A descarada sabotagem midiática à Petrobrás
(Notícias que o PIG não faz questão de divulgar)
A segunda parte do texto que aponta a descarada sabotagem midiática
contra o Brasil, contra os brasileiros, feita por brasileiros dos mais
altos estratos sociais, não tem como objetivo pintar um país de
maravilhas, livre de mazelas sociais históricas.
Ainda muito precisa ser feito em questões importantes como a reforma
agrária e a democratização dos meios de comunicação, por exemplo. Os
lucros dos grandes empresários continuam aviltantes frente a um
resquício de miséria que persiste. A desigualdade na cobrança de
impostos e sua má aplicação são questões que não podem continuar à
espera de mobilizações ou soluções que não se concluem. Não é possível
que ricos continuem pagando menos taxas, proporcionalmente, que os mais
pobres.
Equacionar estas disparidades é essencial para o país firmar-se, com
mais vigor e capital político incontestável, como exemplo de justiça
social e cidadania para o planeta.
O Brasil tem conseguido ótimos resultados nas áreas sociais, mas também
na sua capacidade de empreender e gerir negócios de grande complexidade.
O Estado brasileiro está a frente de empreitadas desafiadoras e que
requerem grande esforço de seus gestores e executores.
Apesar de toda oposição midiática feita à Petrobrás, a estatal completou
60 anos com motivos de sobra para orgulhar cada brasileiro pela sua
trajetória e capacidade técnica a serviço do país. Em recentes pesquisas
de mercado, a empresa é considerada pelos mais jovens o melhor lugar
para trabalhar, apesar das constantes páginas negativas que a imprensa
lhe dedica.
O país detém hoje uma das maiores reservas petrolíferas do mundo e a
Petrobrás estará presente em todos os campos exploratórios deste enorme
tesouro. As descobertas de novos campos de petróleo, com gigantescas
reservas de boa qualidade de óleo fazem da estatal brasileira agente do
desenvolvimento nacional, com a propriedade de quem tem expertise em
exploração em águas profundas e trabalha para o país há mais de seis
décadas.
Mas não é o que se lê no jornalismo dito especializado em economia [na
verdade político travestido de economia] sobre a Petrobrás.
Como seria possível uma empresa com uma longa história de sucesso em sua
área e montada sobre uma imensa riqueza que ajudou a descobrir, que é o
pré-sal, estar prestes ao irreversível estado de insolvência? Mas se o
leitor apenas considerar o que a imprensa, em sua maioria, publica sobre
ela, chegaria a esta obtusa certeza de fracasso.
O descolamento midiático da realidade vigente ocorre porque, apesar de
todo esforço em denegrir e sabotar a empresa e o país, os jovens sonham
em trabalhar na Petrobrás. Ou seja, boa parte dos brasileiros não
consideram o que a imprensa roga para a Petrobrás.
Os argumentos lançados contra
a empresa são frágeis tentam levar a opinião pública a crer que a
estatal não será capaz de levar a cabo todo o trabalho de exploração que
se iniciará em breve, que o melhor seria destituir o atual regime de partilha* do pré-sal, que obriga a participação da Petrobrás em todos os leilões em 30% e voltar ao regime de concessão**,
em que as empresas estrangeiras teriam total liberdade para sugar
nossas riquezas, indenizando a sociedade brasileira com “alguns
trocados” comparado às gigantescas jazidas descobertas.
Simplificando: Os ataques especulativos à Petrobrás, na verdade
significam a defesa das empresas transnacionais de petróleo que, segundo
o Wikileaks revelou em 2010,
aguardavam uma vitória de José Serra para tomar de assalto o pré-sal.
Ou seja, o noticiário sobre a empresa tem sido construído,
milimetricamente, de maneira covarde e, meramente, de cunho político
para causar prejuízos financeiros a empresa e retirá-la do jogo.
Pois bem, apesar do sombrio futuro desenhado pela grande mídia, o cenário é positivo e os números são impressionantes.
Na economia por exemplo, serão necessários US$ 500 bilhões de
investimento no setor de óleo e gás brasileiro até 2025 para colocar de
pé as metas da estatal. As projeções da companhia, conhecidas até agora,
são de produzir 4,2 milhões de barris de petróleo por dia em 2020 ou
5,2 milhões de barris de óleo equivalente se for contabilizado o gás
natural.
A indústria naval será a maior a beneficiária do total de investimento
previsto e isto não se dará ao caso, é política de governo. Desde Lula
quando este setor foi revitalizado, projeções apontam que empregará
cerca de 100 mil trabalhadores e terá o mesmo tamanho da indústria
automobilística em 2015.
