quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BBB12 : Globo incentivou o estupro

OLHEM SÓ O DESESPERO DA REDE GLOBO. ELES FAZEM TUDO PARA NÃO PERDER AUDIÊNCIA. Como a audiência da Globo está caindo ( BBB 12 é o de pior Ibope da história da atração), eles apelam. Neste caso : criaram as condições para o estupro, omitiram socorro e lucraram com sua exibição.

BBB: estupro ao vivo não cassa concessão ?


ESCÂNDALO  NO  BBB12

Polícia começa a analisar imagens de câmeras da
Globo (*) e não descarta colocar BBBs frente a frente

Crime pode ser tratado como estupro de vulnerável, quando a vítima não tem consciência
do R7 | 18/01/2012 às 05h30
O delegado Antonio Ricardo Nunes, titular da Delegacia da Taquara (32ª DP), deve começar nesta quarta-feira (18) a analisar as imagens que recebeu do programa Big Brother Brasil 12, da TV Globo. A Polícia Civil investiga se houve abuso sexual de Daniel contra Monique na madrugada do último domingo (15).Nunes investiga a hipótese de a sister ter sido abusada pelo brother quando ficou inconsciente após ter ingerido grande quantidade de bebida alcoólica durante uma festa no sábado (14). Com isso, ele vai confrontar os depoimentos dos dois participantes. Se a gravação for diferente do que ambos falaram, pode acontecer uma acareação, segundo o delegado.De acordo com o artigo 225 da lei 8.072, que trata de crimes hediondos, quando a pessoa se encontra em situação vulnerável, a ação criminal pode ser feita mesmo sem o consentimento da vítima.
- O inquérito segue sem a manifestação da vítima. Em caso de estupros de vulnerável a vítima não é qualificada para dar queixa ou não. Trata-se de ação penal pública incondicional.

Grupo de mulheres acusa Globo de omissão de socorro após suposto estupro no BBB 12

Protesto em frente à sede da TV na tarde desta terça-feira cobra explicações da emissoraUm grupo de mulheres acusa a Rede Globo de omissão de socorro à participante do Big Brother Brasil 12 Monique, de 23 anos, que teria sido abusada sexualmente por outro integrante da casa do reality show, Daniel, de 31 anos.
Jornalistas e simpatizantes do blog Defesa da Mulher se reúnem no início da tarde desta terça-feira (17), às 13h, em frente à TV Globo, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro. O grupo, que tem mais de 4.900 seguidores no Facebook, está chamando participantes através da rede social, de email e também do Twitter. Elas escreveram uma carta e pretendem entregar à TV Globo.
Segue a carta na íntegra:

Ela tem o direito de saber

Notícias
6º dia
Debaixo do edredom
Está rolando o clima entre Daniel e Monique debaixo do edredom. Ele se mexe, parece acariciar a sister, mas a loira não se move. 


Essa mensagem foi exibida para quem assina o pay-per-view do Big Brother Brasil 12, realizado pela Rede Globo de Televisão. Ela é uma prova da irresponsabilidade da emissora com as pessoas na casa, ao mostrar que, mesmo tendo percebido que Monique estava dormindo, inconsciente, as pessoas que trabalham na produção do programa não fizeram nada. Ou melhor, fizeram: criaram as condições para o estupro, omitiram socorro e lucraram com sua exibição.
Para quem não acompanhou o ocorrido, no amanhecer do dia 15 de janeiro, depois de uma festa patrocinada dentro do reality show, o participante Daniel deitou na cama em que Monique estava dormindo. Durante mais de três minutos se esfregou nela, em um movimento sexual de vai e vem, sem que ela se movesse. Detalhe: existem menos camas que participantes. Isso foi filmado e transmitido ao vivo para todo o Brasil.
Existe uma equipe paramédica de plantão na produção do programa para atender a qualquer emergência considerada importante. Se Monique tivesse desmaiado na pista de dança, seria atendida. Mas ela foi estuprada diante de pessoas que deveriam ser responsáveis por sua segurança, e que deixaram isso acontecer em sua presença, quando poderiam ter tirado o agressor da cama da vítima. Diante do crime, a Rede Globo simplesmente mudou o ângulo da câmera e, no dia seguinte, tirou todos os vídeos do ocorrido da internet. Não bastasse a produção, que acompanha tudo o que acontece no programa, já tinha ouvido o alerta de Mayara, que sofreu abuso por parte do mesmo Daniel na noite anterior enquanto dormia. Ela disse que não dividiria mais a cama com ele.
1) Houve estupro?

