domingo, 29 de maio de 2011

Poder Judiciário proibe manifestações pela liberdade de expressão

Como se pode ver pelas notícias abaixo, o Poder Judiciário (mais especificamente o setor estadual da justiça de São Paulo, controlada pelos tucanos paulistas) proibe manifestações pela liberdade de expressão. É o quarto poder expedindo ordens contra manifestações populares - é a visão que eles tem de democracia. Democracia só para as elites, povão não tem direito à este "luxo".

Marcha da Liberdade reúne milhares em São Paulo


Manifestação foi resposta de dezenas de organizações à repressão policial ocorrida na semana passada contra a Marcha da Maconha

Ricardo Galhardo, iG São Paulo
28/05/2011 20:22

Milhares de manifestantes contrariaram uma determinação da Justiça e, sob a proteção de centenas de policiais militares, atravessaram o centro de São Paulo em uma marcha pela liberdade de expressão. Segundo a Polícia Militar, 1 mil pessoas participaram do protesto. Pela contagem dos manifestantes, o número chegou a 5 mil. Embora o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tenha proibido a marcha, manifestantes e PM fecharam um acordo liberando a manifestação desde que não houvesse referências a drogas.

A manifestação foi a resposta de dezenas de organizações da sociedade civil à repressão policial contra a Marcha da Maconha, no sábado passado, quando a PM atacou os manifestantes com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha causando pânico na região da avenida Paulista. A Marcha da Maconha havia sido proibida pelo desembargador Teodomiro Mendez, do TJ-SP. No final da tarde desta sexta-feira, o tribunal também proibiu a Marcha da Liberdade, sob o argumento de que a nova manifestação seria apenas a Marcha da Maconha disfarçada.

A proibição e repressão fizeram com que diversas organizações com as mais diversas causas se juntassem aos organizadores da Marcha da Maconha para promover a Marcha da Liberdade.

Maconheiros (com muito orgulho e muito amor, segundo eles próprios), ambientalistas, sem-teto, bicicleteiros, skatistas, tabagistas, músicos, atores, cineastas, palhaços, escritores, sem-terra, vítimas da ditadura militar, políticos, defensores da legalização do aborto, usuários de ônibus, gays, integrantes da Fração Trotskista da Quarta Internacional, lésbicas e simpatizantes se reuniram no vão livre do Masp para protestar com flores nos cabelos ao som do samba e do maracatu pelo direito de liberdade de expressão e manifestação.

Duzentos e cinquenta policiais militares além de um contingente da Tropa de Choque foram mobilizados para garantir a segurança. Segundo organizadores do protesto, a ordem partiu do Palácio dos Bandeirantes, onde a avaliação foi de que as ações da Justiça e do Ministério Público (que solicitou a proibição) deixaram o governo em má situação.

Justiça de SP proíbe Marcha da Liberdade



JULIANNA GRANJEIA da Folha de São Paulo

DE SÃO PAULO



O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu nesta sexta-feira a Marcha da Liberdade marcada para o próximo sábado (28), na região central de São Paulo, em protesto contra a violência policial durante a Marcha da Maconha no sábado (21).

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