quinta-feira, 5 de maio de 2011

As várias versões da morte de Osama Bin Laden

As várias versões da morte de Osama Bin Laden

71% dos internautas duvidam da versão dos EUA sobre bin Laden


Uma enquete promovida pelo portal UOL, o maior em audiência no Brasil, e respondida por mais de 27 mil internautas até a tarde desta quarta-feira (4), mostrou um dado revelador: 71% dos que participaram da enquete disseram que não acreditam na versão que os Estados Unidos estão contando sobre o assassinato do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

A enquete perguntou: "Para você, como Bin Laden morreu?". 71,25% escolheram a opção "Não acredito que Osama foi morto. Os Estados Unidos não mostraram o corpo". Outros 16,54% escolheream a alternativa que diz: "Com um tiro no rosto, disparado por um soldado americano de elite". 5,97% disseram que Osama bin Laden "Foi morto por um de seus guarda-costas para evitar que fosse capturado por forças americanas". A opção "Se suicidou quando percebeu que os americanos haviam encontrado seu esconderijo" foi escolhida por 3,57% dos internautas que participaram da enquete e, por fim, 2,67% marcaram a alternativa "Morreu com uma explosão quando a mansão em que ele se escondia foi bombardeada".





A opção da esmagadora maioria dos internautas pela alternativa que coloca em xeque a versão oficial apresentada pelo governo americano mostra que esta é uma história repleta de ambiguidades e questões não respondidas.



Entre os principais questionamentos que estão sendo levantados por internautas e jornalistas independentes está o fato de até agora não ter surgido nenhuma imagem do corpo de Osama bin Laden. O suposto "sepultamento" no mar também tem gerado muita desconfiança, bem como o fato do barulho provocado pela presença de diversos helicópteros não ter alertado os ocupantes da casa onde supostamente bin Laden foi morto. Questiona-se ainda como foi possível revelar o resultado de um teste de DNA, realizado nos Estados Unidos, poucas horas após o assassinato do líder da Al Qaeda.



Para evitar maiores especulações, a Casa Branca teria enviado para a rede norte-americana de TV, NBC, a tal foto do corpo de Osama bin Laden. A emissora teceu comentários sobre a suposta imagem, mas não a revelou para o público. Segundo as redes de televisão "NBC" e "CBS", o presidente dos EUA, Barack Obama, proibiu, por enquanto, a publicação das fotos do corpo de Bin Laden.



O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que a publicação das fotos pode ter um efeito "incendiário", o que pesa para que o governo ainda não tenha se decidido sobre sua divulgação.



Da redação,com agências





Barbárie e estupidez jornalística no noticiário sobre Osama

Imaginem vocês se um pequeno operativo do exército cubano entrasse em Miami e atacasse a casa onde vive Posada Carriles, o terrorista responsável pela explosão de várias bombas em hotéis cubanos e pela derrubada de um avião que matou 73 pessoas. Imagine que esse operativo assassinasse o tal terrorista em terras estadunidenses. Que lhes parece que aconteceria?



Artigo de Elaine Tavares, publicado no blog Palavras Insurgentes

O mundo inteiro se levantaria em uníssono condenado o ataque. Haveria especialistas em direito internacional alegando que um país não pode adentrar com um grupo de militares em outro país livre, que isso se configura em quebra da soberania, ou ato de guerra. Possivelmente Cuba seria retaliada e, com certeza, invadida por tropas estadunidenses por ter cometido o crime de invasão. Seria um escândalo internacional e os jornalistas de todo mundo anunciariam a notícia como um crime bárbaro e sem justificativa.



Mas, como foi os Estados Unidos que entrou no Paquistão, isso parece coisa muito natural. Nenhuma palavra sobre quebra de soberania, sobre invasão ilegal, sobre o absurdo de um assassinato. Pelo que se sabe, até mesmo os mais sanguinários carrascos nazistas foram julgados. Osama não. Foi assassinato e o Prêmio Nobel da Paz inaugurou mais uma novidade: o crime de vingança agora é legal. Pressuposto perigoso demais nestes tempos em que os EUA são a polícia do mundo.



Agora imagine mais uma coisa insólita. O governo elege um inimigo número um, caça esse inimigo por uma década, faz dele a própria imagem do demônio, evitando dizer, é claro, que foi um demônio criado pelo próprio serviço secreto estadunidense. Aí, um belo dia, seus soldados aguerridos encontram esse homem, com toda a sede de vingança que lhes foi incutida. E esses soldados matam o “demônio”. Então, por respeito, eles realizam todos os preceitos da religião do “demônio”. Lavam o corpo, enrolam em um lençol branco e o jogam no mar. Ora, se era Osama o próprio mal encarnado, porque raios os soldados iriam respeitar sua religião? Que história mais sem pé e sem cabeça.



E, tendo encontrado o inimigo mais procurado, nenhuma foto do corpo? Nenhum vestígio? Ah, sim, um exame de DNA, feito pelos agentes da CIA. Bueno, acredite quem quiser.



O mais vexatório nisso tudo é ouvir os jornalistas de todo mundo repetindo a notícia sem que qualquer prova concreta seja apresentada. Acreditar na declaração de agentes da CIA é coisa muito pueril. Seria ingênuo se não se soubesse da profunda submissão e colonialismo do jornalismo mundial.