Sim, houve.
Segundo o §1º do artigo 217 do Código Penal, é estupro de vulnerável fazer qualquer tipo de sexo (vaginal, oral, anal, etc, com ou sem penetração, já entre heterossexuais ou homossexuais, homens ou mulheres) com menores de 14 anos e também “com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”.

Uma pessoa completamente alcoolizada não pode oferecer resistência, que o vídeo mostra claramente essa situação. Como quem assiste ao programa já percebeu, quem participa dele tem amplo incentivo para abusar de bebidas alcoólicas durante essas festas. Mas, como se pode perceber no caso da Monique, depois de ficarem vulneráveis não podem contar com a ajuda de ninguém. O fato de ela não se lembrar de nada no dia seguinte só confirma essa tese.

2) A Globo é responsável?

A Rede Globo pode vir a ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, uma vez que a emissora poderia a qualquer hora parar o ato praticado que ela estava filmando. De acordo com o artigo 135 do Código Penal:

Omissão de socorro
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.

3) O que queremos?

O que consideramos mais importante é que a vítima possa falar direito por si mesma, ter contato com o mundo exterior, saber o que está sendo falado sobre uma situação que, afinal, é sobre ela. Que ela possa ver a si mesma no vídeo, já que todo o país já pode ver, menos ela, a vítima. Portanto, que a produção do programa Big Brother Brasil 12 mostre a Monique o vídeo com o registro do estupro para que ela saiba o que ocorreu, já que não se recorda, e tenha liberdade para entender o que viu e se pronunciar. Que a exibição desse vídeo seja transmitida e seja feita em silêncio, por respeito à vítima.
Que a Rede Globo preste contas pelo crime de omissão de socorro.
Que a Rede Globo faça uma retratação e peça desculpas pelo ocorrido.
Que a Rede Globo atue ao lado dos direitos humanos, fazendo uma ação educativa em relação ao crime de estupro em suas variadas configurações.
Que uma assistente social e uma psicóloga, ou ainda alguém indicado pela vítima possam acompanhá-la para prestar auxílio.

Secretaria para Mulheres do Planalto recebe pedidos de providências sobre suposto estupro no BBB

Brother Daniel teria molestado a sister Monique enquanto ela dormia
Do R7 | 16/01/2012 às 17h33. A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República recebeu ao menos dez pedidos de telespectadores e organizações de direitos femininos para que o órgão tome providências sobre a suspeita de que uma participante do Big Brother Brasil 12, que teria sido molestada por outro integrante do programa na madrugada do último domingo (15).
Estupro: nova lei
No ano de 2009 o governo Lula sancionou a lei 12.015, que altera as leis 2.848 (Código Penal) e 8.072 (que trata dos crimes hediondos). Ela tornou mais severas as penas para os crimes de pedofilia, estupro seguido de morte e assédio sexual contra menores.

O autor do estupro pode pegar entre seis e dez anos de pena com prisão. A nova lei amplia a aplicação da pena para os casos que, na lei anterior, eram tratados apenas como atos libidinosos. O artigo 215 da lei diz que é estupro "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima". 
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


Jornal inglês: Polícia ia tirar BBB do ar

    Publicado em 17/01/2012

Estupro seguido de fraude?


