domingo, 15 de janeiro de 2012

Reitor sem noção (do ridículo) é homenageado por Veja

Reitor sem noção (do ridículo) é homenageado por Veja

por Antônio David  em  www.viomundo.com.br
Quem acessa o site da USP desde o dia 3 de janeiro dá de cara com esta manchete.

Em nada surpreende a homenagem, dada a notória afinidade entre o reitor e a dita revista, tão notória que não me darei ao trabalho de falar sobre.
Ocorre que dessa vez Veja inovou. Além das mentiras de sempre, a matéria estampa no título uma caracterização no mínimo inusitada do reitor, que não podemos deixar passar em branco: “João Grandino Rodas, o xerifão da USP”.
Xerifão?!
Por mais fortes que sejam os laços de camaradagem entre o reitor e a revista Veja, dessa vez a famiglia Civita exagerou. Afinal, trata-se do reitor da USP. Diz o protocolo que o tratamento a sua magnificência exige compostura.
Um reitor da USP, presume-se, deveria ser reconhecido publicamente como “acadêmico”, “cientista”, “intelectual”, “mestre”… no minimo como “administrador” ou “dirigente” e pronto, mas nunca com o rótulo de “xerifão”.
É o suprassumo do ridículo, de fazer Armando Salles de Oliveira revirar-se no túmulo. E, reparem: nem pra ser só “xerife”. Veja quis vulgarizar mesmo: é “xerifão”, no aumentativo!

Era de se esperar, portanto, que Rodas solicitasse da revista Veja no mínimo um pedido de desculpas. Mas Rodas não o fez. Não só não o fez, como determinou que a matéria publicada na Veja fosse para o site institucional da USP!
Ora, não posso tirar daí outra conclusão senão que o reitor gostou da patente de “xerifão”. Aliás, não surpreenderia se, tendo sido consultado previamente, ele próprio tenha sugerido o triste apelido.
Rodas perdeu de vez a noção do ridículo.

Mas, pensando bem… “acadêmico” e “intelectual” que nada. Afinal, acaso Rodas foi nomeado reitor por algum mérito acadêmico ou intelectual? Em verdade, Serra o nomeou reitor justamente porque, para o PSDB, a USP precisava de um “xerifão”.
Rodas foi nomeado reitor para ser o “xerifão” da USP. E, examinando de perto suas atitudes e métodos como reitor, é exatamente isso o que ele está sendo. Não há nada em sua gestão que o habilite a ser reconhecido como “acadêmico”, “intelectual” etc.
Muitíssimo adequada a homenagem!

Antônio David – mestrando em filosofia na FFLCH


Comentários de Internautas 

Jose Antonio Batata 
A decadência da VEJA não tem limite. O PSDB transformou o estado de São Paulo num reinado Policialesco e caminha rapidamente área transforma-se num estado FASCISTA. Preto, pobre e Nordestinos são o alvo dos TUCANOS Paulistas. O PSDB está caminhando para a extrema-Direita em São Paulo. A Democracia corre perigo em São Paulo. 
 
Suspensório 
Silêncio! Aí vem o XERIFÃO. O cara é grosso e bate que é uma beleza.

KKKKKKKKKKKKKKKK!
 

Gilda 
Os iguais se reverenciam 
 
Yacov
THat's only business, man... ROdas, ÇerRA, PSDB, PM, SP, VEJA. Um "serviço" prestado pela compra sem licitação de milhares de assinaturas de revistões e jornalões, seus diários oficiais. Repugnante...

"O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBo - O que passa na glOBo é um braZil para TOLOS" 
 
João-PR ·
A "flor do fascio" revela, mais uma vez, seu caráter antidemocrático.
A revista "óia", aquela que tem um grupo sul-africano que era pró-apartheid como sócio, não tem mais nem a preocupação de esconder seus instintos mais autoritários.
Afina, diria Goebbels, uma mentira dita cem vezes vira verdade. Depois de 17 anos de "governos de mentiras" do PSDB parece que a "Óia" acredita que o povo paulista/paulistano perdeu a noção do que seja senso crítico.
Espero, sinceramente, que isso não tenha acontecido.
Espero, sinceramente, que a mudança comece com a eleição para Prefeito de São Paulo. Quem sabe aquele 30 coronéis que ocupam as sub-prefeitura paulistas não voltam para o quartel, ou para o pijama?
 
 
Tarso Freire 
O Reitor Grandino acredita tanto na instituição da qual ele é xefife que ele defendeu uma tese de doutorado em Direito na USP em 1973 (conforme o curriculum Lattes do próprio professor) e depois foi fazer um mestrado (curso inferior ao doutorado) em Harvard em 1978. Talvez por isso ele não tenha ganho a eleição na comunidade uspiana e tenha sido escolhido pelo governador. 
 
Luci 
Esta capa desmoraliza A USP, o reitor ser chamado de xerife! Os bons professores daquela instituição de ensino devem estar constrangidos, como estamos nós que temos conhecimento de uma demonstração de vulgaridade e atraso.
Dá um bom samba enredo para desfile no carnaval "Olha o xerifão da USP ai gente".
Entrar para a história da USP e da cidade como xerife, quanto retrocesso e futilidade! Este título é símbolo da violência e da exclusão lá implantada, é o enterro do mérito.
 
marreta 
Frase de para-choque de caminhão: tem coisas que só acontecem em São Paulo. 
 
Pancho Villa 
O negócio é que a Veja ainda vive os agouros do regime militar, época em que reitor acumulava institucionalmente a função dupla de "xerifão".
 

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