segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PT vence no Vale do Aço. Alexandre Silveira perde.

PT vence em todas as cidades do Vale do Aço em Minas Gerais


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Os candidatos a prefeito do Partido dos Trabalhadores (PT) venceram pela primeira vez, ao mesmo tempo, as eleições em todas cidades que compõem o Vale do Aço: Ipatinga, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Timóteo, que compõem a RMVA (Região Metropolitana do Vale do Aço). A RMVA é coordenada pelo Secretário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, do governo tucano de Antonio Anastasia, governador de Minas Gerais.

IPATINGA
A vitória de Cecília Ferramenta (PT) em Ipatinga já era esperada em função da grande vantagem dela sobre a segunda colocada, Rosângela Reis (PV). cuja coligação teve apoio do governo estadual, principalmente Alexandre Silveira.  Rosângela, em uma entrevista coletiva na semana passada, chegou a admitir que havia desarticulado parte da estrutura de campanha.  Cecília obteve 61,54 % dos votos válidos, Rosângela Reis obteve 22,22 %, Daniel Cristiano (PCB) obteve 12,16% e Dr Jesus ficou com 4,8 %. Em 2008, a população de Ipatinga deu vitória a Chico Ferramenta (PT) - marido de Cecília - que não tomou posse graças à um golpe jurídico promovido pela direita local, com apoio do governo tucano estadual e decisão do TJ (Tribunal de Justiça tucano de Minas). Pois este ano, a população deu o troco, elegendo Cecília Ferramenta, com mais entusiasmo e empenho.

SANTANA DO PARAISO
Em  Santana do Paraíso, o prefeito da Cidade, Kim, que é do PT, anunciou que  apoiaria a candidata Neli do PR e não abraçaria a candidatura de seu partido, encabeçada pelo vereador Zizinho.  O próprio Zizinho (PT) , por diversas vezes conclamou ao prefeito que reavaliasse sua decisão pois a sua “saída” do PT poderia colocar em risco a vitoria do partido naquela cidade. Kim manteve seu apoio à candidata do PRB que ficou em terceiro lugar na disputa.  Zizinho foi eleito  com  37,54%, Fernando Lima (PSDB, apoiado por Alexandre Silveira) obteve 35,39%, Neli (PRB ficou com 24,73 %  Edmar (PHS) ficou com 2,34%.

FABRICIANO
"Nós viramos o jogo", afirma prefeito de Fabrciano

Em Coronel Fabriciano, as pesquisas apontavam uma ampla vantagem de Celinho do Sinttrocel (PCdoB), (que também teve apoio de Alexandre Silveira) sobre a petista Rosângela Mendes, porém na reta final houve uma virada e Rosângela Mendes, que é a candidata do prefeito da cidade, Chico Simões, foi eleita. Em conversa com a reportagem do Plox agora a pouco disse: “Para mim não tem bola perdida. Nós viramos o jogo e ganhamos”, disse.
Rosângela Mendes (PT) ficou com 52,05%, Celinho (PCdoB) ficou com 47,95%.

TIMÓTEO

Em Timóteo o candidato petista também começou a campanha bem atrás do atual prefeito, Sérgio Mendes (PSB), que concorria à reeleição e foi apoiado por Alexandre Silveira. As pesquisas e sondagens apontavam um crescimento suave, porém constante do petista Keisson, que recebeu na reta final o apoio do ex-prefeito Geraldo Nascimento que era candidato pelo PSOL, mas já foi do PT.  Geraldo desistiu e passou a apoiar Keisson, que foi eleito neste domingo com 52,37%, Sérgio Mendes (PSB) ficou com 47,63.
Em entrevista concedida ao PLOX, logo após a confirmação da vitória do Keisson, o presidente do PT de Timóteo, Gege, disse: "Esta eleição pra nós é um marco na historia do PT no Vale do Aço, pela primeira vez nós conseguimos fazer a linha vermelha, elegendo candidatos petistas em Timóteo, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Ipatinga. A vitória do Keisson e Dr. Renato reflete o desejo da mudança de toda a população de Timóteo. È uma vitória da humildade contra o abuso do poder econômico do nosso adversário”
Em todo o Vale do Aço, eleitos, apoiadores e eleitores estão comemorando neste momento.

“Campo político” de  Alexandre Silveira sai enfraquecido

O deputado federal licenciado, Alexandre Silveira (PSD), que ocupa o cargo de secretário de Gestão Metropolitana, afirmou durante o período de campanha que era responsável por coordenar os candidatos que faziam parte de seu “campo político”. Os candidatos petistas vitoriosos na eleição deste domingo tinham como adversários diretos pessoas que , segundo as declarações de Silveira, seriam seus aliados.