Olha, eu sei lá, mas o que vi ontem na televisão chegou às raias do absurdo. Sendo verdade ou mentira o que aconteceu, ambas as coisas são absolutamente impensáveis num mundo em que imperam o tal do “estado de direito”. Não há mais limites para o império. Definitivamente são tempos sombrios. E pelo que se vê, voltamos ao tempo do farwest, só que agora, o céu é o limite. Pelo menos para o império. Darth Vader é fichinha!



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(parênteses)...

Pelo que se sabe, até mesmo os mais sanguinários carrascos nazistas foram julgados. Osama não.

Em 28 de janeiro de 2002, o jornalista da CBS Dan Rather, difundiu por meio dessa emissora de televisão que em 10 de setembro de 2001, um dia antes dos atentados ao World Trade Center e ao Pentágono, Osama Bin Laden foi submetido a uma hemodiálise do rim em um hospital militar do Paquistão. Não estava em condições de esconder-se nem de proteger-se em cavernas profundas.



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(parênteses).
As várias versões da morte de Bin Laden



Obama decide não revelar fotos do assassinato de Bin Laden

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou que forças militares de seu país assassinaram Osama Bin Laden em território estrangeiro e nesta quarta-feira (4) anunciou através do porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, que decidiu não divulgar imagens do corpo do líder da rede Al Qaeda.



O presidente disse ter discutido o assunto com os secretários de Defesa, Robert Gates, de Estado, Hillary Clinton, e com as equipes de inteligência da Casa Branca. “Todos concordaram”, afirmou Obama.



“Nós discutimos isso internamente. Tenham em mente que nós estamos absolutamente certos de que era ele. Nós fizemos testes de DNA. Então, não há dúvida de que nós matamos Osama Bin Laden”, disse Obama.



O líder da Al Qaeda foi morto no domingo (1), com um tiro na cabeça, quando forças especiais americanas invadiram a mansão onde vivia escondido na cidade de Abbottabad, a cerca de 100 quilômetros da capital do Paquistão, Islamabad.



A decisão da Casa Branca apenas acentua o desencontro de informações e versões sobre o ataque que culminou no assassinato de Bin-Laden. Tudo o que se divulgou na segunda, terça e hoje gerou polêmica em todo o mundo e cria a necessidade de uma versão definitiva. Por isso, o presidente Obama reafirma que os EUA mataram Bin Laden e até fizeram exame de DNA,(realizados por agentes da CIA, diga-se de passagem) para dissipar as dúvidas e cessar a polêmica.



Na segunda-feira, a Casa Branca disse que Bin Laden foi alertado para que se rendesse e como não o fez no tempo estipulado pelo grupo de ataque da SEAL (forças especiais da marinha americana), levou um tiro em seu quarto na cidade de Abbottabad, que fica próxima à capital Islamabad.



Um dia depois, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, havia dado outra versão, dizendo que o terrorista estava desarmado quando foi assassinado pela SEAL, levantando dúvidas sobre as afirmações americanas de que eles estavam prontos para levar Bin Laden vivo.



Na segunda-feira, John Brennan, diretor do serviço de antiterrorismo de Obama, disse que a esposa de Bin Laden havia morrido após ter sido usada por ele como um escudo humano durante o ataque, em mais um ato covarde de Bin Laden.



Alguns oficiais logo desmentiram essa versão também e Carney apresentou uma nova história na terça-feira, dizendo que a esposa de Bin Laden teria atacado um dos oficiais da SEAL que tentava render seu marido e por isso recebera um tiro na perna, mas não teria morrido.

"No primeiro andar do reduto de Bin Laden, dois seguranças que vigiavam as duas entradas do refúgio foram mortos, assim como uma mulher que atravessou o fogo cruzado", disse Carney.



Segundo ele, Bin Laden e sua família foram encontrados no segundo e terceiro andares. "Havia a preocupação de que Bin Laden fosse se opor à operação de captura e de fato ele resistiu", completou.



Existem ainda diferentes versões sobre como um dos filhos adultos de Bin Laden, Hamza of Khalid, foi morto e há ainda mais especulações sobre o que teria sido feito do corpo. A versão de Carney divulgada na terça-feira, no entanto, nem mesmo menciona a morte do filho de Bin Laden.



O porta-voz da Casa Branca, que chegou a admitir num determinado momento que até mesmo ele estava ficando confuso, pôs a culpa sobre as divergências de informação no fato de tratar-se de uma ação de guerra e por isso haver muito tumulto envolvido.



Outro oficial concordou em falar sobre a mudança da história, desde que não tivesse o nome divulgado, dizendo que a administração não se arrepende de ter emitido informes rápidos e detalhados, que depois precisaram ser corrigidos.



O oficial disse ainda que esse profundo desencontro de informações não passaria de terça-feira e reforçou a necessidade de corrigir alguns detalhes da missão. "Havia uma forte demanda por informação... nós demos um passo à frente ", disse. "Você quer informação rápida, essas coisas sempre sofrem revisão. Tudo foi movido por uma boa intenção, mas de uma forma antecipada", completou.



Enquanto se encontra enredada nesse cipoal de informações, contra-informações, versões desencontradas, a Casa Branca aciona seu dispositivo propagandístico e tenta capitalizar ao máximo o episódio para alavancar a popularidade de Barack Obama e potencializar sua candidatura à reeleição.



Com agências

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