Quatro novas refinarias estão sendo construídas para ampliar a
capacidade de refino de petróleo no país, no Rio de Janeiro (Comperj),
Pernambuco (Abreu e Lima), Maranhão (Premium 1) e Ceará (Premium 2), que
consumirão cerca de US35 bilhões somente do plano de negócios da
Petrobrás, investimentos que não eram feitos há décadas e que nos
tornaram dependentes das importações de óleo refinado, fato que
desequilibra as contas da companhia e impacta, negativamente, no balanço
do comércio exterior brasileiro.
Para a Petrobrás poder cumprir suas metas terá que contar com
quantidades gigantescas de aço, linhas de transferência, equipamentos
submarinos, sondas de perfuração e dutos, entre outros materiais de alta
complexidade. Isto significa que a indústria brasileira será uma de
suas maiores beneficiárias, de acordo com a determinação do governo, que diz respeito ao uso de, pelo menos, 65% de componentes nacionais nas encomendas da petroleira, consequentemente,
os trabalhadores do setor serão beneficiados com a geração de mais
empregos e renda. Para se ter uma dimensão do tamanho das encomendas à
indústria, calcula-se que serão necessárias 630 mil toneladas de aço
estrutural, 7.800 quilômetros de linhas flutuantes (que conectam os
poços às plataformas) instaladas em águas cada vez mais profundas, 1,5
mil novas arvores de natal molhadas (cada uma custando cerca de US$ 30
milhões), 52 mil toneladas de tubulações e 75 mil toneladas de
equipamentos submarinos, segundo estudos da consultoria IHS.
Somente o campo de Libra vai demandar cerca U$80 bilhões de
investimentos nos próximos 10 anos, segundo cálculos do Ministério da
Fazenda. O campo de Libra possui, segundo estiva da ANP, entre 8 e 12
bilhões de barris de petróleo, a IHS projeta cerca de 18 bilhões de
barris, mas se for considerado o menor valor, ainda assim é considerado a
maior descoberta do mundo desde 2008.
Aliás, o sucesso do leilão de Libra também destruiu outra falácia
sabotadora, contra a empresa e contra o Brasil, de que não somos
atrativos aos investidores estrangeiros. O resultado do certame
contrariou os agourentos que dão plantão na mídia e apresentou como
vencedor o consórcio formado por cinco empresas – a anglo-holandesa
Shell, a francesa Total, as chinesas CNPC e CNOOC, além da Petrobrás,
que, juntas, vão explorar por 35 anos a mega reserva de petróleo, com o
Estado detendo cerca 85% de toda a renda produzida pela exploração.
Soma-se aos ganhos do PIB, empregos e renda, o componente social que
será beneficiado como a nova lei de royalties do pré-sal que destinará
75% dos valores obtidos com a exploração para a educação e 25% para a
saúde pública. São estimados cerca de U$3 bilhões somente em 2014 e
cerca de US115 bilhões nos próximos 10 anos que serão direcionados para a
educação.
Estes valores podem parecer pouco para alguns, ou grandes demais para a
capacidade da gente brasileira em dar conta. Mas são somas que se
agregam a de outras áreas que são, descaradamente, sabotadas
internamente por defensores de interesses internacionais e falsos
defensores da “modernidade do Estado brasileiro”, da ideia de um país
globalizado, que entregaria seus tesouros a estrangeiros para que
explorem, com a liberdade que o mercado impõe, nossas riquezas.
Isto é fácil de ser encontrado nas páginas impressas e virtuais da mídia ou em programas de governos de alguns partidos políticos e candidatos a presidência.
Difícil
mesmo é conseguir encontrar leitura isenta sobre a real dimensão do que
representam o pré-sal e a Petrobrás para o país e o futuro do povo
brasileiro.
*Pelo
regime de Partilha, todo o petróleo extraído, pelo menos 41,6% será da
União, mas vence a disputa quem ampliar essa fatia. O consórcio vencedor
terá a Petrobras como sócia, que será operadora obrigatória com no
mínimo 30% de participação, somando mais de 70% dos lucros do petróleo
extraído para o Brasil, no mínimo. Proposta encaminhada por Lula em
2008 e aprovada em 2010 pelo Congresso [Lei nº 12.351/2010].
**De
acordo com regime de concessão, utilizado nas 11 rodadas de licitação
de blocos exploratórios de petróleo realizados pela ANP antes do campo
de Libra, o óleo produzido pertence à empresa que o extrai, durante o
período de concessão, e a União recebe apenas as taxas e royalties
referentes a essa extração. Uma “herança” dos agentes da globalização
brasileira e da “modernização” entreguista de nossa economia, que
retirou da União o monopólio da extração do Petróleo [Lei nº 9.478, de 6
de agosto de 1997].
Com informações do site do XV Congresso Brasileiro de Energia
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