Silveira afirmou em várias oportunidades que foi delegada a ele pelo próprio governador Antonio Anastasia a incumbência de fortalecer e colocar o controle das prefeituras sob o comando dos integrantes deste grupo anti-petistas.

Em Timóteo, o candidato derrotado Sergio Mendes teve como vice,  Marcelo Afonso do PSD, partido de Alexandre Silveira, em Ipatinga, Rosângela Reis, segunda colocada, teve como vice, o vereador e presidente da Câmara, Nardyello Rocha, também do partido de Silveira.
Em Santana do Paraiso, Fernando Lima, também segundo colocado, era apoiado por Silveira.

Em Coronel Fabriciano, o próprio Alexandre Silveira convocou a imprensa  para anunciar que havia intervido e conseguido convencer o  presidente da Camara Francisco Lemos, que também é de seu partido, a desistir da candidatura própria e ser o vice na chapa encabeçada pelo sindicalista e deputado Celinho do Sinttrocel.

Como ficará a Região Metropolitana do Vale do Aço?

A recém criada Região Metropolitana do Vale do Aço, que é gerida por Alexandre Silveira, tem por finalidade promover ações conjuntas e sinergéticas visando a solução de problemas e o progresso da região.
As ações devem atender ao consenso dos quatro municípios, que  foram parar nas mãos dos petistas, declaradamente opostos de Alexandre Silveira. A pergunta agora é: Poderá haver afinação e bom andamento dos naipes desta orquestra que desaprova e se insurge contra o maestro?


Informações baseadas em boa parte no http://plox.com.br/caderno/pol%C3%ADtica-e-economia/pt-vence-todas-as-cidades-vale-aco


AGORA VEJA ABAIXO QUEM É  ALEXANDRE SILVEIRA, envolvido no escândalo da Delta na CPI do Cachoeira:
Alexandria: Golpe contra soberania e autonomia do Vale do Aço
Governo de Minas cria e entrega a Alexandre Silveira lei retirando autonomia e soberania municipal para viabilizar empreendimento bilionário.
Alexandre da Silveira, através da Secretaria de Estado Extraordinária de Gestão Metropolitana (SEGEM), vem afrontando abertamente a autonomia e soberania municipal assegurada pela Constituição Federal para viabilizar projeto privado bilionário. Segundo pessoas que acompanham o dia a dia na secretaria afirmam que Silveira não estaria defendendo a aliança com o PSB por questões ideológicas e partidárias e sim o seu cargo diante da ameaça de sua exoneração.
 
Estaria principalmente a serviço de Danilo de Castro, assim como, Clesio Andrade e Newton Cardoso ao impedir que o deputado Sávio Souza Cruz fosse o candidato do PMDB a vice na chapa de Patrus Ananias concorrendo à prefeitura de Belo Horizonte. Alexandre, segundo informa fontes das empresas participantes do empreendimento, teria uma cláusula de sucesso de 10% sobre o empreendimento, “Alexandria”, que lhe rendera no mínimo R$ 2 bilhões.
 
Numa Assembleia Legislativa, onde quase a totalidade de seus membros encontra-se submissa ou participa da “Gangue dos Castros”, vigora a defesa de interesses poucos “Republicanos”. Lavam as mãos como Pilatos, aprovando Leis que delegam as funções legislativas ao executivo, o que em outras épocas ocorria apenas em regimes totalitários. Diante deste quadro, o governo vem aprovando Leis que são verdadeira afronta a princípios constitucionais. Leis que retiram direitos e prerrogativas dos municípios, que, refém da situação, não tem a quem recorrer, pois seus representantes no legislativo abandonaram sua defesa em troca de cargos e outros benefícios para seu grupo.
Desde 2008, Alexandre Silveira vem dedicando-se ao projeto privado de construção de uma nova cidade no Vale do Aço. Silveira, um ex-delegado de Polícia, que se apresentou chorando, após derrota em sua primeira eleição, perante o ex vice presidente José Alencar no Hotel Financial, em Belo Horizonte, dizendo-se endividado em busca de um emprego, fato presenciado e confirmado pelo prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões. Em poucos anos tornou-se um dos mais ricos políticos mineiro.
 
