sexta-feira, 8 de junho de 2012

Indústria cresce. Inflação despenca. Cadê os urubólogos?

Quem apostar na crise vai perder. De novo

Posted by on 07/06/12

 A frase que acima este texto foi proferida recentemente pela presidente Dilma Rousseff. Trata-se de remake de um filme que todos já viram. Entre setembro de 2008 e o primeiro semestre de 2009, as apostas de que o país sucumbiria à crise norte-americana que se espalhou pelo mundo se acotovelaram nos meios de comunicação.Naquele período entre 2008 e 2009, os bancos, o empresariado e até mesmo a população se assustaram com as previsões da imprensa. Mais por conservadorismo do que por razões concretas, os bancos congelaram a oferta de crédito. Aí entra o governo Lula e compra bancos de varejo e coloca os bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES) para suprir o crédito que escasseava.
É desnecessário lembrar o que foi feito das previsões catastrofistas da mídia e da oposição. Mesmo o mais desmemoriado sabe que foram totalmente desmoralizadas e que culminaram com ampla vitória do governo Lula, que elegeu o sucessor e uma bancada muito maior no Legislativo.
A tendência, porém, é muito diversa da que diz a mídia. As medidas do governo de redução de juros, de aumento da oferta de crédito e de aceleração dos investimentos públicos (aos quais a direita demo-tucano-midiática devota a maior rejeição entre todas) surtirão efeito em alguns meses.
Aliás, um dos sinônimos mais eloqüentes do novo estágio da economia brasileira é o de que, à diferença de 2008/2009, emprego e renda não foram afetados por um agravamento da situação econômica internacional hoje muito mais intenso do que naquela época, quando, entre o final de um ano e o começo de outro, quase 800 mil empregos se perderam.

O segundo semestre, assim, será marcado pela retomada da atividade econômica. E o que é melhor: sem que a população tenha sentido minimamente a crise. A produção industrial deve se recuperar, a oferta de crédito e os investimentos privados, idem. Tudo isso produzindo uma reação do PIB que talvez não seja suficiente para fazer 2012 fechar com uma taxa de crescimento mais expressiva, mas que indicará que 2013 será bem melhor.Estamos vendo ocorrer o auge da crise na Europa, que, por óbvio – pelo tamanho da economia da União Européia –, faz o mundo sentir seus efeitos. No Brasil, porém, tais efeitos têm sido surpreendentemente tímidos. Tão tímidos que os brasileiros pouco estão sentindo. Recentemente, participei de uma feira de máquinas de construção e o clima era de euforia.O único risco que o Brasil corre é o do alarmismo demo-tucano-midiático. Funcionou, em alguma medida, em 2008/2009. Contudo, àquela época foi mais fácil porque o país sentiu mais os efeitos da crise. Hoje é bem mais difícil, ainda que não seja impossível. Por isso, análises como esta precisam ser difundidas.

Indústria puxa crescimento da economia brasileira no 1º trimestre

Riquezas do País aumentam 0,2% nos três meses do ano, de acordo com o IBGE
Do R7A economia brasileira se expandiu 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2011 e a principal responsável pelo resultado foi a indústria, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (1º).O resultado nos primeiros três meses se deveu ao crescimento de 1,7% da indústria. O destaque dentro do setor foi a indústria de transformação, que se expandiu 1,9%. Também ajudaram os desempenhos da construção civil e de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que cresceram 1,5% em relação ao último trimestre de 2011. Já indústria extrativa mineral recuou 0,5%.

O setor de serviços também ajudou no desempenho do PIB, ao crescer 0,6% no primeiro trimestre. As atividades que se destacaram foram administração, saúde e educação pública, com expansão de 1,8%, comércio (1,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,9%). A agropecuária, por outro lado, foi o destaque negativo e encolheu 7,3% nos primeiros três meses do ano. Em maio, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o País deveria ter um crescimento maior no segundo semestre, sustentado pela demanda interna e pela flexibilidade das condições monetárias e financeiras.

As razões para esperar uma melhora na segunda metade do ano, segundo Tombini, seriam a taxa de desemprego muito baixa, renda dos trabalhadores brasileiros em contínua ascensão e massa salarial também evoluindo positivamente.

Venda de veículos cresce 11,97% em maio, aponta Fenabrave

SÃO PAULO - No entanto, na comparação com maio do ano passado, houve queda de 10,27%...

Agência Brasil
SÃO PAULO - O número de veículos vendidos no país em maio cresceu 11,97%, com a comercialização de 455.122 unidades ante as 406.479 registradas em abril.  Na comparação com maio do ano passado, quando o comércio de veículos chegou a 507.209 unidades, houve queda de 10,27%.
No acumulado do ano, houve queda de 4,26%, com 2.169.733 unidades vendidas contra 2.266.304 no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), na capital paulista.
Os números foram divulgados depois que o governo lançou no final de maio um pacote de estímulo ao setor de veículos e bens de capitais com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e medidas de incentivo ao crédito.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou nesta quarta-feira sobre o desempenho econômico do país e citou o setor como exemplo. "A economia já está em uma rota de crescimento. As vendas do setor automotivo cresceram muito." 

RETOMADA EM JUNHO
Em maio, as vendas de veículos esboçaram reação, com alta de 11,5% em relação a abril. O resultado, contundo, ainda representa uma queda de 9,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A expectativa é de uma retomada mais forte nas vendas para o mês de junho, quando as medidas de estímulo anunciadas pelo governo devem começar a aparecer nos números do setor.
"As vendas cresceram antes de entrarem as ações de estímulos", disse o ministro. "Só na ultima semana de maio que houve redução de preços nos automóveis. Isso vai continuar em junho e, portanto, teremos maio e junho com taxas de crescimento muito maiores que em abril e no primeiro trimestre".

Inflação despenca. Cadê os urubólogos?


Por Altamiro Borges
Quando o Banco Central iniciou a trajetória de queda nas taxas básicas de juros, Mirian Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e outros “especialistas” em economia alertaram que a inflação iria explodir. O tom apocalíptico recrudesceu ainda mais quando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal decidiram cortar drasticamente os seus juros. A mídia rentista anteviu o fim do mundo.

Nesta semana, porém, a mesma mídia foi obrigada a noticiar que a inflação anual caiu para 4,99%. Ela, porém, não fez qualquer autocrítica de suas previsões estapafúrdias. A mídia rentista adora criticar os outros, mas não tem qualquer senso autocrítico. Os urubólogos de plantão, muitos deles vinculados ao capital financeiro, não fazem previsões. Na verdade, eles defendem os interesses dos banqueiros!
Novos cortes nos juros 
Segundo o IBGE, o IPCA, índice oficial de inflação, subiu 0,36% em maio. Ficou abaixo das previsões dos agiotas do mercado e foi inferior à taxa de abril (0,64%). A taxa acumulada no ano atingiu 4,99%, a mais baixa desde setembro de 2010. A queda já é efeito da retração da economia nativa, decorrente da crise capitalista mundial, e confirma o acerto do governo ao reduzir a taxa Selic.
A nova queda da inflação abre caminho para o BC reduzir ainda mais os juros – bem ao contrário do que os urubólogos da mídia projetavam. O ideal seria que o governo também tivesse ousadia para enfrentar a maldição do superávit primário – o nome fictício da reserva de caixa dos banqueiros – e a libertinagem na política cambial. Aí é que os urubólogos teriam um enfarto! Leitão e Sardenberg perderiam a pose!
Postado por Miro 

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