhar cada brasileiro pela sua trajetória e capacidade técnica a serviço do país.  Em recentes pesquisas de mercado, a empresa é considerada pelos mais jovens o melhor lugar para trabalhar, apesar das constantes páginas negativas que a imprensa lhe dedica.
O país detém hoje uma das maiores reservas petrolíferas do mundo e a Petrobrás estará presente em todos os campos exploratórios deste enorme tesouro.  As descobertas de novos campos de petróleo, com gigantescas reservas de boa qualidade de óleo fazem da estatal brasileira agente do desenvolvimento nacional, com a propriedade de quem tem expertise em exploração em águas profundas e trabalha para o país há mais de seis décadas.
Mas não é o que se lê no jornalismo dito especializado em economia [na verdade político travestido de economia] sobre a Petrobrás.
Como seria possível uma empresa com uma longa história de sucesso em sua área e montada sobre uma imensa riqueza que ajudou a descobrir, que é o pré-sal, estar prestes ao irreversível estado de insolvência? Mas se o leitor apenas considerar o que a imprensa, em sua maioria, publica sobre ela, chegaria a esta obtusa certeza de fracasso.
O descolamento midiático da realidade vigente ocorre porque, apesar de todo esforço em denegrir e sabotar a empresa e o país, os jovens sonham em trabalhar na Petrobrás. Ou seja, boa parte dos brasileiros não consideram o que a imprensa roga para a Petrobrás.
Os argumentos lançados contra a empresa são frágeis tentam levar a opinião pública a crer que a estatal não será capaz de levar a cabo todo o trabalho de exploração que se iniciará em breve, que o melhor seria destituir o atual regime de partilha* do pré-sal, que obriga a participação da Petrobrás em todos os leilões em 30% e voltar ao regime de concessão**, em que as empresas estrangeiras teriam total liberdade para sugar nossas riquezas, indenizando a sociedade brasileira com “alguns trocados” comparado às gigantescas jazidas descobertas.  
Simplificando: Os ataques especulativos à Petrobrás, na verdade significam a defesa das empresas transnacionais de petróleo que, segundo o Wikileaks revelou em 2010, aguardavam uma vitória de José Serra para tomar de assalto o pré-sal.  Ou seja, o noticiário sobre a empresa tem sido construído, milimetricamente, de maneira covarde e, meramente, de cunho político para causar prejuízos financeiros a empresa e retirá-la do jogo.
Pois bem, apesar do sombrio futuro desenhado pela grande mídia, o cenário é positivo e os números são impressionantes.
Na economia por exemplo, serão necessários US$ 500 bilhões de investimento no setor de óleo e gás brasileiro até 2025 para colocar de pé as metas da estatal. As projeções da companhia, conhecidas até agora, são de produzir 4,2 milhões de barris de petróleo por dia em 2020 ou 5,2 milhões de barris de óleo equivalente se for contabilizado o gás natural.
A indústria naval será a maior a beneficiária do total de investimento previsto e isto não se dará ao caso, é política de governo.  Desde Lula quando este setor foi revitalizado, projeções apontam que empregará cerca de 100 mil trabalhadores e terá o mesmo tamanho da indústria automobilística em 2015.
Quatro novas refinarias estão sendo construídas para ampliar a capacidade de refino de petróleo no país, no Rio de Janeiro (Comperj), Pernambuco (Abreu e Lima), Maranhão (Premium 1) e Ceará (Premium 2), que consumirão cerca de US35 bilhões somente do plano de negócios da Petrobrás, investimentos que não eram feitos há décadas e que nos tornaram dependentes das importações de óleo refinado, fato que desequilibra as contas da companhia e impacta, negativamente, no balanço do comércio exterior brasileiro.
Para a Petrobrás poder cumprir suas metas terá que contar com quantidades gigantescas de aço, linhas de transferência, equipamentos submarinos, sondas de perfuração e dutos, entre outros materiais de alta complexidade. Isto significa que a indústria brasileira será uma de suas maiores beneficiárias, de acordo com a determinação do governo, que diz respeito ao uso de, pelo menos, 65% de componentes nacionais nas encomendas da petroleira, consequentemente, os trabalhadores do setor serão beneficiados com a geração de mais empregos e renda. Para se ter uma dimensão do tamanho das encomendas à indústria, calcula-se que serão necessárias 630 mil toneladas de aço estrutural, 7.800 quilômetros de linhas flutuantes (que conectam os poços às plataformas) instaladas em águas cada vez mais profundas, 1,5 mil novas arvores de natal molhadas (cada uma custando cerca de US$ 30 milhões), 52 mil toneladas de tubulações e 75 mil toneladas de equipamentos submarinos, segundo estudos da consultoria IHS.
Somente o campo de Libra vai demandar cerca U$80 bilhões de investimentos nos próximos 10 anos, segundo cálculos do Ministério da Fazenda.  O campo de Libra possui, segundo estiva da ANP, entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo, a IHS projeta cerca de 18 bilhões de barris, mas se for considerado o menor valor, ainda assim é considerado a maior descoberta do mundo desde 2008.
Aliás, o sucesso do leilão de Libra também destruiu outra falácia sabotadora, contra a empresa e contra o Brasil, de que não somos atrativos aos investidores estrangeiros.  O resultado do certame contrariou os agourentos que dão plantão na mídia e apresentou como vencedor o consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e CNOOC, além da Petrobrás, que, juntas, vão explorar por 35 anos a mega reserva de petróleo, com o Estado detendo cerca 85% de toda a renda produzida pela exploração.
Soma-se aos ganhos do PIB, empregos e renda, o componente social que será beneficiado como a nova lei de royalties do pré-sal que destinará 75% dos valores obtidos com a exploração para a educação e 25% para a saúde pública. São estimados cerca de U$3 bilhões somente em 2014 e cerca de US115 bilhões nos próximos 10 anos que serão direcionados para a educação.
Estes valores podem parecer pouco para alguns, ou grandes demais para a capacidade da gente brasileira em dar conta.  Mas são somas que se agregam a de outras áreas que são, descaradamente, sabotadas internamente por defensores de interesses internacionais e falsos defensores da “modernidade do Estado brasileiro”, da ideia de um país globalizado, que entregaria seus tesouros a estrangeiros para que explorem, com a liberdade que o mercado impõe, nossas riquezas.
Isto é fácil de ser encontrado nas páginas impressas e virtuais da mídia ou em programas de governos de alguns partidos políticos e candidatos a presidência.
Difícil mesmo é conseguir encontrar leitura isenta sobre a real dimensão do que representam o pré-sal e a Petrobrás para o país e o futuro do povo brasileiro.  
*Pelo regime de Partilha, todo o petróleo extraído, pelo menos 41,6% será da União, mas vence a disputa quem ampliar essa fatia. O consórcio vencedor terá a Petrobras como sócia, que será operadora obrigatória com no mínimo 30% de participação, somando mais de 70% dos lucros do petróleo extraído para o Brasil, no mínimo.  Proposta encaminhada por Lula em 2008 e aprovada em 2010 pelo Congresso [Lei nº 12.351/2010].
**De acordo com regime de concessão, utilizado nas 11 rodadas de licitação de blocos exploratórios de petróleo realizados pela ANP antes do campo de Libra, o óleo produzido pertence à empresa que o extrai, durante o período de concessão, e a União recebe apenas as taxas e royalties referentes a essa extração. Uma “herança” dos agentes da globalização brasileira e da “modernização” entreguista de nossa economia, que retirou da União o monopólio da extração do Petróleo [Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997].
Com informações do site do XV Congresso Brasileiro de Energia

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