Toda riqueza conseguida após ocupar a direção geral do Dnit em Brasília, sua gestão e as seguintes encontram-se investigadas após o episódio que transformou-se na CPI do Cachoeira. Suas ligações e envolvimento com a Construtora Delta já foi motivo de matéria do Novojornal;Danilo de Castro operava "Conexão Mineira de Cachoeira", porém, agora, através de investigações da Polícia Federal, sabe-se que seu patrimônio é muito maior. Suas práticas foram denunciadas e estão sendo investigadas pela Polícia Federal a pedido Procuradoria da República, perante o Supremo Tribunal Federal STF no processo nº Pet/4805 de 26/07/2010
 
A certeza da impunidade é tamanha que, processado e investigado por ter privilegiado a Construtora Egesa exercendo cargo público, o atual Secretário Estadual de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD), encabeçou o projeto milionário, envolvendo construtoras e prefeituras, visando à construção da nova ‘cidade’, no município de Caratinga, vizinho à Ipatinga, no Vale do Aço. O condomínio, com 5 milhões de metros quadrados, que vai abrigar 46 mil moradores e cerca de 900 empresas, ao custo de R$ 630 milhões, foi batizado pelos empresários da região como “Alexandria”, talvez em referência à cidade egípcia fundada em 331 a.C. pelo imperador Alexandre, o Grande.
 
O empreendimento pertence a holding Egesur, proprietária da Egesa, por intermédio da empresa Parques do Vale Loteamento e Empreendimentos Imobiliários Ltda, que, consultada pela reportagem do Novojornal, informou que Alexandre da Silveira não é sócio. Segundo previsão, o condomínio será maior que 158 municípios de Minas que possuem até 50 mil habitantes. Somente nessa fase inicial de aquisição do terreno de 500 hectares junto à Cenibra, elaboração de projetos de engenharia, licenciamentos ambientais e começo das obras estruturais de drenagem, terraplenagem, pavimentação e instalação de redes fluviais, foram investidos cerca de R$ 50 milhões.
Os empreendedores e o próprio governo de Minas vêm aos poucos cientizando à população de Caratinga que devido o tamanho do empreendimento, oficialmente chamado de Parques do Vale, será instalada uma subprefeitura. O local pertencente à Caratinga e encontra-se a 75 quilômetros de distância da sede. Porém, a verdade é outra, já existem estudos contemplando duas opções; a primeira após a implantação do empreendimento, emancipar-se de Caratinga transformando em Município independente, a segunda, desafeta a área de Caratinga afetando-a a Ipatinga. 
 
Nada novo, pois, Caratinga, no passado um dos maiores municípios mineiro, perdeu quase a totalidade de sua área através de traição no jogo político. De Caratinga originou-se Inhapim e Tarumirim, ambos em 1938; Bom Jesus do Galho, em 1943; Entre Folhas, Imbé de Minas, Ipaba, Piedade de Caratinga, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, Ubaporanga e Vargem Alegre, em 1992.
 
Indagado, Alexandre Silveira informou à reportagem do Hoje em Dia que foi procurado, em 2008, para intermediar a apresentação da Egesa junto ao grupo de idealizadores do novo residencial. Segundo a mesma reportagem, Silveira também levou o projeto ao então vice-governador, Antonio Anastasia (PSDB), quando foi assinado um protocolo de intenções entre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o governo do Estado para investimentos em diversas áreas, incluindo US$ 4,3 bilhões da Usiminas em Ipatinga, no Vale do Aço.

Silveira na época conseguiu com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas (Indi) um protocolo de intenções em favor de um “empreendimento funcionando como um pólo atrativo de empresas e que contemplasse um distrito industrial”. Se Alexandre é ou não sócio a reportagem de Novojornal não conseguiu apurar, porém, a partir do momento que o mesmo declara-se à imprensa como lobista, articulador e defensor do empreendimento, colocá-lo na função de Secretário Estadual de Gestão Metropolitana, onde se delibera questões ligadas diretamente à viabilidade do empreendimento privado de quase R$ 20 bilhões de reais, é no mínimo imoral. 
 
Críticos do comportamento do governo dizem que a Secretaria entregue a Alexandre foi criada em 2011, para viabilizar o projeto da cidade de “Alexandria”, após verificarem que questões que deveriam ser decididas em comum entre os municípios seriam avocadas pela Lei. Fato também não confirmado nas pesquisas de Novojornal, porém, seria no mínimo ingênuo informar que se trata de uma coincidência, que pouco depois que Alexandre Silveira tomar posse como Secretário Estadual de Gestão Metropolitana, Caratinga, a 100 Kilometros de distância, passou a integrar o “colar” da região metropolitana do Vale do Aço.  Se o Governador Anastásia, ao nomear Alexandre, não se lembrou de que tinha sido ele que lhe apresentara e defendia o projeto, o Novojornal não conseguiu também esta resposta.

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