Saiu num jornal de escândalos e “celebridades” da Inglaterra ( nada mais apropriado para tratar da Globo):

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2087801/Housemate-Brazilian-version-Big-Brother-raped-live-TV-alcohol-fueled-party.html

Segundo o jornal, a Polícia do Rio disse ao Boninho: ou elimina o Daniel ( “o amor é lindo”) ou tiro o programa do ar.

O jornal diz também que foram sete minutos em que Daniel e a suposta vitima mantiveram um intercurso não consentido – já que ela parecia imóvel.
O Daily Mail conta que a empresa que “vendeu” o BBB à Globo, a holandesa Endemol, já foi acusada de promover programas racistas e de exploração sexual.
E está à beira da falência.

Em tempo: agora, segundo se diz na blogosfera,  a suposta vítima passou a se lembrar de tudo e diz que foi uma relação consensual, SEM penetração.

Bernardo, Bernardo, isso vai desabar na cabeça do Governo Dilma.

Já pensou se a Polícia conclui que foi estupro seguido de obstrução da Justiça ?

Hoje é o Daily Mail.

E quando for o … ?

Bernardo …

Paulo Henrique Amorim


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Saiu no Tijolaço, do incomparável Fernando Brito:

A Constituição é letra morta?


Ninguém tem nada a ver com o que fazem pessoas maiores fazem em sua intimidade, de forma consentida, se isso não envolve violência.


Niguém tem nada a ver com o direito de pessoas expressarem opinião ou criação artística, independente de se considerar de bom ou mau gosto.


Outra coisa, bem diferente, é utilizar-se de concessões do poder público, como são os canais de televisão, sobretudo os abertos, para promover, induzir e explorar, com objetivo de lucro, atentados à dignidade da pessoa humana.


Não cabe qualquer discussão de natureza moral sobre a índole e o comportamento dos participantes. Isso deve ser tratado na esfera penal e queira Deus que, 30 anos depois, já se tenha superado a visão que vimos, os mais velhos, acontecer em casos como o de Raul “Doca” Street, onde o comportamento da vítima e não o ato criminoso ocupava o centro das discussões.


O que está em jogo, aqui, é o uso de um meio público de difusão, cujo uso é regido pela Constituição:


Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:


I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;(…)


IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.


O que dois jovens, embriagados, possam ou não ter feito no “BBB” é infinitamente menos graves do que o fato de por razões empresariais, pessoas sóbrias e responsáveis pela administração de uma concessão pública fazem ali.


Não adianta dizer que um participante foi expulso por transgredir o regulamento do programa. Pois se o programa consiste em explorar a curiosidade pública sobre comportamentos-limite, então a transgressão destes limites é um risco assumido deliberadamente.


Assumido em razão de lucro pecuniário: só as cotas de patrocínio rendem à Globo mais de R$ 100 milhões. Com a exploração dos intervalos comerciais, pay-per-view, merchandising, este valor certamente se multiplica algumas vezes.


Será que um concessionário de linhas de ônibus teria o direito de criar “atrações” deste tipo aos passageiros, para lucrar?


Intependente da responsabilização daquele rapaz, que depende de prova, há algo evidente: a emissora assumiu o risco, ao promover a embriaguez, a exploração da sexualidade, o oferecimento de “quartos” para manifestação desta sexualidade, a atitude consciente de vulnerar seus participantes a atos não consentidos. É irrelevante a ausência de reação da jovem, ainda que não por embriaguez. Se a emissora provocou, por todos os meios e circunstâncias, a possibilidade de sexo não consentido, é dela a responsabilidade pelo que se passou, porque não adiante dizer que aquilo deveria parar “no limite da responsabilidade”.


Todos os que estão envolvidos, por farta remuneração, neste episódio – a começar pelo abjeto biógrafo de Roberto Marinho, que empresta o nome do jornalismo à mais vil exploração do ser humano – não podem fugir de suas responsabilidades.


Não basta que, num gesto de cinismo hipócrita, o sr. Pedro Bial venha dizer que o participante está eliminado por “infringir as regras do programa”. Se houve um delito, não é a Globo o tribunal que o julga. Não é uma transgressão contratual, é penal.


