Veja quer condenar o Lula
Por Altamiro Borges
A revista Veja desta semana, que traz na capa o
publicitário Marcos Valério e acusa o ex-presidente Lula de ser o
“chefe” do mensalão, tem dois objetivos bem definidos. O
primeiro, mais tático, é
interferir na reta final das eleições municipais, utilizando o
julgamento no STF para beneficiar os candidatos da oposição
demotucana. O segundo, mais
estratégico, é satanizar as forças de esquerda, centrando sua
artilharia pesada contra Lula. A capa da revista é espalhafatosa,
mas a “reporcagem” interna é pura especulação.
Com os dois objetivos apontados acima, a Veja parte para o tudo ou nada. Ela não vacila em estimular abertamente uma crise institucional no país. O triste é que ela faz isto impunemente. Mais triste ainda é que muita gente alimenta este jornalismo mafioso e partidarizado. Até hoje, os chefões da Veja não foram convocados para depor na CPI do Cachoeira, apesar das provas de seus vínculos com o crime organizado. Até hoje o governo federal continua bancando milhões em publicidade nesta revista. Haja covardia!
'Veja' usa Valério para atacar Lula, mas publicitário desmente matéria
Publicado em Sábado, 15 Setembro 2012 22:23.
Escrito por Jussara Seixas
Texto de
capa da revista, construído com declarações de pessoas não
identificadas, tenta envolver ex-presidente com o processo do chamado
'mensalão'
São
Paulo - O publicitário Marcos Valéria
desmentiu hoje (15), por meio de seu advogado, reportagem de capa da
revista Veja, segundo qual ele estaria disposto a revelar supostas
histórias que comprometeriam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no processo do chamado “mensalão”.
A matéria
é recheada de declarações entre aspas, mas seus pretensos autores
são identificados genericamente com amigos e familiares. As
declarações são colocadas da boca do próprio Valério, como se
ele tivesse dado entrevista.
"O
Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim
hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o
conteúdo da matéria", disse o advogado Marcelo Leonardo, que
defende Valério no julgamento em curso no STF.
"Não sei de onde tiraram isso.
Tem que perguntar para o jornalista que escreveu a matéria",
afirmou o advogado. Ele disse não considerar necessário acionar
Veja judicialmente. "O próprio perfil da revista torna
desnecessário tomar qualquer atitude. O STF, por seus ministros, tem
dito que eles julgam de acordo com a prova existente nos autos e não
decidem com base em matérias que saem na imprensa. Entendo que essa
matéria, que não tem conteúdo relativo a entrevista porque ele não
deu nenhuma entrevista, não vai repercutir em nada no julgamento",
argumentou.
Dilma cancela compromissos com grupo Abril
A
informação de que Veja circularia com essa matéria em sua edição
deste fim de semana teria sido o motivo pelo qual a presidenta Dilma
Rousseff cancelou o almoço que teria ontem (14) com o presidente do
Grupo Abril, Roberto Civita, bem como sua participação no evento
Maiores e Melhores, da revista Exame, pertencente ao grupo.
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a compor uma mesa de
debates durante o evento, ao lado do prêmio Nobel de Economia Paul
Krugman e do próprio Civita, mas levantou da mesa sem aviso prévio
e também se retirou do encontro.
Com
agências
Freire e Agripino excitados com Veja
Por Altamiro Borges
A edição da revista Veja desta semana, que traz
na capa o publicitário Marcos Valério e acusa Lula de ser “o
chefe do mensalão”, já deixou excitados os golpistas de plantão.
O presidente nacional do DEM,
senador Agripino Maia, divulgou agora à tarde nota em que exige
“explicações”. Já o deputado Roberto Freire, dono do PPS,
sempre servil à oposição demotucana, pede a abertura de processo
contra o ex-presidente. Como já virou hábito, a mídia direitista
pauta os partidos da direita, hoje tão fragilizados.
As notas de Agripino Maia e Roberto Freire, dois
políticos travestidos de vestais da ética, só confirmam que o
julgamento do chamado “mensalão do PT” foi marcado nas vésperas
das eleições com intento oportunista. A
direita nativa não brinca em serviço e conta, em suas manobras, com
a valiosa ajuda da mídia. A revista Veja publica uma capa
escandalosa, as emissoras de televisão amplificam o assunto e os
jornalões tratam de replicar o caso durante a semana. A jogada é
velha, mas muita gente ainda não percebeu!
Imprensa hesita em repercutir Veja
247 - O título da matéria
publicada no Estadão.com diz tudo. "Marcos Valério apontaria
participação de Lula no Mensalão, afirma revista". Como a
"bomba" de Veja contra Lula é toda construída no
condicional (embora seja vendida na capa como uma entrevista real do
publicitário), o título do Estadão está no futuro
do pretérito. Apontaria, seria, poderia etc, etc.
A
repercussão obtida pela reportagem, até agora, está restrita ao
meio político, com declarações previsíveis de adversários de
Lula, como Roberto Freire e Agripino Maia. Na imprensa, mesmo aquela
considerada golpista pelo PT, ela tende a arrefecer, uma vez que o
advogado de Valério, Marcelo Leonardo, já desmentiu as afirmações
atribuídas por Veja a seu cliente. Como a "bomba" de Veja
contra Lula é toda no condicional, até veículos conservadores,
como o Estadão,
pisam no freio. Repercussão discreta
também na Folha.
Jornal da família Frias também não compra a história contada por
Veja na suposta entrevista de Marcos Valério à publicação.
Civita deflagra operação para botar Lula na cadeia
16 de Setembro de 2012 às 04:56
247 –Reportagem ancorada em supostas declarações já negadas pelo empresário Marcos Valério produziu uma reação esperada: José Serra pediu que o Ministério Público investigasse a “entrevista” e levasse o caso ao STF. Ou seja: depois da Ação Penal 470, Lula também poderia vir a se tornar réu, ficando assim impedido de voltar à presidência.Ao longo dessa guerra santa deflagrada pela revista contra o chamado lulismo, nada foi tão ousado como a capa deste fim de semana, em que a revista sugere ter entrevistado Marcos Valério, pivô do mensalão, publicando entre aspas várias declarações já negadas pelo publicitário. Uma das aspas, a de que Lula não apenas sabia, como era o chefe de tudo e se engajava pessoalmente na arrecadação de um caixa de R$ 350 milhões do PT.
247 –Reportagem ancorada em supostas declarações já negadas pelo empresário Marcos Valério produziu uma reação esperada: José Serra pediu que o Ministério Público investigasse a “entrevista” e levasse o caso ao STF. Ou seja: depois da Ação Penal 470, Lula também poderia vir a se tornar réu, ficando assim impedido de voltar à presidência.Ao longo dessa guerra santa deflagrada pela revista contra o chamado lulismo, nada foi tão ousado como a capa deste fim de semana, em que a revista sugere ter entrevistado Marcos Valério, pivô do mensalão, publicando entre aspas várias declarações já negadas pelo publicitário. Uma das aspas, a de que Lula não apenas sabia, como era o chefe de tudo e se engajava pessoalmente na arrecadação de um caixa de R$ 350 milhões do PT.
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