Que, além da responsabilização de seu autor, clama pela responsabilização de quem, deliberadamente, produziu todas as cirncunstâncias e meios para isso.


E que não venham a D. Judith Brito e a Abert falar em censura ou ataques à liberdade de expressão.


E depois não se reclame de que as demais emissoras façam o mesmo.


O cumprimento da Constituição é dever de todos os cidadãos e muito maior é o dever do Estado em zelar para que naquilo que é área pública concedida isso seja observado.


Do contrário, revoquemos a Constituição, as leis, a ideia de direito da mulher sobre seu corpo, das pessoas em geral quanto à sua intimidade e o conceito social de liberdade.


A Globo sentiu que está numa “fria” e vai fazer o que puder para reduzir o caso a um problema individual do rapaz e da moça envolvidos. Nem toca no assunto.


Tudo o que ela montou, induziu, provocou para lucrar não tem nada a ver com o episódio. Não é a custa de carícias íntimas, exposição física, exploração da sensualidade e favorecimento ao sexo público que ela ganha montanhas de dinheiro.


Como diz o “ministro” Pedro Bial ao emitir a “sentença” global ( veja o vídeo) : o espetáculo tem que continuar. E é o que acontecerá se nossas instituições se acovardarem diante das responsabilidades de quem promove o espetáculo.


Atirar só Daniel aos leões será o máximo da covardia para a inteligência e a justiça nestes país..


17 de janeiro de 2012 às 15:51

Britânicos chamam Veja de “revista de fofocas”

Por sugestão do LC
Ao repercutir o debate em andamento no Brasil sobre o suposto estupro no suposto programa de TV Big Brother, a revista britânica The Week chamou a suposta revista Veja de “gossip magazine”, revista de fofocas:
“Now, according to the website of Brazilian gossip magazine Veja, police in Rio are investigating the seven minutes of footage, even though there has been no official allegation and the participants of the show are unaware of the furore.”

Avon: Não somos patrocinadores do Big Brother

da Avon, via CDN
COMUNICADO
Diferentemente do que foi veiculado em alguns sites e posts na rede social, a Avon não é patrocinadora do programa Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo. A empresa apenas veicula comerciais de seus produtos nos intervalos da programação da emissora, o que faz com que os anúncios relacionados aos produtos Avon sejam vistos em várias oportunidades ao longo do dia.

O ovo da serpente

A violência que todos vêem e poucos percebem

Durante uma semana – de 5 a 11 de janeiro de 1992 – uma equipe de pesquisadores acompanhou toda a programação da Rede Globo. Foram examinados meticulosamente 77 programas, entre filmes, seriados, novelas, humorísticos, variedades, noticiários e infantis. Os pesquisadores permaneceram 114 horas e 33 minutos diante da televisão. Da totalização final, foram excluídos os programas jornalísticos para separar o que é noticiário da programação escolhida deliberadamente pela própria emissora.
O que estes pesquisadores encontraram foi uma verdadeira escola do crime e da violência. Naquela semana, a Globo exibiu 244 homicídios tentados ou consumados, 397 agressões, 190 ameaças, 11 seqüestros, 5 crimes sexuais com violência ou ameaça, 26 crimes sexuais de sedução, 60 casos de condução de veículos com perigo para terceiros ou sob efeito de drogas, 12 casos de tráfico ou uso de drogas, 50 de formação de quadrilhas, 14 roubos, 11 furtos, 5 estelionatos, e mais 137 outros, entre os quais: tortura (12), corrupção (4), crimes ambientais (3), apologia ao crime (2) e até mesmo suicídios (3).
E não se diga que isto é veiculado nos chamados programas para adultos. A programação infantil é repleta de imagens de violência, inclusive em desenhos animados, com 58 cenas diárias de violência. Projetando tal constatação, verifica-se que anualmente a Rede Globo propicia às crianças brasileiras a visão de 21.222 cenas de violência. Se considerarmos que a média diária geral da programação é de 166 cenas de violência, chegaremos à conclusão de que a programação infantil detém 34,9% da violência diária transmitida pela TV Globo.
Para os espectadores de novelas estão reservadas 150 cenas de crimes por semana (média diária de 21,4). Já os apreciadores de seriados têm à disposição 79 crimes semanais (média diária de 11,2). E quem acompanha a programação humorística e de variedades vai se deparar com 74 episódios violentos, principalmente agressões (média diária de 10,5).
Os documentos comprobatórios desta pesquisa encontram-se em poder do Dr. Nilo Batista, Secretário de Justiça do Estado, à disposição de quem desejar consultá-los. Estes números estarrecedores nos permitem questionar a autoridade moral da Globo, tevê e rádio, e do jornal O Globo e o papel destrutivo que vêm desempenhando. Já chamei a atenção de meus compatriotas para a instigante coincidência entre o crescimento das Organizações Globo e o crescimento da violência em nosso País. Esta pesquisa revela que não se trata de mera coincidência. Estudos criminológicos – os mais respeitados – advertem para as conseqüências da exposição de cenas de violência às crianças e às pessoas ainda imaturas. As Organizações Globo, quanto a este aspecto, representam uma autêntica e verdadeira escola do crime, reproduzindo e estimulando a cultura da violência, que encontra campo fértil numa sociedade fortemente marcada pela injustiça, pela pobreza e pelo atraso.
A Globo, que comete contra nossas crianças e jovens este crime – que países como os europeus de nenhuma forma admitiriam –, é a mesma que utiliza seus maiores e melhores espaços para destruir um programa educacional como o dos Cieps e dos Ciacs. Minha mensagem aos pais e avós é que defendam seus filhos e netos como puderem, enquanto combatemos – como o pequeno Davi diante de Golias – essa hidra gigantesca, diante da qual tantos se omitem ou, pior ainda, se intimidam e se curvam, submissos.
(Leonel Brizola, 19 de janeiro de 1992, no Jornal do Brasil)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Devassa, Fiat, Omo, Antarctica, Niely: Quem financia a baixaria, é contra a cidadania.

Carta aberta à Schincariol, Fiat, Unilever, Ambev e Niely

O BBB12 (Big Brother Brasil) é um oferecimento das marcas: Devassa, Fiat, Omo, Antarctica, Niely.

Há anos o programa não é só líder de audiência. É criticado também por muitos como líder de baixarias.

Demorou mas aconteceu uma cena que muitos telespectadores entenderam tratar-se de estupro de vulnerável. A polícia abriu inquérito e investiga o suposto crime.

Desde 2002, uma conquista da sociedade civil organizada levou à campanha permanente por ética na TV, com respeito a dignidade da pessoa humana.

O slogan é "Quem financia a baixaria, é contra a cidadania" (www.eticanatv.org.br).

Só há uma uma empresa parceira, apoiando esta campanha (Ad People).

Nenhuma das cinco empresas que patrocina o BBB é parceira da campanha Ética na TV.

Cada cota de patrocínio do BBB custa R$ 20,6 milhões, segundo o noticiário.

Uma pequena fração desse valor de cada empresa para patrocinar movimentos como o ética na TV, faria uma enorme diferença na qualidade do que se vê na TV.

Programas mais inteligentes e saudáveis, poderiam dar tanta audiência quanto o BBB, se fossem tão bem promovidos, e se os patrocinadores exigissem responsabilidade social.

Como nós, consumidores, devemos lembrar da cerveja Devassa, dos carros Fiat, do sabão Omo, do guaraná Antárctica, e dos cosméticos Niely?

Como marcas associadas à baixaria que financia coisas inescrupulosas a ponto de poderem levar até a ocorrência de estupros, ou como marcas de empresas com responsabilidade social que apoiam a ética, inclusive na tv, e deveriam ser contra a exibição de coisas que ferem a dignidade humana?

Em tempo:
Os consumidores que quiserem reclamar:
Schincariol (Devassa): http://www.schincariol.com.br/index.php/site/fale-conosco
Fiat: http://www.fiat.com.br/fale-com-a-fiat/
Unilever (Omo): http://www.omo.com.br/fale-conosco
Ambev (Antarctica): http://www.ambev.com.br/pt-br/a-ambev/canais-de-comunicacao/fale-conosco
Niely: http://www.niely.com.br/Contato.aspx

Zé Augusto, no blog Amigos do Presidente Lula, resume muito bem o que é o BBB: uma suruba “romantizada”. A expressão pode parecer forte, impactante, mas é real. Observemos seus argumentos:
- “Não há quartos individuais”;
- “A produção mobiliza a casa de forma que alguns participantes tenham que dormir juntos em camas de casal”;
- “Os trajes fornecidos pela produção são mínimos, exacerbando a exibição e contato físico dos corpos, 24hs por dia, entre jovens com os hormônios à flor da pele, confinados durante semanas”;
- “O programa força a troca de intimidades, com banho na frente de todos, troca de roupa na frente de todos, e coisas do gênero, tal qual numa suruba, exceto pela ausência do nu total”;
- “O apresentador, Pedro Bial, toda hora puxa o assunto incentivando a fornicação. Fala da oferta de camisinhas, da libido, da pegação. É como se fosse uma espécie de “âncora” da suruba romantizada com frases como ‘o amor é lindo’.”
Em suma, é isto o BBB, que a cada ano se torna uma suruba mais ousada, chegando ao que chegou. E não se enganem: se não fosse a forte mobilização nas redes sociais, os repúdios aos milhões, que acabaram forçando o Ministério Público e a polícia agirem, ficaria no “O amor é lindo”, do Bial.

Afinal, Ibope do BBB12 caiu ou subiu?

Estupro no BBB: Ibope despenca e anunciantes da Globo temem prejuízo ainda maior
Por Redação – do Rio de Janeiro, Correio do Brasil
17/1/2012
Se o estupro na casa do Big Brother Brasil 12 existiu e seria uma jogada de marketing, o tiro errou o alvo. Nem a audiência melhorou e os patrocinadores do reality show estão preocupados com o estrago causado às suas marcas, após a divulgação de um possível crime, debaixo do edredom. Pesquisa do Ibope, divulgada na manhã desta terça-feira, após o paredão deste fim de semana, revela que o BBB 12 atingiu a pior cotação junto aos telespectadores, com 20 pontos, em média, enquanto a versão anterior, já em declínio, rendeu 22 pontos. Na Grande São Paulo, cada ponto equivale a 58 mil domicílios ligados no programa.
No caixa da TV Globo, a história mal contada também está prestes a gerar um rombo milionário. Nas agências, que representam os anunciantes AmBev (Guaraná Antarctica), Fiat, Niely, Schincariol (Devassa) e Unilever (Omo), cada um com uma cota de R$ 20,6 milhões para o patrocínio desta temporada, o ambiente é fúnebre. Ninguém confirma ou nega, ainda, o cancelamento dos contratos, mas um graduado publicitário, falando em condição de anonimato ao Correio do Brasil, antevê mais problemas à frente.
– Se o estupro for realmente confirmado e isso se transformar em um processo criminal, ficará muito difícil manter o programa no ar com o apoio dos atuais patrocinadores. O desgaste para estas marcas seria incalculável – afirmou.
Os R$ 103 milhões arrecadados pelal TV Globo, neste caso, passariam a custar infinitamente mais às indústrias, que já começaram a calcular o impacto negativo do noticiário sobre as marcas de seus produtos.
– As empresas devem estar preocupadas para saber o que aconteceu de fato e avaliar como isso pode repercutir sobre as marcas envolvidas – disse o professor Júlio Moreira a jornalistas. Ele é professor de branding (marcas) do curso de pós-graduação em Comunicação da ESPM.

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